“4 O amor é
paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se
ensoberbece, 5 não
se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera,
não se ressente do mal; 6 não
se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; 7 tudo
sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” 1Co
13:4-7
Introdução
“Deus
ama a cada um de nós como se houvesse apenas um para amar.” Augustine
Falar de amor, mais precisamente do amor de Deus, é um
grande desafio, pois me parece que muitos cristãos que conheço estão saturados
de tanto ouvir falar sobre este assunto. Mas como pregar a palavra de Deus sem
dizer que Jesus nos ama ou que Deus é amor?
Tudo
acontece a partir da manifestação do amor
Desde o primeiro dia da nossa nova vida em Cristo, foi o
amor de Deus, o causador do nosso novo nascimento e conversão. É esse amor que
nos tem ensinado e capacitado a viver a vida cristã. Este imenso e infinito
amor nos tem sustentado e impulsionado a continuar a carreira que nos foi
proposta.
A
principal definição de Deus nas escrituras é que Deus é amor
“Aquele
que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.” 1Jo 4:8
A própria Escritura define a pessoa maravilhosa do Senhor
dizendo “Deus é amor” (1Jo 4:8). Essa frase relativamente pequena em quantidade
de palavras tem um grandioso e poderoso significado. Os mais conhecidos e
respeitados pregadores da Palavra de Deus pelo mundo afora concordam que o “Amor
de Deus”, é o principal tema de sermões nas mais diferentes abordagens sobre a
Palavra de Deus. Frases como "Jesus te ama" ou "Deus é
amor", são as expressões mais usadas e compartilhadas em todo o mundo em
aconselhamentos e evangelismos. Isso é maravilhoso! Uma das maiores e mais
nobres mensagens que podemos anunciar ao mundo é esta: Deus ama os pecadores
incondicionalmente!
Não há
outro assunto mais pregado no mundo. Jo 3:16
Certamente nenhum outro assunto é tão falado na Bíblia
quanto o amor.
O dois versículos mais difundidos das Escrituras Sagradas
são: Jo 3:16 e 1Jo 4:8.
“Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Jo 3:16
“Aquele
que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.” 1Jo 4:8
Por amor a nós pecadores, Jesus deixou o céu para morrer
por nós. Nunca haverá uma demonstração de amor maior do que esta. Ele é a fonte
de todo amor verdadeiro. Ele “tanto amou o mundo que deu o seu Filho” em sacrifício
para salvar a humanidade (1Jo 4:8; Jo 3:16).
A
disposição de Deus é de sempre amar o homem, e Ele espera que nós tenhamos a
mesma disposição para com Ele e o nosso próximo.
Na arte de relacionar, o amor de Deus precisa ser o start
para a construção de vínculos de amizade, companheirismo e irmandade.
Estabelecer e fortalecer de maneira duradoura a alegria, prazer e unidade nos
relacionamentos, só será possível a partir da decisão de amar
incondicionalmente. Essa decisão nos fará viver melhor e com mais qualidade.
Qual a
maior necessidade do mundo?
A necessidade maior do mundo, atualmente, não é de mais
ciência, nem traquejo social, nem ensino, nem conhecimento, nem poder, nem
sermões; o que realmente precisamos hoje é experimentarmos diariamente o
amor de Deus nos nossos relacionamentos. A decisão diária de amar é
indispensável à sobrevivência, pois as duas maiores necessidades relacionais do
ser humano é amar e ser amado. Sem essa atitude interior, perdemos nossas
vitalidades emocional e física. Quando pautamos o nosso viver no amor de Deus,
sentimos um profundo bem-estar que nos afeta física, mental, social e
espiritualmente.
Consequência
da falta do amor
A carência afetiva como consequência da falta do amor de
Deus, leva muita gente ao divórcio, aos hospitais psiquiátricos e até ao
suicídio.
O amor
de Deus como alicerce
A vida cristã autêntica é sustentada pelo amor de Deus, e
se ele faltar, nos faltará tudo, pois não haverá sustentação para os
relacionamentos. Quando o apóstolo Paulo escrevendo aos corintios diz
que “O amor tudo
suporta” (1Co 13), ele está dizendo
que o amor é o suporte que no entendimento literal da palavra, sustenta todos
os relacionamentos que desenvolvemos nas mais diversas áreas de convivência.
Qual
deve ser o alvo em comum entre os cristãos?
O alvo de todo cristão deve ser amar a Deus e ao próximo
sem limites, acima das nossas razões deve estar o amor. Todavia, para amar sem
limites, precisamos nos aproximar cada vez mais de Deus, seguir de perto os
seus passos, sentir de verdade o seu coração, porque Ele é a única fonte do
amor incondicional.
O
marco zero do agir é o amor a partir da cruz.
Lendo o capítulo 22 de Mateus, do verso 37 ao 40, vemos
Jesus Cristo sendo questionado por um farizeu a respeito da lei de Moisés. Este
homem pergunta: “Mestre,
qual é o grande mandamento da lei?”. Note
que este homem faz a pergunta no singular, e isto aponta para o ego!
“37 Respondeu-lhe Jesus:
Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo
o teu entendimento. 38 Este é o grande e primeiro mandamento. 39 O segundo,
semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. 40 Destes dois
mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.” Mt 22:37-40
Projeção
da cruz
A plenitude da vida de Deus está na cruz, e a cruz só
pode existir de fato quando o amor for praticado no relacionamento com Deus e o
próximo.
Muitos pensam que estão servindo a Deus, mas se estão em
conflito com o seu próximo não podem alcançar o coração de Deus. Veja o que
Pedro diz a respeito de relacionamentos rompidos na família: “Maridos,
vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo
consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com
dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que
não se interrompam as vossas orações.” 1Pe 3:7
Parafraseando podemos dizer:
“Irmãos, vós, igualmente,
vivei a vida comum da igreja com discernimento; e, tendo
consideração uns para com os outros
como parte mais frágil, tratai-vos, uns aos outros com dignidade,
porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para
que não se interrompam as vossas orações.”
1Pe 3:7 (ERA)
1Pe 3:7 (ERA)
Veja que aqui Jesus deixa claro que não pode haver
relacionamento com Deus de maneira plena sem que o homem também se relacione bem
com seu próximo. Isso é viver a cruz de maneira plena. Nós podemos ver este
princípio nos dois maiores mandamentos. Sabemos que a força na vida de um homem
está na cruz. A cruz é esse símbolo maior de relacionamento com Deus e com o
próximo.
Agora é importante observar que em Em João 13:34-35, o
Senhor mesmo disse: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu
vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que
sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.” João 13:34-35.
O amor
deve vir primeiro
Porque Deus é amor, porque Jesus nos amou primeiro,
porque o amor tudo suporta. Após experiência de amar, uma porta se abrirá para
uma grande manifestação de Deus em você.
Há uma ordem divina que diz que primeiro é o amor. “E
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu único fiho...”. Primeiro Deus amou,
depois ele deu e por fim, um grande mover alcansou a humanidade.
Veja essa ordem na manifestação do fruto do Espírito.
“22 Mas o fruto do Espírito é: amor,
alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, 23 mansidão,
domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.” Gl 5:22-23
O amor deve sempre se manifestar primeiro, deve ser o
motivo das nossas intenções e ações. Após a manifestação do amor de Deus em
nós, contemplaremos uma enxurrada de coisas boas invadindo nossas famílias,
amigos, vizinhos etc. Só quem aprendeu a amar sem limites de maneira
incondicional sabe o que é sufocar o ego para relacionar melhor com Deus e o
próximo.
Onde está o botão que aciona o amor?
Não existe botão! A manifestação do amor é uma
manifestação de milagre. Por isso nós lemos que é fruto e não obra. É produto
de uma semente que morreu para germinar. Jesus disse que se o grão de trigo
caindo em terra não morrer ele fica só, mas se morrer produz muito fruto. Jesus
é essa semente que um diz foi lançado em terra, pelo Agricultor celestial.
Quando Jesus morreu, a semente germinou e produziu muitos frutos.
Um novo mandamento
“Novo
mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei,
que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus
discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.” João 13:34-35.
Não pode existir outra maneira de se identificar uma
igreja cristã a não ser pelo amor a Deus e ao próximo. Esta Igreja não se
divide, não prega a desunião entre quem quer que seja e nem explora ninguém.
Infelizmente sabemos o quanto ela é assim desconhecida, porque a maioria das
pessoas que se diz cristã, esta cega por outras doutrinas, não enxerga a igreja
(2Co 4:4) (Is 6:9-10). Esses religiosos são os mesmos a quem Jesus, usando as
palavras de Isaias, disse a respeito:
"Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito:
Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim." Mc
7:6. Eles não têm o amor de Deus como a base de seus relacionamentos.
Todavia até mesmo os que reconhecem a prática do amor como verdadeira religião,
acham difícil exercê-la, porque para isso não basta usar palavras; tem que
haver atitudes, realizações de um amor incondicional. É necessário amar até os
inimigos. A forma de evangelizar não é simplesmente apontando para o exemplo de
Cristo, mas principalmente O imitando, fazendo tudo o que Ele fez. O princípio
do cristianismo é: "Amar a Deus sobre todas as coisas, e amar ao teu
próximo como a ti mesmo". Fora disso, qualquer adoração a Deus é vã. Jo
15:12
Deus é Amor. E seus filhos também devem ser!
O amor
como um fator terapêutico
Está comprovado que as pessoas que mais expressam amor
são mais saudáveis física e espiritualmente. Menos resfriados, melhor controle
do estresse e pressão sanguínea mais baixa são apenas alguns poucos benefícios
para aqueles que amam sem limites. Muitos doutores em medicina dizem que boa
parte das doenças psicossomáticas são decorrentes de sentimentos negativos
entulhados nos corações de pessoas amarguradas. Sigmund Freud, médico e
professor, que abriu as portas para a era da psicoterapia, disse: "Você
precisa amar para não adoecer”. Outro médico chamado McMillen, afirmou que “ao
Jesus dizer que devemos perdoar até setenta vezes sete, estava pensando não só
em nossas almas, mas em salvar nossos corpos da síndrome de colite (é uma
inflamação no intestino grosso), da doença das coronárias (placas de tecido
fibroso e colesterol, que crescem e acumulam-se na parede dos vasos), da
hipertensão arterial e de muitas outras enfermidades”.
A decisão de amar para os crentes, antes de ser uma
atitude espiritual é definitivamente racional e inteligente. Pesquisas constataram que quando
recebemos o afeto de uma pessoa próxima, há uma liberação de endorfina,
substância capaz de relaxar a parede das veias e artérias. Dessa forma,
a pressão arterial fica equilibrada, além de o sangue fluir com mais
facilidade. Estudiosos do comportamento humano, psiquiatras e psicólogos
têm chegado à conclusão, à luz de experiências vivenciadas, que além de ser uma
necessidade básica, o amor é um dos mais eficazes processos terapêuticos. O Dr.
James Colleman, no seu livro "A Psicologia do Anormal e a Vida
Contemporânea", assim escreve: "É estranho notar que pouco se sabe a
respeito de um dos mais poderosos fatores terapêuticos - o Amor".
Amor e saúde estão entrelaçados de maneira surpreendente.
Os homens são feitos para conectarem-se uns aos outros, e quando bons
relacionamentos são cultivados (não apenas no campo amoroso sentimental), as
recompensas são imensas. Deixe-me frisar que não estou me referindo à paixão de
um novo relacionamento emocional ou sentimental. Na verdade a respeito da
paixão não existe nenhuma evidência de que o intenso e apaixonado estágio de um
novo romance é benéfico à saúde. "Pessoas que se apaixonam dizem que se
sentem maravilhosas e agoniadas ao mesmo tempo” diz Harry Reis, PhD,
co-editor da Enciclopédia dos Relacionamentos Humanos. Ou seja, todo esse sobe
e desce pode ser um ponto de partida do estresse. Já o amor cultivado nos
relacionamentos duradouros trazem segurança, calma e estabilidade.
Existem muitas evidências de que pessoas que estão em
relacionamentos longos, satisfatórios e principalmente saudáveis se dão melhor
em toda variedade de exames médicos. A maior parte das pesquisas nessa área se
concentra no relacionamento conjugal, mas acredita-se que muitos desses
benefícios se estendem a outras relações próximas, como amigos ou parentes e
principalmente nos relacionamentos entre cristãos. As pessoas precisam se
sentir conectadas com outras, como parte de um grupo, além de respeitada e
valorizada.
A seguir alistei alguns benefícios que a prática do amor
traz a saúde segundo pesquisas com casais e que acredito ter resultados
parecidos nas outras áreas de relacionamento entre pessoas.
·
Menos
visitas médicas
·
Menos
depressão
·
Menos
uso de substâncias tóxicas
·
Pressão
sanguínea mais baixa
·
Menos
ansiedade
·
Controle
natural da dor
·
Melhor
controle do estresse
·
Menos
resfriados
·
Cicatrização
mais rápida
·
Vida
mais longa
O contra ponto disso é que quando não cultivamos o amor,
alimentamos ressentimentos que além de nos fazer inimigos do nosso próximo, nos
fará adoecer fisicamente. Pesquisas recentes constataram que boa parte dos
doentes com câncer, também tem algum problema de amargura ou rancor no coração.
Alimentar a íra adoece e pode conduzir pessoas até mesmo
a agressões e em casos extremos até a prática de crimes contra o próximo.
Certamente o que não se divulga é que geralmente, o maior dano se observa na
própria pessoa, que como já mencionei se torna candidato a desenvolver
patologias diversas. A mágoa, rancor ou amargura são ingredientes de um veneno
que nós mesmos tomamos esperando que o outro morra.
O estado emocional de uma pessoa ressentida pode ser
considerado um gatilho prestes a disparar agressões de maneira exagerada.
Qualquer motivo insignificante pode ser uma fagulha que detonará discussões e
brigas sem fim. Pessoas são transformadas nos momentos de íra. Uma mudança
profunda radical da fisionomia e expressões físicas poderão ser facilmente
notadas em pessoas desprovidas de equilíbrio emocional.
Na prática de exercícios para o condicionamento físico,
deve-se ter diligência e disciplina para se ter um corpo saudável. Exercícios
físicos praticados com regularidade condicionarão nosso corpo e trarão mais
vitalidade. Da mesma forma, amar pode ser considerado um exercício e o seu
desenvolvimento deve ser progressivo. Quanto mais dispostos estivermos para
amar a Deus e os outros, mais seremos amados. O conhecido efeito bumerangue que
nada mais é do que a lei da semeadura e colheita fará você colher amor enquanto
permanecer semeando amor.
Não se preocupe em reter amor, pois quando o mesmo é
compartilhado nunca será diminuído. Pódemos dividí-lo infinitamente e ainda
assim não diminuirá. O amor é o único tesouro que se multiplica e cresce
espantosamente por divisão. É o único dom que aumenta enquanto você o reparte.
Lembro-me de ter lido isso em algum lugar: "Doe amor; jogue-o fora;
esparrame-o; esvazie seus bolsos; sacuda o cesto, vire o copo para baixo, e
amanhã você terá mais do que nunca." Isso é tremendo!!!
A semente do amor que está dentro de nós pelo Espírito
Santo deve ser semeada nos nossos relacionamentos. Quando a semente germinar, a
plantinha precisará ser cultivada e nutrida para que não morra. Com fé e
perseverança amaremos mais e melhor. Assim todos os nossos relacionamentos
serão transformados.
A base dos relacionamentos saudáveis deve ser fortalecida
por uma decisão racional de amar, custe o que custar. Mesmo após termos
decidido amar sem limites, surgirão momentos de insatisfação emocional, dúvidas
e até mesmo um sentimento de desistência. “Será que vale a pena insistir em
determinada pessoa?”, é o que alguns perguntam quando se frustram nos
relacionamentos. É a partir daí que devemos escolher amar novamente. Mesmo que
aparentemente o sentimento tenha se esvaído, não devemos achar que não podemos
amar novamente. Essa é uma questão de decisão, é simples assim. O justo vive
pela fé e não por sentimentos. Quando decidimos amar o sentimento acompanhará a
nossa decisão.
Nosso alvo é ser como Jesus, e para isso, devemos pedir a
Deus que nos ensine a amar. Me lembro que em uma manhã, enquanto fazia minha
leitura bíblica, me deparei com um texto que saltou das páginas direto para o
meu coração. Em Lucas 23 li que Jesus intercedeu pelos seus ofensores dizendo: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o
que fazem." Lucas 23:34a. Não consegui entender a palavra
"perdoa-lhes", achei que seria correto Jesus orar dizendo: "Eu
perdoo vocês". Afinal de contas, Jesus estava sendo agredido e
injustiçado, portando, ele deveria perdoar. Mas depois de meditar sobre isso,
entendi que quando Jesus ora dizendo perdoa-lhes, ele estava nos dizendo que em
seu coração não havia lugar para a mágoa, tristeza ou amargura. Devemos guardar
nossos corações de sentimentos errados. Quando o amor enche o coração, não
deixa nele lugar para mais nada. Nem para o ódio, nem para o rancor, nem para o
orgulho. Esse é o modelo a ser seguido.
Ame sempre, e sem limites!
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