20191031

Fé, gratidão e generosidade, fatores que promovem o milagre. Jo 6:1-13. Pr. Edenir Araújo - Culto de Celebração - 27/10/19


1 Depois destas coisas, atravessou Jesus o mar da Galiléia, que é o de Tiberíades. 2 Seguia-o numerosa multidão, porque tinham visto os sinais que ele fazia na cura dos enfermos. 3 Então, subiu Jesus ao monte e assentou-se ali com os seus discípulos. 4 Ora, a Páscoa, festa dos judeus, estava próxima. 5 Então, Jesus, erguendo os olhos e vendo que grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pães para lhes dar a comer? 6 Mas dizia isto para o experimentar; porque ele bem sabia o que estava para fazer. 7 Respondeu-lhe Filipe: Não lhes bastariam duzentos denários de pão, para receber cada um o seu pedaço. 8 Um de seus discípulos, chamado André, irmão de Simão Pedro, informou a Jesus: 9 Está aí um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas isto que é para tanta gente? 10 Disse Jesus: Fazei o povo assentar-se; pois havia naquele lugar muita relva. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil. 11 Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os entre eles; e também igualmente os peixes, quanto queriam. 12 E, quando já estavam fartos, disse Jesus aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca. 13 Assim, pois, o fizeram e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobraram aos que haviam comido.” Jo 6:1-13
No capítulo 6 do evangelho de João, vemos o episódio da multiplicação de pães e peixes que Jesus realizou e podemos aprender algumas lições importantes.
Sinais que permeiam um ambiente de milagres
Atitudes que conduzem à felicidade plena
1. Efeito fé
No verso 6 Jesus prova a fé de Filipe. Deus nos permite passar por situações adversas para por a prova a nossa fé.
Uma maneira de entender o que é fé é pensar em visão. A Bíblia diz que o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para não verem a luz do evangelho de Jesus. 
“4 nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.” 2Co 4:4
Deus disse a Abraão que a chave para a prosperidade seria enxergar a bênção.
“14 Disse o SENHOR a Abrão, depois que Ló se separou dele: Ergue os olhos e olha desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente; 15 porque toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre. 16 Farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, então se contará também a tua descendência. 17 Levanta-te, percorre essa terra no seu comprimento e na sua largura; porque eu ta darei. 18 E Abrão, mudando as suas tendas, foi habitar nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e levantou ali um altar ao SENHOR.” Gn 13:14-18
No exercício da vida cristã, nós precisamos crer. Isso foi o que Jesus disse para Marta, irmã de Lázaro:
“... se creres, verás a glória de Deus?” Jo 11:40b

“todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma.” Hb 10:38

Crer é o mesmo que ter fé. Isso é ter uma visão clara do que Deus já fez. Uma multidão seguiu a Jesus porque “tinham visto os sinais...”. Eles não tinham o Espírito, por isso estavam andando baseados nos sinais exteriores. Nós temos o Espírito habitando em nós, assim podemos ver pela fé os milagres que o Senhor está fazendo.

Jesus questiona Felipe

No relato, uma grande multidão seguia a Jesus porque o viram operando milagres. Ao ver tanta gente, Jesus perguntou a Filipe onde compraria pães para dar àquela multidão. Vale ressaltar que a pergunta de Jesus a Filipe fora feita para ver qual seria a resposta deste.
Jesus, sabedor de todas as coisas, já sabia o que iria acontecer. Cinco pães e dois peixinhos era o suficiente para o Mestre realizar o milagre, suprir a necessidade daqueles cinco mil homens, sem contar as mulheres e as crianças.
Da mesma forma que Jesus esperava uma resposta de Felipe diante daquele problema, da mesma maneira que Deus questionou Ezequiel, hoje Ele espera uma resposta de nós também. Essa resposta é a fé!
A primeira coisa que precisamos é ter fé! Coisas maiores VEREMOS!
Nós precisamos ter uma visão clara da realidade espiritual que nos permeia.
“22 São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; 23 se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas.” Mt 6:22-23
Bons olhos aqui é ter clareza na mente, é ter fé. (Oftalmos = Olhos da mente)
Quando não se tem visão além do natural, fica-se à mercê das circunstâncias porque só se conhece as circunstâncias.
“... e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8:32

A importância de você abrir os olhos

8 O rei da Síria fez guerra a Israel e, em conselho com os seus oficiais, disse: Em tal e tal lugar, estará o meu acampamento. 9 Mas o homem de Deus mandou dizer ao rei de Israel: Guarda-te de passares por tal lugar, porque os siros estão descendo para ali. 10 O rei de Israel enviou tropas ao lugar de que o homem de Deus lhe falara e de que o tinha avisado, e, assim, se salvou, não uma nem duas vezes. 11 Então, tendo-se turbado com este incidente o coração do rei da Síria, chamou ele os seus servos e lhes disse: Não me fareis saber quem dos nossos é pelo rei de Israel? 12 Respondeu um dos seus servos: Ninguém, ó rei, meu senhor; mas o profeta Eliseu, que está em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que falas na tua câmara de dormir. 13 Ele disse: Ide e vede onde ele está, para que eu mande prendê-lo. Foi-lhe dito: Eis que está em Dotã. 14 Então, enviou para lá cavalos, carros e fortes tropas; chegaram de noite e cercaram a cidade. 15 Tendo-se levantado muito cedo o moço do homem de Deus e saído, eis que tropas, cavalos e carros haviam cercado a cidade; então, o seu moço lhe disse: Ai! Meu senhor! O que faremos? 16 Ele respondeu: Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. 17 Orou Eliseu e disse: SENHOR, peço-te que lhe abras os olhos para que veja. O SENHOR abriu os olhos do moço, e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.” 2Re 6:8-17
2. Efeito gratidão
“11 Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os entre eles; e também igualmente os peixes, quanto queriam. 12 E, quando já estavam fartos, disse Jesus aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca. 13 Assim, pois, o fizeram e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobraram aos que haviam comido.” Jo 6:1-13
Jesus deu graças pelos pães e peixes
Jesus deu graças por aquele alimento, e isso foi a chave que abriu os céus para provisão e abundância. Gratidão é o que se espera dos crentes.
A primeira marca de quem tem um encontro com a graça é a gratidão. Os ingratos não conhecem a graça. Aluízio Silva
Por que você deve expressar gratidão diária?

1. Porque ser grato glorifica o nome do nosso Senhor! Glorificar o nome do nosso Senhor e Salvador deve ser a nossa santa ambição. E no Salmo 50, a maneira como devemos fazer isso é oferecendo a Ele a nossa gratidão.

Aquele que oferece sacrifício de ação de graças me glorifica; e mostrarei a salvação de Deus ao que atenta para seus atos.” Sl 50:23

2. Quem é grato foca no lado SIM da vida, onde as oportunidades estão. Quem é constantemente grato está focando no lado SIM da vida, ou seja, observando as grandes e pequenas bençãos diárias e isto faz toda a diferença. Em vez de buscar mais motivos para reclamar, quem é constantemente grato começa a buscar soluções e encontrar oportunidades. É importante dizer também que o que você foca expande. Quanto mais você for grato, mais receberá dos céus! Agradecer é fazer a graça descer.

3. Agradecer trará mais saúde física, mental e espiritual. Quando olhamos para nossos dias buscando pequenos ou grandes motivos para sermos gratos, áreas específicas do nosso cérebro produzem maiores doses de dopamina e oxiticina, neuro-hormônios responsáveis pela sensação de bem estar e entusiasmo. Pessoas constantemente agradecidas tem mais energia, são emocionalmente inteligentes, demonstram tolerância e paciência, e menos propensas a serem deprimidas, ansiosas ou solitárias.

Gratidão é a primeira expressão de louvor e adoração que devemos apresentar ao Senhor. 
Jesus manifestou gratidão na multiplicação dos pães e peixes. Ele não reclamou da quantidade nem do tamanho dos alimentos, Ele foi grato por aquilo que estava em suas mãos. Certamente, se fossemos nós a orar pela multiplicação, diríamos muitas coisas, pediríamos para Deus multiplicar a quantidade dos alimentos, diminuir o número de pessoas, aumentar o tamanho dos pães e peixes, e talvez nem déssemos graças. Porém, Jesus sempre foi grato ao Pai, e no episódio relatado em João 6, nosso Senhor apenas deu graças para nos ensinar o poder de um coração grato, de um coração contente diante de Deus. Se não há contentamento por tudo aquilo que o Senhor nos tem nos dado, Ele não pode multiplicar, porque isso seria incoerente com a natureza de Deus.
3. Efeito Generosidade
“Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os entre eles; e também igualmente os peixes, quanto queriam.” Jo 6:11
Etimologia da palavra
Generosidade vem de gênese ou gênesis GÊNESE – o começo de tudo. Em Grego, genesis queria dizer “criação, força produtiva, origem”, de genos, “nascimento, família, raça”, da raiz Indo-Europeia acima citada.
Assim que a graça alcançou os irmãos da igreja de Macedônia, mesmo havendo uma dificuldade de contribuição, eles se esforçaram em contribuir para com os necessitados de Jerusalém. Paulo mostrou a necessidade da Igreja encorajando-os e motivando-os a esta prática na solução dos problemas ali encontrados.
1 Irmãos, quero que saibais como a graça de Deus foi concedida às igrejas da Macedônia, 2 pois a intensidade da alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em riqueza de generosidade, e isso em dura prova de tribulação.” 2Co 8:1-2
Por fim, Jesus foi generoso ao distribuir os pães. Que combinação explosiva! Fé, gratidão e generosidade! Que exemplo a ser seguido! Muitas pessoas reclamam do salário, dizem que ele não dá para nada, que é uma miséria, amaldiçoa a todo o tempo o fruto das mãos, em vez de manifestarem fé, gratidão e generosidade assim como nos ensinou Jesus.
Note que Ele tomou cinco pães e dois peixinhos, deu graças, distribuiu, deu sem reservas e assim, alimentou uma multidão com direito a abundância.
Sejamos sempre gratos para que a provisão e abundância das bênçãos do Senhor venham sobre nós!
Agora é importante perceber que o milagre aconteceu enquanto ele distribuía os pães e peixes.
Zaqueu encontrou a graça e decidiu agir com generosidade
1 Entrando em Jericó, atravessava Jesus a cidade. 2 Eis que um homem, chamado Zaqueu, maioral dos publicanos e rico, 3 procurava ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, por ser ele de pequena estatura. 4 Então, correndo adiante, subiu a um sicômoro a fim de vê-lo, porque por ali havia de passar. 5 Quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa. 6 Ele desceu a toda a pressa e o recebeu com alegria. 7 Todos os que viram isto murmuravam, dizendo que ele se hospedara com homem pecador. 8 Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais. 9 Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. 10 Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.” Lc 19:1-10
O milagre aconteceu enquanto Jesus distribuía os pães.
“24 A quem dá liberalmente, ainda se lhe acrescenta mais e mais; ao que retém mais do que é justo, ser-lhe-á em pura perda. 25 A alma generosa prosperará, e quem dá a beber será dessedentado.” Pv 11:24-25 (ARA)
O generoso prosperará; quem dá alívio aos outrosalívio receberá. Pv 11:25 (NVI)

20191022

O perigo do ativismo e distração. Hb 12:1-2. Pr. Edenir Araújo - Culto de Celebração - 20/10/2019


“1 Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta (vida cristã), 2 olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.” Hb 12:1-2

Me parece que o nosso tempo esta cada vez mais escasso. Nossa vida esta cada dia mais corrida ou apressada. Familia, trabalho, escola, filhos, igreja, etc. Essa correria diária nos tem causado estresse, ansiedade, preocupação, etc. Um dia tem 24 horas ou 1440 minutos ou 86400 segundos, e parece que esse tempo esta voando, pois termina o dia e sobra tarefas.

O trânsito estava realmente infernal naquele dia. Depois de uma jornada de trabalho tensa, com problemas e mais problemas para resolver, inúmeros e-mails e telefonemas para responder, tudo o que Paulo mais queria era chegar em casa, comer algo, afundar no sofá da sala e assistir a qualquer coisa na televisão. Porém, os minutos desperdiçados no trânsito se transformaram em horas. Quando chegou a sua casa, já era noite. Entrou, tirou os sapatos, jogou a pasta em um canto, deu um “oi” apressado para a esposa e mal viu os dois filhos que brincavam no tapete. Tomou uma ducha morna, vestiu roupas confortáveis e sentou-se à mesa de jantar. – Tem alguma coisa para comer? – perguntou secamente. A esposa respondeu: – Sua mãe ligou agora há pouco. Reclamou que você não vai visitá-la há muitos meses. – Ela sabe que não tenho tempo. Tenho mais o que fazer. Contas a pagar. Problemas para resolver. E a nova supervisora não larga do meu pé... mulher complicada! Parece que tem medo do futuro, de que a empresa quebre. É difícil trabalhar com ela. Está me deixando louco! – É só disso que você fala ultimamente: problemas, contas, a supervisora. Percebeu ao menos que seus filhos estão ali na sala? O Marquinhos perguntou a tarde toda a que horas você chegaria. Paulo rebate: – Todo dia é a mesma coisa? Só cobrança, cobrança! Me cobram no trabalho, me cobram em casa! Pensa que é fácil sustentar a família sozinho? Essas últimas palavras atingiram Sílvia em cheio. Não era justo. Ela havia sido afastada do trabalho por motivos de saúde, e ele sabia disso. Claro que era bom passar mais tempo com as crianças, mas ouvir as reclamações do marido dia após dia estava se tornando insuportável. – Nossos filhos estão crescendo e mal conhecem o pai. Isso para não falar do nosso casamento... Paulo diz nervoso: – Você pode me dar um tempo? Estou cansado, com dor de cabeça e sem paciência para essa conversa. Naquele momento, a filha de Paulo, uma garotinha de seis anos, com cabelos encaracolados e belos olhinhos, aproximou-se do casal e entregou um envelope para o pai, que respondeu rispidamente: – Agora não, filha! Não vê que sua mãe e eu estamos conversando? Ele colocou o papel no bolso de qualquer jeito, ignorando a menina que se afastava com lágrimas nos olhos. – Você é um estúpido, mesmo! Não vê o que está fazendo com sua família? – Pra mim já chega! Vou para o quarto. Perdi a fome – devolveu Paulo. Ele tinha a nítida sensação de que estava perdendo o controle de seu mundo. O homem tão seguro, tão cheio de si não estava conseguindo administrar a própria vida. Pensamentos negativos tomavam conta dele. O cérebro parecia ferver, e lembranças ruins do passado pioravam tudo. O corpo de meia-idade estava excessivamente fatigado devido à falta de exercícios físicos. E como ter tempo para isso? A supervisora estressada vivia lhe pedindo relatórios. Ele não queria saber de pensar em nada mais. Só queria descansar, dormir e, quem sabe, nem acordar. Quando se deitou de lado, sentiu algo no bolso. Pegou o envelope amassado, abriu-o e encontrou uma cartinha escrita com giz de cera. Sentindo o estômago revirar, ele leu: “Papai, eu te amo, preciso do teu colo”.

Quem nunca se sentiu como o personagem da história narrada, esmagado por compromissos e incapaz de lidar com tantas coisas ao mesmo tempo? Quem nunca teve vontade de jogar tudo para o alto e fugir para uma ilha deserta? Infelizmente, cada vez mais estamos nos sobrecarregando de tarefas diversas e incontáveis compromissos. Isso tem sido fator de estresse e ansiedade.

Uma pesquisa feita com 1500 pessoas, constatou que um terço dos entrevistados sente que raramente tem tempo para refletir sobre as tarefas que realizam adequadamente. Mais de 50% normalmente são obrigados a fazer malabarismo com uma quantidade excessiva de tarefas simultâneas ou são interrompidos tantas vezes que sentem dificuldade para concluírem seus trabalhos. Outra pesquisa, feita ao longo de um ano inteiro, constatou que as pessoas não só mudam de tarefa a cada três minutos durante o dia, como também a metade das interrupções são iniciadas por elas mesmas. As pessoas estão tão atordoadas que não conseguem focar e dar atenção concentrada nas atividades que executam.

Alguém pode estar pensando: “Mas pastor, isso é coisa normal nos dias de hoje...”. Sim, eu sei que isso parece normal, mas não é. O ser humano é unifocal, não foi criado para multitarefas, foi criado para executar uma tarefa por vez. Deus quando criou o homem disse: “Adão, você vai lavrar e guardar o Edem”.

As muitas atividades e compromissos nos ocupam e nos esgotam fisicamente e mentalmente, nos tornando improdutivos e frustrados. Agora o pior de tudo isso é que muitos cristãos estão deixando de priorizar seu tempo com Deus e com a igreja do Senhor trazendo um grande dano para suas vidas e também para a igreja.

Uma poderosa arma apontada para os cristãos

Queridos, o inimigo das nossas almas tem muitas armas apontadas para os cristãos, mas especialmente uma delas tem causado grande prejuízo. Eu me refiro ao ativismo e distração. Parte da história do povo hebreu contada no livro de Êxodo nos ensina que houve uma época onde o povo de Deus voltou-se para buscar a face do Senhor, e por conta disso Deus decidiu liberta-lo.

“1 Apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Midiã; e, levando o rebanho para o lado ocidental do deserto, chegou ao monte de Deus, a Horebe. 2 Apareceu-lhe o Anjo do SENHOR numa chama de fogo, no meio de uma sarça; Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo e a sarça não se consumia. 3 Então, disse consigo mesmo: Irei para lá e verei essa grande maravilha; por que a sarça não se queima? 4 Vendo o SENHOR que ele se voltava para ver, Deus, do meio da sarça, o chamou e disse: Moisés! Moisés! Ele respondeu: Eis-me aqui! 5 Deus continuou: Não te chegues para cá; tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa. 6 Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Moisés escondeu o rosto, porque temeu olhar para Deus. 7 Disse ainda o SENHOR: Certamente, vi a aflição do meu povo, que está no Egito, e ouvi o seu clamor por causa dos seus exatores. Conheço-lhe o sofrimento; 8 por isso, desci a fim de livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e ampla, terra que mana leite e mel; o lugar do cananeu, do heteu, do amorreu, do ferezeu, do heveu e do jebuseu. 9 Pois o clamor dos filhos de Israel chegou até mim, e também vejo a opressão com que os egípcios os estão oprimindo.” Ex 3:1-9

Tempo com Deus, fator de livramento e provisão!

O tempo que os hebreus gastaram com Deus foi o gatilho que disparou a bênção do livramento e provisão. A liberdade de um povo estava diretamente ligada à disposição de estarem ocupados com Deus. Eles trabalhavam como escravos, mas não negociaram seu tempo de consagração.

Moisés vai até Faraó

Após ter essa experiência com Deus, Moisés relutou em obedecê-lo, porém quando decidiu ir até Faraó pleitear a libertação do povo Hebreu, ouviu do Rei do Egito:

2 Respondeu Faraó: Quem é o SENHOR para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel? Não conheço o SENHOR, nem tampouco deixarei ir a Israel. 3 Eles prosseguiram: O Deus dos hebreus nos encontrou; deixa-nos ir, pois, caminho de três dias ao deserto, para que ofereçamos sacrifícios ao SENHOR, nosso Deus, e não venha ele sobre nós com pestilência ou com espada. 4 Então, lhes disse o rei do Egito: Por que, Moisés e Arão, por que interrompeis o povo no seu trabalho? Ide às vossas tarefas. 5 Disse também Faraó: O povo da terra já é muito, e vós o distraís das suas tarefas. 6 Naquele mesmo dia, pois, deu ordem Faraó aos superintendentes do povo e aos seus capatazes, dizendo: 7 Daqui em diante não torneis a dar palha ao povo, para fazer tijolos, como antes; eles mesmos que vão e ajuntem para si a palha. 8 E exigireis deles a mesma conta de tijolos que antes faziam; nada diminuireis dela; estão ociosos e, por isso, clamam: Vamos e sacrifiquemos ao nosso Deus. 9 Agrave-se o serviço sobre esses homens, para que nele se apliquem e não dêem ouvidos a palavras mentirosas.” Ex 5:2-9

Obs: Existem dois tipos de trabalho neste mundo. Ou você lavra e guarda o Jardim do Edem, ou trabalha como escravo servindo a Mamon.

O que é atenção?

Uma das melhores definições de atenção que já encontrei vem do ano longínquo de 1890, quando as pessoas ainda sabiam o que isso significava. É uma definição do psicólogo e filósofo norte-americano William James:

Atenção é a ação em que a mente toma posse, de forma clara e vívida, de um entre vários objetos ou linhas de pensamento simultaneamente possíveis. Implica o afastamento de algumas coisas para poder ocupar-se efetivamente de outras. Atenção é o maestro do cérebro, o único capaz de dirigir harmonicamente a orquestra multifuncional da mente. Em suas diversas ramificações, estão as chaves não só para formas mais elevadas de pensamento, mas também para a moralidade e, até mesmo, para a própria felicidade.

Os dois tipos de crentes na igreja

Marta e Maria representam dois tipos de crentes nos dias de hoje.

“38 Indo eles de caminho, entrou Jesus num povoado. E certa mulher, chamada Marta, hospedou-o na sua casa. 39 Tinha ela uma irmã, chamada Maria, e esta quedava-se assentada aos pés do Senhor a ouvir-lhe os ensinamentos. 40 Marta agitava-se de um lado para outro, ocupada em muitos serviços. Então, se aproximou de Jesus e disse: Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me. 41 Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. 42 Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada.” Lc 10:38-40

Quantas vezes em nossas vidas procedemos como Marta, permitindo que a vida agitada e as preocupações diárias nos afastem do Senhor. Quando isso acontece, passamos a andar de um lado para o outro, sem uma direção certa e acabamos ansiosos, inquietos e preocupados.

O maior ansiolítico de todos os tempos!

Quantos de nós podemos viver a realidade do Salmo 23 confiando plenamente no Senhor?

1 O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará. 2 Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso; 3 refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome. 4 Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam. 5 Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda. 6 Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do SENHOR para todo o sempre.” Sl 23:1-6

Com toda certeza, você já leu e ouviu muitas vezes esse texto bíblico. Entretanto, eu gostaria de perguntar: Até que ponto você o tem experimentado? Quanto tempo tem passado, recentemente, em pastos verdejantes? Repousando – não correndo atrás de uma bola, um entretenimento ou de trabalho? Quanto tempo tem passado em pastos verdejantes? Qual foi a última vez que parou perto de águas tranquilas ou sentiu o Senhor refrigerar sua alma num verdadeiro ambiente de paz, clareza e restauração?

Voltando ao texto de Lucas 10, percebemos que Marta, como uma boa anfitriã, se ocupava dos serviços da casa. Certamente, assim como qualquer um de nós, Marta desejava oferecer ao Senhor o de melhor, queria agradá-lo. Talvez Marta quisesse mostrar a Jesus o seu lado prestativo, queria que ele a visse como uma mulher dedicada e zelosa. Esse era o perfil de Marta. E como ela estava ansiosa e preocupada, Marta se incomodou com o fato de sua irmã, Maria, não ajudá-la, de não se preocupar da mesma maneira. Creio que no lugar de Marta, isso também nos incomodaria. Tanto que poderíamos até pensar: “Puxa, eu aqui dando duro e Maria à toa!”.

O fato é que a ansiedade de Marta a impediu de perceber que sua irmã Maria estava descansada, livre de preocupações. Maria percebeu que sua atenção precisava estar voltada para o que dizia o seu Senhor. Marta, porém, colocou o serviço que fazia para Jesus acima dele próprio. Marta era a anfitriã adequada, Maria, a discípula perfeita.

Quem é você nessa história? Marta, com suas ansiedades e preocupações; ou Maria, a discípula que preferiu despreocupar-se de tudo e ouvir a voz do Mestre.

Valores invertidos

Me trás incomodo o fato de muitos deixarem de colocar o Senhor em primeiro lugar. Quando isso acontece, esquecemos de um fato muito importante: que a nossa “visita” quer apenas a nossa atenção, o nosso carinho. Deus quer a nossa atenção, sempre! Deus quer que estejamos livres de toda ansiedade, descansando nEle, ou melhor, lançando sobre ele toda a nossa ansiedade porque ele tem cuidado de nós (1Pe 5:7). Aleluia!

Eu ouço com frequência irmãos dizendo: “Pastor, hoje não vou para o culto, pois tenho de trabalhar...”. “Pastor, não vou entregar meu dízimo neste mês, pois preciso pagar minhas contas...”. “Pastor, não poderei participar da conferência, pois fui convocado para trabalhar...”.

O testemunho do irmão adventista do sétimo dia

Lembro-me de um irmão que passando por entrevistas numa seleção de candidatos a uma vaga de trabalho, teve de concorrer diretamente com ouro candidato. Indagado se poderia trabalhar aos sábados, o mesmo disse: “Não trabalho aos sábados, pois consagrei este dia a Deus”. Seu concorrente direto disse: “Eu posso trabalhar aos sábados, domingos e feriados”. Na hora da escolha, a opção do patrão foi pelo irmão. O empregador concluiu. “Se este rapaz tem esse nível de compromisso com Deus, que ele não vê e nem remuneração recebe para congregar, certamente será um funcionário comprometido com a nossa empresa”.

Dias atrás perguntei a um irmão: “Querido, você está lendo a Bíblia?”; sua resposta foi: “Estou sem tempo pastor...”. Perguntei ao outro: “Querido, vejo que você está enfrentando problemas diversos, você tem orado a respeito?”. O mesmo respondeu: “Estou sem tempo...”. 

Com a sua atitude, Maria nos mostrou como devemos proceder: escolhendo sempre a melhor parte, que é estar perto de Deus, entregando a nossa vida totalmente nas mãos dele. Mantendo uma vida simples, com tempo para ouvir a voz do nosso Mestre querido – Jesus. Para você que tem agido como Marta, aí vai uma dica especial: descansar em Deus não é deixar as coisas do dia-a-dia sem fazer. Não é isso. Descansar em Deus é entregar a sua vida por inteiro nas mãos dele sem deixar que a ansiedade impeça você de agir da maneira correta. Descansar em Deus é agir confiante na poderosa ação de Deus.

Num dos meus devocionais sobre a importância de evangelizarmos, eu conto a história de uma moça cristã que decidiu viver para si mesma.

“Conta-se a história de uma moça que ainda na adolescência, após ter se convertido ao Senhor rejeitou o seu chamado por ser muito jovem, muitos compromissos com amigos. Tempos depois, continuou rejeitando o chamado do Senhor por estar muito comprometida com seus estudos. Adiante, se envolveu com um rapaz e por conta disso não tinha tempo para a igreja. Anos depois, casada não podia se dedicar ao ministério, pois sua vida era para o marido. Com o nascimento do primeiro filho, as coisas ficaram ainda mais difíceis. Assim sucedeu com o segundo, terceiro e quarto filho. Na meia idade, seu amor pelo Senhor e sua igreja já havia se esfriado. Enfrentando problemas de saúde, já não tinha mais vigor para assumir compromissos com a igreja local. Envelheceu, e na sua velhice concluiu que a sua vida não havia valido a pena. Então, num leito de morte, essa irmã sussurrou dizendo: “A vida passou muito rápido... Tudo se foi... Deus me perdoe...”.

As distrações surgem com os encantos do mundo seduzem.

“Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se, ou causar dano a si mesmo?” Lc 9:25

O inimigo nos ataca com atrativos que sempre tem boa aparência, algo agradável aos olhos. Foi assim desde o primeiro desvio.

“6 Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.” Gn 3:6

Provérbios nos orienta sobre o segredo para resolver todos os problemas da vida

“13 Retém a instrução e não a largues; guarda-a, porque ela é a tua vida. 14 Não entres na vereda dos perversos, nem sigas pelo caminho dos maus. 15 Evita-o; não passes por ele; desvia-te dele e passa de largo; 16 pois não dormem, se não fizerem mal, e foge deles o sono, se não fizerem tropeçar alguém; 17 porque comem o pão da impiedade e bebem o vinho das violências. 18 Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. 19 O caminho dos perversos é como a escuridão; nem sabem eles em que tropeçam. 20 Filho meu, atenta para as minhas palavras; aos meus ensinamentos inclina os ouvidos. 21 Não os deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-os no mais íntimo do teu coração. 22 Porque são vida para quem os acha e saúde, para o seu corpo. 23 Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida. 24 Desvia de ti a falsidade da boca e afasta de ti a perversidade dos lábios. 25 Os teus olhos olhem direito, e as tuas pálpebras, diretamente diante de ti. 26 Pondera a vereda de teus pés, e todos os teus caminhos sejam retos. 27 Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal.” Pv 4:13-27
 

20191016

Problemas, oportunidades para triunfar! Pr. Edenir. Culto de Celebração - 16/10/2019



18 Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. 24 Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? 25 Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos. 28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”.Rm 8:18; 24,25;28.

“Estamos certos de que Deus age em todas as coisas, com o fim de beneficiar todos os que o amam, dos que foram chamados conforme seu plano”. Rm 8:28 (Versão King James)

Como vivemos ainda num mundo caído, estamos sujeitos a vários tipos de sofrimentos e crises. Essas dificuldades aconteceram no tempo de Moisés, nos dias de José do Egito, na época do Rei Davi, na vida dos Profetas; vemos também o mesmo ocorrendo com Jesus, os seus discípulos e também com aqueles que os sucederam. Nesse tocante, nada mudou, pois as aflições fazem parte da vida. Querer viver neste mundo sem passar por crises é como mergulhar num rio e não querer se molhar. A sentença para todos os homens é...

Neste mundo vocês terão aflições, mas tenham coragem; eu venci o mundo.” Jo 16:33b

Assim, aprendemos que uma promessa em comum está regendo a vida de todos os homens.

Crises são cíclicas

Todos os homens, sem exceção, enfrentarão crises. E elas são cíclicas. As crises são cíclicas. Você se lembra do tempo em que José falou a Faraó sobre os 7 anos de vacas gordas e outros 7 anos de vacas magras? De tempos em tempos surgem os desafios e problemas. Porém, podemos ter certeza que o Senhor está no controle de todas as coisas. E o melhor é que podemos enxergar com bons olhos as crises e tirarmos preciosas lições delas.

Ler o texto base:

18 Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. 24 Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? 25 Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos. 28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”.Rm 8:28

“Estamos certos de que Deus age em todas as coisas, com o fim de beneficiar todos os que o amam, dos que foram chamados conforme seu plano”. Rm 8:28 (Versão King James)

Porque nos problemas estão a oportunidade do nosso triunfo?

1. Porque nas crises, exercitamos e desenvolvemos a nossa fé.

Quando tudo está bem na nossa volta, quando estamos prosperando e o vento está a favor, temos a tendência de não usarmos a nossa fé. Temos a tendência de nos acomodar e isso pode levar ao esfriamento. Podemos dizer que os problemas são como combustível para a nossa fé. Quando as coisas apertam, e surgem as dificuldades, entramos no “modo alerta”, e passamos a dar mais atenção a Deus e Sua palavra. Quanto maiores forem as adversidades, maior será a nossa busca pelo Senhor. Maior será o nosso tempo de clamor. Isso é o que se espera de um crente nascido de novo.

Até o modo da oração da pessoa muda na ora da dificuldade.

No meio das dificuldades é que aprendemos a confiar em Deus em vez de confiar em nós mesmos.

A sua glória está diretamente ligada ao seu problema. A sua vitória está conectada à sua aflição. Na sua luta está a oportunidade do seu triunfo! Nessa adversidade está a oportunidade de desenvolver a sua fé!!!

A nossa glória passa pelos problemas!

Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação...”. 2Co 4:17

A leve e momentânea tribulação é o fator do trinufo!

A glória de Davi era Golias. A glória de Elias foram os 850 profetas. A glória de Daniel era a cova dos leões. A glória de Jesus estava na cruz, no ápice da sua maior dor e sofrimento. A sua glória pode ser uma enfermidade, pode ser um vício, pode ser a perseguição, o medo, a escassez, o desemprego, a rejeição, a traição, etc.

A nossa glória é a vitória no meio da tribulação. Por isso Paulo disse que as tribulações produzem as nossas glórias.

É apenas nos tempos difíceis que a paciência e a perseverança se desenvolvem. Eu não preciso de paciência quando tudo está normal. Paciência e fé são matérias aprendidas na escola da tribulação. Quando você nasceu de novo, foi matriculado nessa escola.

Por isso Paulo escreveu:

“Mas o justo viverá pela sua Fé” (2:4).

Sim, o justo, o crente em Jesus, viverá pela sua fé. Por mais que o presente momento seja sombrio, o crente não deve ter a sua fé abatida.

17 Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, 18 todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação.” Hb 3:17-18
Este texto é uma declaração de fé num momento de crise inigualável. Faltariam figos, uvas, azeitonas, os campos não produziriam os alimentos. O Rebanho seria exterminado. Os currais ficariam sem gado. E qual é a atitude do profeta? Desespero? Inconformismo? Não. Fé! Habacuque nos ensina que a resposta à crise é a fé. Sua segurança não brota de emoções, mas de uma fé viva. E quem crê, não se abala.

“Aqueles que confiam no Senhor são como o monte de Sião, que não se abala, estão firmes sempre”. Sl 125:1

Na escola da tribulação vemos muitos crentes aborrecidos, murmuradores, emburrados com Deus e com o mundo. Façamos como Habacuque, mantenhamos a fé em Deus mesmo que Ele se mostre indiferente às nossas orações; manter a fé mesmo que suas respostas sejam inesperadas; manter a fé mesmo que Ele esteja usando instrumentos dolorosos para nos disciplinar e educar e ainda que venhamos a perder tudo, todavia, devemos nos alegrar no Senhor, pois Ele é a única riqueza que vai perdurar sempre.

“Era uma vez um ferreiro que, após uma juventude cheia de excessos, resolveu entregar sua alma para Jesus. Durante muitos anos trabalhou com afinidade, praticou a caridade, mas, apesar de toda sua dedicação, nada parecia dar certo na sua vida. Muito pelo contrário: seus problemas e dívidas acumulavam-se cada vez mais.

Uma bela tarde, um amigo que o visitara, e que se compadecia de sua situação difícil, comentou: - ‘É realmente estranho que, justamente depois que você resolveu se tornar um homem temente a Deus, sua vida começou a piorar. Eu não desejo enfraquecer sua fé, mas apesar de toda a sua crença no mundo espiritual, nada tem melhorado’.

O ferreiro não respondeu imediatamente. Ele já havia pensado nisso muitas vezes, sem entender o que acontecia em sua vida. Entretanto, como não queria deixar o amigo sem resposta, começou a falar e terminou encontrando a explicação que procurava. Eis o que disse o ferreiro:

‘Eu recebo nesta oficina o aço ainda não trabalhado e preciso transformá-lo em espadas. Você sabe como isto é feito? Primeiro eu aqueço a chapa de aço num calor infernal, até que fique vermelha. Em seguida, sem qualquer piedade, eu pego o martelo mais pesado e aplico golpes até que a peça adquira a forma desejada. Logo, ela é mergulhada num balde de água fria e a oficina inteira se enche com o barulho do vapor, enquanto a peça estala e grita por causa da súbita mudança de temperatura. Tenho que repetir esse processo até conseguir a espada perfeita: uma vez apenas não é suficiente’.

O ferreiro deu uma longa pausa e continuou:

‘As vezes, o aço que chega até minhas mãos não consegue aguentar esse tratamento. O calor, as marteladas e a água fria terminam por enchê-lo de rachaduras. E eu sei que jamais se transformará numa boa lâmina de espada. Então, eu simplesmente o coloco no monte de ferro-velho que você viu na entrada de minha ferraria. Agora com relação as tribulações que tenho enfrentado, eu sei que Deus está me colocando no fogo das aflições. Tenho aceito as marteladas que a vida me dá, e às vezes sinto-me tão frio e insensível como a água que faz sofrer e gritar o aço. Mas a única coisa que peço é: Meu Deus, não desista, até que eu consiga tomar a forma que o Senhor espera de mim. Tente da maneira que achar melhor, pelo tempo que quiser, mas jamais me coloque no monte de ferro-velho das almas perdidas’.”


Porque nos problemas estão a oportunidade do nosso triunfo?

2. Por que nas crises somos alargados e amadurecidos em Deus.

“E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; 4 e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança.” Rm 3:3

Uma vez que nossa fé é desenvolvida, agora ela precisa ser alargada. Os problemas nos esticam e nos distendem levando nossa fé a crescer. Todo fruto precisa de tempo para amadurecer. Todo cristão pode adquirir muito conhecimento rapidamente, todavia só o tempo vai amadurecer o fruto. Até o tempo da colheita, o fruto vai experimentar sol, chuva, ventos, etc. Tudo isso vai cooperar para que o processo de amadurecimento e crescimento aconteça.

A saudosa irmão Léia sempre me dizia: “Pastor Edenir, quando perdoamos uma ofensa, estamos dando ao outro, a oportunidade de nos ofender novamente.”

Antes eu não perdoava, então perdoei uma vez, depois passei a perdoar sete vezes, agora eu perdoo setenta vezes sete. Ninguém pode alcançar maturidade sem ser expandido por Deus. Como a capacidade de perdoar plenamente aconteceu? Pelas muitas ofensas sofridas.

Para expandir a nossa capacidade Deus permite que passemos por situações difíceis várias vezes. Deus usa os problemas, para nos quebrantar e nos tornar pessoas mais mansas, misericordiosas, mais flexíves e mais bondosas...

Ser alargado por Deus significa que depois de uma experiência ou situação você não consegue mais ser como era antes. Certos materiais possuem a propriedade física de serem expandidos e não mais voltarem ao tamanho original.

Depois de passar por uma aflição, você pode não ser ainda quem gostaria de ser, mas com certeza, você já não é mais a pessoa que você era”, você cresceu!!! Foi alargado!!!

Em quem está a sua esperança? Jr 17:5-6. Pr. Edenir Araújo - Culto On-line - 01/04/20

“5 Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR! 6 Porque será...