20180531

Série de mensagens Uns aos Outros - Parte 6 - Não é bom que você viva só! Pr. Edenir Araújo - Culto de Celebração - 27/05/18


Deus fez você para o outro

“Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.” Gn 2:18

“Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” 1 Jo 1:7

Introdução

É interessante o paradoxo da Igreja quando o assunto é união. Ao mesmo tempo em que temos uma Bíblia repleta de orientações para que nos amemos uns aos outros (Rm 12.10; 1Pe 1.22), o que vemos na  maior parte das relações é uma terrível crise de comunhão.

Ao ministrar exaustivamente sobre relacionamentos ou sobre os mandamentos da mutualidade, Deus não nos propõe encontrar culpados para crise de comunhão, mas a proposta de Deus é focar em resoluções, visto que, todos nós, como parte de um mesmo corpo, somos responsáveis pelo bom relacionamento, pela vida, pelo bem estar comum.  Da mesma forma que um casamento que não da certo tem nos cônjuges a responsabilidade da separação, não havendo culpado, mas, culpados, na Igreja todos nós somos partes integrantes das soluções e dos problemas na área da comunhão.

Porque ainda vamos falar sobre isso?

Primeiro porque Jesus disse que a marca de um discípulo é o amor (a base da comunhão). Em João 13:35, ele disse o seguinte: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros”.

Segundo por que Jesus ensinou aos seus discípulos que a união entre eles testificaria da presença do próprio Cristo na Igreja: “a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste”. Jo 17:21

E em terceiro, por uma questão lógica: Uma Igreja desunida terá dificuldade de crescer, pois, não passará uma boa mensagem para os de fora. Sobre esse assunto, o escritor Loweel Bailey, em seu livro 25 segredos para derrotar a crise da comunhão, diz: ... a desunião e a falta de amor entre os cristãos podem levar os perdidos a duvida de que essa gente realmente esteja seguindo a Jesus. Pior ainda, por notar que os cristãos não se salvaram do seu egoísmo, eles podem duvidar que Jesus seja “verdadeiramente o salvador do mundo” (Jo 4:42)

O desejo de Deus é que o homem se relacione

“Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.” Gn 2:18

Em Gênesis 1 e 2 até o verso 17 Deus cria todas as coisas e as sustenta pelo poder da Sua palavra. No processo de criação, por várias vezes, nós vemos Deus criando e dizendo que aquilo que Ele havia criado era bom. Porém, em Gênesis 2:18, Deus diz que algo não estava certo, Deus vê algo que não o agrada, e pela primeira vez Deus vê algo que não era bom. Não era bom que o homem vivesse solitário ou sozinho.  
Deus não nos fez para vivermos isolados como ilhas, a vida que Ele nos deu precisa ser compartilhada.

Baseado no texto de Genesis 2:18, podemos dizer que fomos feitos para o outro. Deus viu que Adão não poderia estar sozinho porque ele foi criado para alguém. Eva também foi criada no mesmo propósito para o outro.

A comunhão é o nosso alvo!

1. O conceito de comunhão

“1 Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! 2 É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes. 3 É como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali, ordena o SENHOR a sua bênção e a vida para sempre.” Sl 133:1-3

O que é comunhão para você? Um encontro para confraternização? Um cafezinho? Ou quem sabe um belo almoço de domingo? No senso comum, esses são os fatores definidores da comunhão, porém eles não refletem o sentido bíblico da palavra.

Comunhão é a tradução portuguesa mais comum para a palavra grega koinomia. Essa palavra traz a ideia de fraternidade, associação, participação conjunta, relação íntima.

Observe como o sentido é bem mais amplo do que parece.

De acordo com o Novo Testamento, a comunhão tem a ver com aquela relação pessoal que os cristãos gozam com Deus e uns com os outros, em virtude de serem unidos com Jesus Cristo.

Quem estabeleceu essa relação foi o Espírito Santo, que habita em todo cristão, unindo-o a Cristo e a todos que são de Cristo. Essa associação pode ser percebida nos seguintes aspectos:

- Compartilhamento de bens e objetos
- Cooperação na obra do Evangelho
- Disposição para servir a todos
- Manter a unidade e o amor entre os cristãos

O texto de Atos 2:41-47 reflete bem a ideia bíblica de comunhão. Esse texto também nos ensina que a responsabilidade da comunhão na Igreja não é apenas dos líderes, mas de toda a Igreja, isto é, você é responsável por fazer a comunhão da sua Igreja dar certo.

“41 Os que aceitaram a mensagem foram batizados, e naquele dia houve um acréscimo de cerca de três mil pessoas. 42 Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações. 43 Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. 44 Todos os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. 45 Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade. 46 Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, 47 louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos.” At 2:41-47

2. A relação entre comunhão e mutualidade

A comunhão pode ser classificada como uma experiência subjetiva, ela precisa de um mecanismo prático para que seja percebida. Um exemplo do que estou falado se refere a comunhão dos crentes com Cristo. Existem laços que nos unem a Cristo, fazemos parte do seu corpo místico, entretanto, essa relação é invisível, não pode ser vista, somente percebida.

A mutualidade é o processo através do qual a comunhão se expressa. O termo se refere a expressões recíprocas. No Novo Testamento o processo de mutualidade aparece nas palavras uns aos outros (Rm 12:10; 2Co 13:12; Ef 4:2; Cl 3:13; 1Ts 4:18).

A mutualidade faz da comunhão uma via de mão dupla. Um irmão se dispondo a fazer o bem a outro irmão, que por sua vez corresponde fazendo a mesma coisa. A relação é recíproca.

Entretanto, a mutualidade não está limitada ao que eu faço de bom pelo outro, mas também o que eu deixo de fazer de prejudicial pelo outro. Nesse caso existem dois aspectos, um positivo (eu faço o bem) e outro negativo (eu deixo de fazer o que é ruim).
Você ajuda a sua Igreja a ser mútua? 6

3. A comunhão libera poder

“É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes.” Sl 133:2

O óleo precioso do Espírito de Deus desce da cabeça. Evidentemente somente aqueles que estão conectados à cabeça desfrutam do óleo fresco da unção. Nestes dias de jejum, queremos experimentar esse óleo juntos, em comunhão.

O Espírito Santo é o poder de Deus e este poder está em você. O Espírito Santo é a unção de Deus sobre nós. Mas, quando estamos juntos em comunhão, essa unção é potencializada e este poder pode ser liberado de forma explosiva sobre nós. Gn 11:9

O óleo representa a unção na Palavra de Deus. O azeite era um elemento muito versátil no mundo antigo, ele servia para virtualmente qualquer coisa e simboliza a provisão completa da unção do Espírito. O fato de o Salmo 133 nos dizer que a comunhão libera o óleo é algo muito precioso. Quando estamos unidos aos nossos irmãos, esse óleo desce da cabeça, que é Cristo, e alcança todos os membros.

O uso do óleo entre o povo de Israel é um retrato claro da provisão completa da unção para o povo de Deus hoje. Todas essas coisas vêm sobre nós porque estamos unidos aos irmãos na agradável comunhão do Corpo de Cristo.

a. O óleo é Alimento

A primeira utilidade do azeite estava na preparação dos alimentos, sendo ele mesmo, na verdade, um alimento. No mesmo princípio, nós precisamos receber periodicamente uma porção da unção de azeite do céu como alimento. Quando deixamos de nos alimentar dessa unção, somos enfraquecidos e nos sentimos incapazes de fazer a vontade de Deus. A unção, portanto, é alimento.

Você sabia que a comunhão nos alimenta? Sim, a comunhão libera o óleo que nos nutre.

b. O óleo nos limpa

A segunda utilidade do azeite nos dias antigos estava na feitura de sabão. A unção do azeite também tem a função de limpar e purificar as nossas vidas. Quando digo purificar, não me refiro propriamente à purificação do pecado, mas à purificação da sujeira do mundo. A morte do mundo nos contamina e nos faz ficar insensíveis a Deus. A unção, então, nos purifica da poeira da carne que nos contamina. Todos nós testificamos que, quando estamos na comunhão dos irmãos, nossos pés são lavados da poeira do mundo.

c. O óleo é combustível

As lamparinas do mundo bíblico eram mantidas acesas usando o azeite como combustível. No mesmo princípio, nossa luz somente pode brilhar diante do mundo se houver o azeite do céu em combustão dentro do espírito. E esse azeite vem sobre nós na comunhão dos irmãos. Cada vez que nos reunimos, devemos esperar uma medida do combustível celestial sobre nós.

d. O óleo é para uso sacerdotal

O azeite também era usado pelo sacerdote para ungir e consagrar pessoas e coisas a Deus, como também era usado pelo médico como remédio. A unção é também para consagração. O propósito de Deus somente pode ser cumprido por meio da unção. O suprimento de Deus para nossas vidas vem somente pela unção e todo jugo do pecado pode ser quebrado e destruído pelo poder da unção. Quando estamos em comunhão, os jugos do pecado e do diabo são quebrados e experimentamos o refrigério de Deus.

e. O óleo cura

Um aspecto importante da unção está em Tiago 5:14, em que o autor nos manda ungir os enfermos para serem curados. cura disponível para o povo de Deus na comunhão dos irmãos. O óleo da cura é liberado quando estamos juntos e ministramos uns aos outros. Sabemos que o óleo do Espírito é o suprimento completo de Deus, mas ele é liberado quando os irmãos vivem unidos em comunhão.
A comunhão é algo realmente poderoso. Paulo chega a dizer que a igreja de Corinto estava doente porque seus membros não entendiam a comunhão:

“Pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Eis a razão por queentre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem.” 1Co  11:29-30

Quando não temos discernimento do corpo experimentamos morte e enfermidade. Se a falta de comunhão traz doenças sabemos que a comunhão produz tudo o que mencionamos: alimento, purificação, combustível, libertação e, principalmente, cura.


20180524

Série de mensagens Uns aos Outros - Parte 5 - Ajudai-vos uns aos outros. Gl 6:2. Pr. Edenir Araújo - Culto de Celebração - 20/05/18


“Levai os fardos pesados uns dos outros e assim cmprireis a lei de Cristo.” Gl 6:2
"Ajudem uns aos outros e assim vocês estarão obedecendo à lei de Cristo.” Gl 6:2

Por que devemos continuar falando sobre os mandamentos da mutualidade?

1. Continuaremos falando sobre os mandamentos da mutualidade, sobre Uns aos Outros, porque Jesus e os discípulos trataram exaustivamente sobre isso. devemos dar ênfase nas coisas que a Bíblia enfatiza.
2. Por que é relevante dar continuidade no assunto? Porque os mandamentos da mutualidade são chaves que abrem portas para a prosperidade.
3. Por que a maioria dos problemas que enfrentamos são decorrentes de relacionamentos doentes. Relações conflitantes constituem os maiores sofrimentos dos homens.
4. Os mandamentos da mutualidade constituem a cartilha da vida autêntica. A prática dos mandamentos da mutualidade legitimam a conversão, evidenciam a nossa filiação, produzem milagres e edificam a igreja de maneira prática.

Lendo sobre o primeiro sermão público de Jesus, pude notar o quanto Jesus estava comprometido com os os princípios da adoração a Deus, amando, perdoando, suportando, servindo, ajudando ao próximo.

“13 Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. 14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; 15 nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. 16 Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” Mt 5:13-16

13 (13)    “Permitam-me dizer por que vocês estão aqui. Vocês estão aqui para ser o sal que traz o sabor divino à terra. Se perderem a capacidade de salgar, como as pessoas poderão sentir o tempero da vida dedicada a Deus? Vocês não terão mais utilidade e acabarão no lixo.
14 (14-16)    “Há uma outra maneira de dizer a mesma coisa: vocês estão aqui para ser luz, para trazer as cores de Deus ao mundo. Deus não é um segredo a ser guardado. Vamos torná-lo público, tão público quanto uma cidade num plano elevado. Se faço de vocês portadores da luz, não pensem que é para escondê-los debaixo de um balde virado. Quero posicioná-los onde todos possam vê-los. Agora que estão no alto do morro, onde todos conseguem enxergá-los, tratem de brilhar! Mantenham sua casa aberta. Que a generosidade seja a marca da vida de vocês. Mostrando-se acessíveis aos outros, vocês motivarão as pessoas a se aproximar de Deus, o generoso Pai do céu”. Mt 5:13-16 (A Mensagem)

Quando nós chegamos no verso 23 e 24, nós vemos algo impressionante. Durante anos, lendo esse texto não me dei conta de uma poderosa revelação sobre a importância de servirmos uns aos outros. 

Este é o único lugar da Bíblia onde Deus decide cer seu lugar de primazia para o homem. Veja que alguém está prestes a adorar o Senhor com sua oferta, porém, o “adorador” está com uma demanda com seu próximo. Neste caso, é como se Deus dissesse: “Eu sei que você quer me adorar, e isso é legítimo, porém, eu prefiro que você se reconcilie com seu irmão primeiro. Eu espero mais um pouco, vá primeiro reconciliar com seu próximo, vá depressa. 

23 Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24 deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta. 

“Primeiro” no Grego é proton - 1) primeiro em tempo ou lugar; 1a) em qualquer sucessão de coisas ou pessoas; 2) primeiro em posição; 2a) influência, honra; 2b) chefe; 2c) principal; 3) primeiro, no primeiro. Veja como Deus se importa com nossos relacionamentos. 

Pastor quando nós podemos voltar a falar sobre adorar e servir a Deus, sem enfatizarmos o serviço ao próximo. NÃO DÁ PRA ADORAR A DEUS IGNORANDO O NOSSO PRÓXIMO! Servindo ao próximo, servimos a Deus. Quando fazemos ao nosso próximo tendo como motivação a palavra e vontade de Deus, estamos fazendo ao nosso próximo.

34 então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. 35 Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; 36 estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me. 37 Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? 38 E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? 39 E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar? 40 O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. 41 Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. 42 Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; 43 sendo forasteiro, não me hospedastes; estando nu, não me vestistes; achando-me enfermo e preso, não fostes ver-me. 44 E eles lhe perguntarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não te assistimos? 45 Então, lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer. Mt 25:34-45

Uma pesquisa feita em agosto deste de 2011, analisou mais de 10 mil pessoas e concluiu que as pessoas que agem movidas pelo altruísmo (disposição de ajudar ao próximo) envelhecem com mais saúde e têm reduzido o risco de mortalidade.
As pesquisadoras Sara Konrath e Andrea Fuhrel-Forbis da Universidade de Michigan, descobriram que a disposição de ajudar ao próximo é capaz de propiciar um sentimento profundo e duradouro de bem-estar. Elas concluíram que pessoas que realizam alguma atividade em benefício do próximo num período mínimo de dez anos tem menor risco de mortalidade, e tendem a aumentar a expectativa de vida de 4 anos a 9 anos. Todavia, as estudiosas fazem um alerta: quem praticou o voluntariado por motivos “egoístas” pode não ter ganho algum.
“A prática da doação constante, pode neutralizar os efeitos físicos do estresse, associado a todos os tipos de doenças graves, a exemplo das cardiovasculares e do câncer.”

20180517

Série de mensagens Uns aos Outros - Parte 4 - Livres da agonia dos conflitos. Pr. Edenir Araújo - Culto de Celebração - 13/05/18


“12 Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo. 13 Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito. 14 Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. 15 Se disser o pé: Porque não sou mão, não sou do corpo; nem por isso deixa de ser do corpo. 16 Se o ouvido disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; nem por isso deixa de o ser. 17 Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde, o olfato? 18 Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve. 19 Se todos, porém, fossem um só membro, onde estaria o corpo? 20 O certo é que há muitos membros, mas um só corpo. 21 Não podem os olhos dizer à mão: Não precisamos de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não preciso de vós. 22 Pelo contrário, os membros do corpo que parecem ser mais fracos são necessários; 23 e os que nos parecem menos dignos no corpo, a estes damos muito maior honra; também os que em nós não são decorosos revestimos de especial honra. 24 Mas os nossos membros nobres não têm necessidade disso. Contudo, Deus coordenou o corpo, concedendo muito mais honra àquilo que menos tinha, 25 para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros. 26 De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam. 27 Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo.” 1Co 12:12-27

Introdução

Todos os crentes tem um chamado incomum, ainda que sejamos muitos membros do corpo de Cristo, ainda que tenhamos dons diferentes, habilidades e talentos que nos diferenciam tanto, temos um chamado em comum. Podemos dizer que todos temos um chamado universal. Fomos todos separados pra sermos pacificadores.
Nas “bem aventuranças”, essa é a única que nos identifica como filhos de Deus.

"Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus." Mt 5:9

O maior inimigo da pacificação, do estilo de vida de relacionamentos uns aos outros são os conflitos mal resolvidos por conta do ego. O ego quer pra si e nunca estará disposto a oferecer e dar sem reservas. Alguém disse que ego bom é ego morto, e isso está correto.
A pessoa egoísta alimenta os conflitos, e onde os conflitos estão presentes não há a menor possibilidade de os mandamentos da mutualidade serem vividos. Isso acontece porque viver uns para os outros requer disposição para dar, e o ego está na contra mão disso. Lembrem-se sempre que: O contrário do amor não é o ódio e sim o ego!

Conflitos mal resolvidos 

É sobre os conflitos mal resolvidos que vamos falar hoje, pois esse é um dos principais males responsáveis por divisões, separações dor e sofrimento. Onde há conflitos mal resolvidos, as relações se tornam pesarosas, o prazer se esvai e não pode haver uma relação desimpedida entre Deus e os homens. Neste ambiente se torna impossível o cumprimentos dos mandamentos da mutualidade.

Conflitos geram divisões separando uns dos outros

No entendimento bíblico, o CONFLITO ou a CONTENDA manifestados por meio de palavras, orgulho ou discussões desequilibradas, criam uma arena onde pessoas se agridem e até se matam. A palavra grega para CONFLITO ou CONTENDA é “AGON” da qual derivamos a nossa palavra em português “AGONIA”. A lição mais importante sobre os conflitos mal resolvidos é que as partes conflitantes AGONIZAM enquanto não se acertam. AGONIZAR literalmente é “MORRER AOS POUCOS”. 

Consideremos também que, discussões e conflitos mal resolvidos são fontes geradoras de stress. Conflitos mal resolvidos alteram a nossa química hormonal, elevando a adrenalina, causando irritação e impaciência. Do mesmo modo, quando conflitos não são resolvidos, níveis elevadíssimos de cortisol (hormônio do stress e desânimo) são liberados no organismo de pessoas envolvidas em discussões. 
O Dr. David H. McMillen, da Faculdade de Medicina da Universidade do Texas em Houston, afirmou que ao Jesus dizer que devemos perdoar até setenta vezes sete, estava pensando não só em nossas almas, mas em salvar nossos corpos da síndrome de colite (Inflamação ou infecção no intestino grosso), da doença das coronárias, da hipertensão arterial, gastrite, cefaléia e de muitas outras patologias psicossomáticas. Evitar conflitos, contendas e discussões sem fim, além de ser um chamado de Jesus para todos os crentes (Mt 5:9), é também uma poderosa vacina contra várias doenças.

Verdades sobre os conflitos

Todos tem sempre algum tipo de demanda

Eu não tenho conflitos com ninguém...

Bom, se você não está em conflito com ninguém, prepare-se, porque é só uma questão de tempo para você entrar em conflito com alguém.
Ouvi dias atrás de uma amigo: “Se a morte e os impostos são as duas certezas da vida, o conflito é a terceira”.

A vida exige conflito, e o nosso papel não é divergir para ver que está certo ou com a razão. Nelson Mandela disse que, “o conflito serve pra promover o acordo”. Por isso podemos dizer que o conflito é parte essencial do plano redentor de Deus. Quando o homem tem um coração ensinável, ao longo do conflito este reconhece as suas necessidades, admite seus pecados, e experimenta as verdades de Deus em seu coração.

Conflitos são necessários?

Sim, os conflitos são necessários para que haja acordo, e precisam ser expostos à verdade para serem resolvidos.

Os conflitos relacionais que nada mais são do que as divergências de ideias entre pessoas, são necessários para o crescimento de todo ser humano. Quantas pessoas que você conhece, estão passando por algum tipo de conflito? A verdade é que todos nós de alguma forma ou em algum momento passamos por conflitos. Seja com seu cônjuge, filhos, amigos, irmãos; na família, escola, trabalho, igreja, etc. Nós sempre enfrentaremos algum tipo de problema relacional, com as pessoas com quem relacionamos, principalmente as mais íntimas.

Muitos querem evitar os conflitos

Quando voltamos os nossos olhares para os cristãos, percebemos que o conflito, quase sempre é evitado, e outras vezes, desprezado. No desempenho e crescimento dos relacionamentos que desenvolvemos sempre haverá algum tipo de conflito. O conflito ou as divergências entre as pessoas são necessários para que a vida siga sendo aperfeiçoada. Temos uma tendência a fugir ou evitar os conflitos, mas acredite, eles são necessários.

Conflitos não desaparecem por si só

"Os conflitos crescem quando mantidos em segredo, mas enfraquecem com franqueza, verdade, simplicidade e disposição para resolvê-los", observou o pastor John Comiskey em seu livro "Multiplicando a Liderança".

Saul não resolveu seus conflitos e ficou atormentado

No livro de 1 Samuel capítulo 18, vemos Davi voltando de uma batalha em que ele matou os filisteus.

“5 Saía Davi aonde quer que Saul o enviava e se conduzia com prudência; de modo que Saul o pôs sobre tropas do seu exército, e era ele benquisto de todo o povo e até dos próprios servos de Saul. 6 Sucedeu, porém, que, vindo Saul e seu exército, e voltando também Davi de ferir os filisteus, as mulheres de todas as cidades de Israel saíram ao encontro do rei Saul, cantando e dançando, com tambores, com júbilo e com instrumentos de música. 7 As mulheres se alegravam e, cantando alternadamente, diziam: Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares. 8 Então, Saul se indignou muito, pois estas palavras lhe desagradaram em extremo; e disse: Dez milhares deram elas a Davi, e a mim somente milhares; na verdade, que lhe falta, senão o reino? 9 Daquele dia em diante, Saul não via a Davi com bons olhos. 10 No dia seguinte, um espírito maligno, da parte de Deus, se apossou de Saul, que teve uma crise de raiva em casa; e Davi, como nos outros dias, dedilhava a harpa; Saul, porém, trazia na mão uma lança, 11 que arrojou, dizendo: Encravarei a Davi na parede. Porém Davi se desviou dele por duas vezes.” 1Sm 18:5-11

Saul entrou numa demanda com Davi, mas não quis resolver a questão entrando num acordo com Davi e com seu povo. No dia seguinte o resultado do conflito mal resolvido apareceu V. 10.

A maior parte das pessoas se eximem de resolver os conflitos.

A ironia, sem dúvida, é que essa atitude de ignorar os conflitos, promove o que eles mais desejam evitar. “Conflitos não resolvidos não desaparecem por si só”. Tornam-se causa de mais divisões e resultam em sofrimento. A exortação de Paulo é: "Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, 27 nem deis lugar ao diabo." Ef 4:26-27. Situações mal resolvidas são portas abertas para a ação de demônios. 1Sm 18



20180509

Série de Mensagens "Uns aos outros" - Parte 3 - Unam-se uns aos outros - Pr. Edenir Araújo - Culto de Celebração - 06/05/18


UNAM-SE UNS AOS OUTROS

“Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros (...). Então, tende o mesmo sentimento uns para com os outros.” Rm 12:5,16

Disfunção é uma anomalia no funcionamento de qualquer todo organicamente estruturado (de um órgão, de uma glândula, de um aparelho, etc.). Anormalidade em qualquer situação seja ela familiar, social, escolar, no trabalho, entre outras.

Disfunção é um mau funcionamento de algo. Alguns sinônimos de disfunção é: distúrbioperturbaçãoanomaliaproblematranstornoalteração, disfuncionamento, doença.

Isso acontece quando um corpo perde sua normalidade.

Do mesmo modo como o Pai está unido ao Filho e o Filho está unido ao Pai, os cristãos devem viver unidos entre si. Viver em união com os seus irmãos na fé constitui a melhor prova que o cristão pode dar de sua união com Deus. Esse foi o desejo expresso por Jesus em sua oração ao Pai:

“20 Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; 21 a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. 22 Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; 23 eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.” Jo 17:20-23

Com base nos ensinos de Cristo e dos apóstolos, trataremos, neste estudo, a questão da união espiritual entre os cristãos. Antes de tudo, porém, cumpre-nos dizer que o viver em união constitui uma das mais importantes recomendações da palavra de Deus. O apóstolo Paulo, por exemplo, escreve aos Coríntios e solicita desses irmãos, em nome Jesus, que sejam unidos entre si. Ele diz:

“10 Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer. 11 Pois a vosso respeito, meus irmãos, fui informado, pelos da casa de Cloe, de que há contendas entre vós. 12 Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo. 13 Acaso, Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado em favor de vós ou fostes, porventura, batizados em nome de Paulo?” 1Co 1:10-13

O cristão que ainda não aprendeu a viver em harmonia com seus irmãos de fé, ainda não entendeu a verdadeira essência do evangelho de Cristo.

1.    Os mandamentos da unidade:

Para tornar mais clara a questão da nossa unidade, temos a contribuição dada por Paulo, na comparação que fez entre a igreja e o conjunto de membros que formam o corpo humano. No corpo humano, como sabemos, cada membro tem a sua maneira própria de operar e nenhum pode dispensar a participação dos demais. Sobre isso, o apóstolo diz:
4 Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, 5 assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros...” Rm 12:4-5

Considerando a comparação feita entre a igreja de Cristo e o corpo humano, há algo que jamais podemos esquecer:

1.    Somos diferentes uns dos outros – Não é bom que julguemos nossos irmãos por serem tão diferentes uns dos outros. Isso é plano e projeto de Deus para a sua igreja.
2.    Cada membro desse corpo está de tal modo ligado aos demais que aquilo que acontece com um deles afeta, de alguma forma, os outros. A Bíblia afirma: Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele (1 Co 12:26 – NVI).

Em virtude dessa dependência que há, entre os membros do corpo de Cristo, Paulo novamente sugere:

“Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram”. (Rm 12:15).

A frase anterior nos mostra que precisamos aprender a ter empatia, a ponto de sofrermos com os que sofrem e alegrar-nos com os que se alegram. Devemos nos importar e nos preocupar uns com os outros. Não estamos num campeonato dentro do corpo de Cristo (igreja), competindo para saber quem é o mais talentoso, o mais espiritual ou para saber quem é o maior ou o melhor. Somos companheiros e não concorrentes.

Infelizmente, muitos estão no corpo de Cristo num mover de competitividade. Parece-me que alguns irmãos estão fazendo igreja como se estivessem jogando Tênis, esporte altamente competitivo. Em vez de Tênis, deveriam estes, jogar peteca. Neste esporte, as pessoas não competem, mas forma uma equipe, facilitam as coisas para o seu próximo. 

Aos Efésios, Paulo recomendou que a vida cristã exista em união.

“1 Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, 2 com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, 3 esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz; 4 há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; 5 há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; 6 um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos.” Ef 4:1-6

Isso porque a convivência dos irmãos em união é boa e agradável (cf. Sl 133:1).

2.    Os destruidores da unidade:

Muitos estão pensando que o diabo é o fator principal de enfraquecimento da igreja. Muitos estão culpando os ímpios com suas práticas profanas pelo esfriamento dos crentes. Todavia, o principal responsável pelo atrofiamento de muitos crentes e igrejas é o modo de tratamento dos membros da igreja de Cristo em relação aos outros. O modo como nos tratamos pode fortalecer ou enfraquecer a unidade entre ambos.

A atitude partidarista, por exemplo, uma vez adotada, pode destruir a comunhão, porque divide as pessoas entre si, colocando-as umas contra as outras, gerando contendas e desentendimentos. Esse tipo de atitude não pode existir entre os cristãos. Daí a recomendação do servo de Deus:

“Nada façais por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo” Fp 2:3

Para que os irmãos vivam em união, é necessário, ainda, que cada um reconheça as virtudes que existem nos outros. Foi seguindo esta linha de pensamento que o apóstolo dos gentios escreveu aos filipenses as seguintes palavras:

“Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros”. Fp 2:4

Quando subvalorizamos os outros e nos supervalorizamos, tornamo-nos egoístas, e o egoísmo leva-nos ao orgulho, que, por sua vez, pode determinar a ruína da unidade existente entre nós, igreja de Cristo. Precisamos ver e reconhecer as virtudes dos outros e evitarmos em nós qualquer sentimento de superioridade.

Além disso: não há unidade onde não há humildade! Só o orgulho separa pessoas. Se você alimenta a divisão e não se esforça para promover a unidade, está prestando um desserviço para o Reino de Deus. Jesus disse que uma casa dividida não subsistirá.    

O humilde alegra-se com o bem-estar do outro e se entristece com a tristeza do outro.
A partilha dos sentimentos fortalece a unidade.

A palavra de Deus nos exorta: De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus (Fp 2:5-6).

Se quisermos permanecer unidos, como Cristo deseja que sejamos, sigamos o exemplo do Mestre, que foi humilde por excelência. Todos nós somos iguais. Não devemos nos achar superiores, ao contrário, devemos nos ver inferiores aos demais irmãos. De outra forma, estaremos contribuindo para a destruição de nossa unidade.

3.    A preservação da unidade:

A “unidade cristã” não é criada pelos cristãos, mas é produzida pelo Espírito Santo (Ef 4:3). Portanto, é nosso dever preservá-la como algo indispensável à boa convivência entre os cristãos. O desejo que o apóstolo expressou, no tocante aos filipenses, ilustra o desejo de Deus em relação a todos nós.
Paulo dizia:
“1 Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos e misericórdias, 2 completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. 3 Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. 4 Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros. 5 Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, 6 pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; 7 antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, 8 a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. 9 Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, 11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.” Fl 2:1-11

Na carta aos Efésios, o mesmo Paulo ensina que essa preservação da unidade deve ser feita com toda diligência e amor (Ef 4:2-3), ou seja, precisamos trabalhar de maneira esforçada e amorosa pela integração da igreja. Para conservarmos a unidade de pensamento entre os irmãos, precisamos cultivar, entre estes, uma boa relação de amizade.

O apóstolo Pedro ensinou: Quanto ao mais, tenham todos o mesmo modo de pensar, sejam compassivos, amem-se fraternalmente, sejam misericordiosos e humildes. Não retribuam mal com mal, nem insulto com insulto (1 Pe 3:8-9 – NVI). Tiago, por sua vez, ensina que não devemos falar mal uns dos outros (Tg 4:11). Paulo também diz que não devemos mentir (Cl 3:9), nem invejar(Gl 5:26), nem odiar (Tt 3:3) uns aos outros. Ao contrário, devemos amar cordialmente uns aos outros com amor fraternal (Rm 12:10). Em suma, a comunhão uns com os outros se desenvolve e prevalece através do esforço comum e da boa vontade de todos.

A maior prioridade de sua vida deve ser cuidar de seu irmão, e a do seu irmão deve ser cuidar de você. É assim que acontece com o corpo humano. Por exemplo: você, às vezes, gosta de um tipo de comida; todavia, o médico o proíbe de comê-la, por não ser boa para a sua saúde. Assim, você deixa de comer tal alimento. Por que você deixa de comer? Por causa da saúde do corpo!

Imagine que você esteja com dor de cabeça. Você precisa tomar um analgésico. Então, as suas “mãos”, que não têm nada a ver com a sua dor de cabeça, se envolverão, levando o remédio até a boca, o que lhe produzirá o alívio. Isso quer dizer que um membro sofre pelo outro e trabalha em benefício de todo o corpo.

Assim como no corpo humano, no corpo de Cristo, cada membro tem a sua maneira própria de operar. Só há regularidade no funcionamento geral da igreja quando cada um dos seus membros estiver operando em perfeita harmonia com os demais. Unir-nos uns aos outros é mandamento do Senhor. Por isso, no que depender de nós, devemos cultivar e preservar a unidade entre os irmãos.

COMO APLICAR DE MANEIRA PRÁTICA?

1.  Unidade já: nada de caminharmos sozinhos!
Se “é melhor andar só, do que mal acompanhado”, muito melhor é andar bem acompanhado do que andar só. Foi isso que disse o sábio: Melhor é serem dois do que um. E ele explica a razão: ... porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só, pois caindo não haverá outro que o levante (Ec 4:9-11). Em nossa caminhada cristã, que tipo de companheiros temos sido? O que ajuda quem precisa ou o que precisa de ajuda? Biblicamente, cada um tem o dever de ajudar o outro.

2.  Unidade já: nada de nos acharmos superiores!
Nada façais por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Fp 2:3
Em muitos casos, a comunhão da igreja é prejudicada em decorrência da falta de humildade. Há nela algumas pessoas que, por terem a seu favor uma maior experiência religiosa, por terem mais tempo de caminhada cristã, por serem financeiramente mais favorecidas, por serem intelectualmente mais esclarecidas, por serem socialmente mais bem relacionadas etc., julgam-se superioras às demais, chegando a demonstrar isso com gestos, palavras e atitudes. Essas coisas não deveriam existir entre os filhos de Deus, porque, segundo Jesus, não somos nem maiores e nem melhores do que ninguém. Todos nós somos iguais!

3.  Unidade já: nada de promovermos divisões!
O apóstolo Paulo parece ter sido, entre os apóstolos, aquele que mais sofreu, em consequência das divisões entre os membros da igreja, no seu tempo. Para algumas delas, ele pediu com “rogos” que se mantivessem unidas (Rm 16:17; 1 Co 1:10; Fp 2:2). Em sua primeira carta aos Coríntios, ele diz textualmente: Para que não haja divisões no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros (1 Co 12:25). O cristão deve ser não só uma pessoa pacífica, mas também um pacificador, promovendo e incentivando a unidade e o bom relacionamento entre os irmãos.

Em quem está a sua esperança? Jr 17:5-6. Pr. Edenir Araújo - Culto On-line - 01/04/20

“5 Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR! 6 Porque será...