“6 Sobre
os teus muros, ó Jerusalém, pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais
se calarão; vós, os que fareis lembrado o Senhor, não descanseis, 7 nem deis a ele descanso até que
restabeleça Jerusalém e a ponha por objeto de louvor na terra.” Is 62:6,7
Introdução
Toda ação
sobrenatural de Deus é precedida de oração. As chuvas de bênçãos não caem sem
que antes nossos joelhos se dobrem. Deus não sarará a nossa terra sem que
primeiro seu povo se humilhe e ore fervorosa e perseverantemente. (2Cro 7:14)
Jonathan Edwards, o clássico teólogo do avivamento disse: “Quando Deus tem algo muito grande para
realizar em favor da igreja, o desejo dele é que esse seu ato seja precedido
por orações extraordinárias do seu povo.”
Muitos cristãos estão
vivendo tempos de estiagem e sequidão, porque não oram. Alguém me disse: Pastor
Edenir, em minha igreja a reunião de oração está em estado de coma, está na UTI
prestes a morrer. Os irmãos andam muito ocupados para ocupar-se com Deus em
oração.
Não podemos deixar de orar por que a
oração é um grande privilégio que Deus nos dá!
Quão
maravilhosa é a oportunidade que nos é dada, todos os dias, de orar e ter
comunhão com Deus, experimentando de Sua maravilhosa graça, presença e bênçãos
sem medidas. É de fato estonteante pensar na grandeza de um Deus que sendo
criador de todo universo se inclina em seu trono de glória para ouvir a oração
de minúsculos homens como eu e você somos.
Em
nossos aconselhamentos geralmente descobrimos que as pessoas não oram, pelo
menos não como deveriam orar.
Orar
deve ser a primeira reação de um cristão, em vez de ser o seu último recurso.
A falta de oração é
um sintoma evidente de frieza espiritual, é ausência de amor e temor a Deus.
Quando nós oramos, somos transformados, nossa vida ganha novo fôlego e vigor, e
maravilhas começam a acontecer.
Em Lucas,
nós podemos ler que quando Jesus orou no Jordão...
1. O céu se abriu
2. O Espírito Santo
desceu
3. O Pai falou
“21 E aconteceu que, ao ser
todo o povo batizado, também o foi Jesus; e, estando ele a orar, o céu se
abriu, 22 e o Espírito Santo desceu sobre ele
em forma corpórea como pomba; e ouviu-se uma voz do céu: Tu és o meu Filho
amado, em ti me comprazo.” Lc 3:21-22
Deus quis se mover,
na sua soberania, cumprindo os seus sábios propósitos na história através das
orações dos santos. A oração defere as bênçãos de Deus; libera o que Deus tem
planejado. Ausência de oração,
porém, priva-nos de bênçãos que são nossas. “Nada
tendes, porque não pedis.” (Tg 4:2).
Jesus ensina-nos: “Pedi, e dar-se-vos-à:
buscai, e achareis. batei, e abrir-se-vos-a.” (Mt 7:7).
Deus ordena-nos: “Invoca-me, e te
responderei; anunciar-te-ei cousas grandes e ocultas, que não sabes.” (Jr
33:3).
Como devemos orar por um grande mover?
Mas como devemos orar
por um grande mover? O que caracteriza esse tipo de oração prevalecente? Não
quero dizer que há um padrão absoluto sobre como orar, mas o profeta Isaias nos
fornece uma diretriz de oração que produz milagres. (Is 62:6,7)
1. É uma oração perseverante.
“... todo o dia e toda a
noite jamais se calarão...” (v. 6)
A dificuldade dos
crentes não é orar, mas perseverar em oração. Temos entusiasmo para começar uma
reunião ou projeto de oração, mas desistimos com muita facilidade. Jesus falou
da importância de orar sem nunca esmorecer (Lc 18:1). Paulo orava sem cessar
(Cl 1:9) e recomendou-nos o mesmo: “Oral sem cessar”.
(1 Ts
5:17). Elias não desistiu de orar, até
que na sétima vez viu uma nuvem no céu, prenunciando uma chuva
torrencial. Se ele tivesse desistido na sexta vez, jamais teria tido a
experiência gloriosa de ver as comportas do céu se abrirem e as chuvas de Deus
descerem para regar a terra ressequida de Israel.
Isaías fala de orar ininterruptamente,
dia e noite. A igreja primitiva orou com perseverança durante 10 dias,
unanimemente, até que o Espírito Santo foi derramado (At 1:14; 2:1-4). Alguém
disse que aqueles 120 crentes oraram 10 dias, Pedro pregou 10 minutos e 3000 se
converteram. Hoje, nós oramos 10 minutos, pregamos 10 dias, e 3 pessoas se
convertem.
2. É uma oração com vigilância e expectativa.
“Sobre os teus muros, ó
Jerusalém, pus guardas...” (v. 6)
Orar é também vigiar,
aguardar, estar de olhos sempre abertos como um soldado desembaraçado, na
expectativa de alguma surpresa como um ataque súbito do inimigo. Orar é ficar
de prontidão para resistir o ataque inimigo.
“Vigiai
e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto,
mas a carne é fraca.” Mt 26:41
Orar é também buscar
reforço e ajuda naquele que é o Senhor dos Exércitos.
Vigie também tendo expectativa em Deus
“Esperei
confiantemente pelo SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei
por socorro.” Sl 40:1
Oração sem
expectativa não é oração. Oração que não aguarda a resposta não é verdadeira.
Quem ora, faz como Habacuque; sobe à torre de vigia e espera a resposta de Deus
(Hc 2:1). Quem ora age como Jacó agarrando-se ao Senhor e não largando até
receber a bênção (Gn 32:26). Quem ora, espera grandes coisas do Deus que é
grande, por
isso se mantém sempre na expectativa.
3. É uma oração ousada.
“... fareis lembrados o
Senhor...” (v. 6)
Oração por milagres é
a oração que lembra a Deus as suas promessas. Orar eficazmente é pronunciar a
Palavra de Deus. Orar vitoriosamente é orar segundo a vontade de Deus (1Jo
5:14). Orar poderosamente é falar a Deus o que Deus falou-nos em sua Palavra; e
a Palavra de Deus não pode falhar. Deus tem zelo pela sua Palavra para a cumprir.
Os céus e a terra podem passar, mas a Palavra de Deus não passará. Tudo o que
Deus falou, ele cumprirá. Todas as promessas de Deus têm o seu sim e o amém.
Portanto, a oração que prevalece é a que fazemos com base nas promessas de
Deus, fundamentados no que Deus nos prometeu e na aliança que ele firmou
conosco.
4. É uma oração ininterrupta.
“... não descanseis...”.
(v. 6)
Devemos orar sem
descanso. Devemos orar com denodo, com suor, com lágrimas, como Jesus orou no
Getsêmani. Com gemidos inexprimíveis como o Espírito Santo ora por nós e em
nós. Como David Brainerd, que suava de molhar a camisa, nas noites geladas no
meio da selva, até que Deus derramou do seu Espírito e salvou 08 índios peles
vermelhas. Como Mônica, mãe de Agostinho, que lutou trinta anos com Deus até
ver o filho salvo. Disse o historiador Ambrósio mais tarde: "Um filho,
alvo de tantas lágrimas, jamais poderia perder-se." Devemos orar como Ana,
que derramou sua alma aflita diante de Deus, até que o Senhor lhe deu um filho.
Devemos orar como aquele amigo que bateu à porta do seu vizinho à meia-noite e
recusou ir embora sem os três pães que pedira (Lc 11.5-8). Se queremos
avivamento, temos de orar assim.
5. É uma oração importuna.
“... nem deis a ele
descanso...”. (v. 7)
Se desejamos de fato
uma manifestação do Espírito Santo, que venha trazer vigor para os salvos e
salvação para os perdidos, temos de bombardear o céu “importunar” a Deus com as
nossas orações, insistindo como fez Jacó: “Não te deixarei
ir, se me não abençoares.” (Gn 32:26). Ou clamando como Moisés: “Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me,
peço-te, do livro que escreveste.” (Êx 32:32). Orar com santa ousadia, ser importunos como
aquela viúva que batia à porta do juiz iníquo até que ele julgou a sua causa
(Lc 18:1-8). Importunar a Deus como fez Abraão em favor de Ló e sua família. É
dessa forma que temos orado por um grande mover?
6. É uma oração que não abre mão da resposta.
É orar “... até que...”. (v. 7)
Oração por milagres
não é oração rasa, oscilante, covarde e medrosa, que desiste no meio do
caminho. É orar “até que”
Deus restabeleça a nossa condição e nos coloque como objeto de louvor na terra.
Por quanto tempo, não importa. Só parar de orar depois de receber a bênção. George
Müller “até que” teve mais de
três mil orações respondidas. Todavia, dois amigos pelos quais ele orou a vida
toda, até o dia da sua morte, continuaram com o coração endurecido. Um
converteu-se no dia da sua morte; o outro, no dia do seu sepultamento.
O profeta Oséias diz:
“... é tempo de buscar ao Senhor, “até que” ele venha e chova a
justiça sobre vós”. (10:12). Jesus disse aos discípulos, antes de
ser assunto aos céus: “Eis que envio
sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto
sejais revestidos de poder.” (Lc 24:49). E eles, em obediência à
Palavra de Cristo “... perseveravam unânimes em
oração...” (At 1:14), “até
que” o Espírito foi derramado sobre todos. “Ao cumprir-se o dia de Pentecoste. estavam
todos reunidos no mesmo lugar; de repente veio do céu um som, como de um vento
impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram,
distribuídas entre eles, línguas como de fogo, e pousou uma sobre cada um
deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo, e passaram a falar em outras
línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem.” (At 2:1-4)
O avivamento na
África do Sul demorou doze anos desde que começaram a orar por ele. Não podemos
desistir. Deus não age segundo o nosso cronograma. Ele não obedece à nossa
agenda. Ele é soberano e livre. Nosso dever é orar “até que...”.
Gloria a Deus!!!!!!!!!!!!!!!!!
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