Este trecho do Novo
Testamento, é um dos mais belos e profundos sobre como devemos viver a vida
cristã. Podemos aprender muitas lições de Jesus sobre muitos assuntos. Mas hoje
eu quero falar sobre três aspectos
que permearam o
ambiente da da ceia e
devemermear ou nortear o ambiente da igreja, o ambiente da vida cristã.
Eu poderia citar muitas lições
ou orientações dadas por Jesus na celebração da ceia, porém não teríamos tempo
suficiente para isso durante o nosso culto. Por essa razão, vamos falar sobre
três preciosas lições... Vamos falar sobre amos, perdão e serviço.
1. Amor
“Ora, antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que já era
chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus
que estavam no mundo, amou-os até ao
fim.” Jo 13:1
“34 Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros;
como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. 35 Nisto todos
conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.” Jo
13:34-35
Falar de amor, mais
precisamente do amor de Deus, é um grande desafio, pois me parece que muitos
cristãos que conheço estão saturados de tanto ouvir falar sobre este assunto.
Mas como pregar sobre esse
texto e não falar sobre o amor de Deus?
Desde o primeiro dia da nossa
nova vida em Cristo, o amor de Deus, foi o causador do nosso novo nascimento e
conversão. É esse amor que nos tem ensinado e capacitado a viver a vida cristã.
Este imenso e infinito amor nos tem sustentado e impulsionado a continuar a
carreira que nos foi proposta.
Certamente nenhum outro
assunto é tão falado na Bíblia quanto o amor. A disposição de Deus é de sempre
amar o homem, e Ele espera que nós tenhamos a mesma disposição para com Ele e o
nosso próximo.
“... amou-os
até ao fim.” Jo 13:1
O amor de Deus precisa ser o start para
a construção de vínculos de amizade, companheirismo e irmandade. Estabelecer e
fortalecer de maneira duradoura a alegria, prazer e unidade nos relacionamentos,
só será possível a partir da decisão de amar incondicionalmente. Essa decisão
nos fará viver melhor e com mais qualidade.
A necessidade maior do mundo,
atualmente, não é de mais ciência, nem traquejo social, nem ensino, nem
conhecimento, nem poder, nem sermões; o que realmente precisamos hoje é
experimentarmos e
compartilharmos o amor de Deus. A decisão diária de amar é indispensável à sobrevivência, pois
as duas maiores necessidades relacionais do ser humano é amar e ser amado. Sem
essa atitude interior, perdemos nossas vitalidades emocional e física. Quando
pautamos o nosso viver no amor de Deus, sentimos um profundo bem-estar que nos
afeta física, mental, social e espiritualmente. A carência afetiva como
consequência da falta do amor de Deus, leva muita gente ao divórcio, aos
hospitais psiquiátricos e até ao suicídio.
O amor é fator basal nas nossas
vidas
A
vida cristã autêntica é sustentada pelo amor de Deus, e se ele faltar, nos
faltará tudo, pois não haverá sustentação para os relacionamentos. Quando o
apóstolo Paulo escrevendo aos corintios diz que...
“tudo
sofre, tudo crê, tudo espera, tudo
suporta.” 1Co 13:7
Paulo está dizendo que o amor
é o suporte que no entendimento literal da palavra, sustenta todos os
relacionamentos que desenvolvemos nas mais diversas áreas de convivência.
O alvo de todo cristão deve
ser amar a Deus e ao próximo sem limites, acima das nossas razões deve estar o
amor. Todavia, para amar sem limites, precisamos nos aproximar cada vez mais de
Deus, seguir de perto os seus passos, sentir de verdade o seu coração, porque
Ele é a única fonte do amor incondicional. A própria Escritura define a pessoa
maravilhosa do Senhor dizendo “Deus é amor” (1 João 4:8). Essa frase
relativamente pequena em quantidade de palavras tem um grandioso e poderoso
significado.
Os
mais conhecidos e respeitados pregadores da Palavra de Deus pelo mundo afora
concordam que o “Amor de Deus”, é o principal tema de sermões nas mais
diferentes abordagens sobre a Palavra de Deus. Frases como “Jesus te ama” ou
“Deus é amor”, são as expressões mais usadas e compartilhadas em todo o mundo
em aconselhamentos e evangelismos. Isso é maravilhoso! Uma das maiores e mais
nobres mensagens que podemos anunciar ao mundo é esta: Deus ama os pecadores
incondicionalmente! Essa verdade está ratificada nos dois versículos mais
difundidos das Escrituras Sagradas são Jo 3:16 e 1Jo 4:8.
Por amor a nós pecadores,
Jesus deixou o céu para morrer por nós. Nunca haverá uma demonstração de amor
maior do que esta. Ele é a fonte de todo amor verdadeiro. Ele “tanto amou o
mundo que deu o seu Filho” em sacrifício para salvar a humanidade (1Jo 4:8; Jo
3:16).
Amor é
o carro chefe dos mais nobres sentimentos...
A importância do amor, pode
ser notada na lista de manifestações do fruto do Espírito Santo em Gálatas
5:22-23. No texto, o amor é o carro chefe, é a porta que se abre para a prática
da
“... alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.” Gl
5:22-23
O amor deve sempre se
manifestar primeiro, deve ser o motivo das nossas intenções e ações. Após a
manifestação do amor de Deus em nós, contemplaremos uma enxurrada de coisas
boas invadindo nossas famílias, amigos, vizinhos etc. Só quem aprendeu a amar
sem limites de maneira incondicional sabe o que é sufocar o ego para relacionar
melhor com Deus e o próximo. Todos os problemas de ordem relacional sem exceção
começam quando o amor dá lugar ao ego.
Qual o contrário do amor?
Costumamos perguntar aos
casais que em crise nos procuram: “Qual é o contrário do amor?” A resposta que
ouvimos frequentemente é: “O ódio”. Definitivamente o ódio não é o que
contraria o amor. O que se opõe ao amor é o ego. A pessoa egoísta sempre vai resistir
à prática do amor verdadeiro. O sentimento egoísta sempre quer atrair a atenção
para sí, enquanto que o amor segue o caminho oposto. Veja que quando alguém se
dispõe a amar, precisa também se dispor a oferecer (Jo 3:16).
Quem ama verdadeiramente não quer
atrair a atenção para si mesmo. O egoísta geralmente quer ser o centro das
atenções, quer que tudo e todos orbitem em volta de seu umbigo. Lembro-me de
uma tirinha do Garfield em que depois de muito tempo falando sobre si mesmo,
ele disse a pessoa com quem conversava: “Estou cansado de falar sobre mim;
agora você fala sobre mim”. Geralmente as pessoas egoístas são assim, pensam
exclusivamente nelas mesmas. Pessoas assim terminam sozinhas, sem razão para
viver e com uma profunda angústia.
A cruz
deve ser o nosso alvo! A cruz é a maior expressão de amor pelo homem!
Fora da cruz vencemos os
outros. Na cruz vencemos a nós mesmos. A cruz nos fere, esmaga todo nosso
egoísmo, orgulho, vaidade, vanglória, e nos faz viver como Cristo viveu. Essa é
a vida que devemos expressar, a vida que flui na direção oposta ao ego. O amor
é caracterizado por uma atitude de priorizar o próximo. Quando o cristão não
exercita a prática do amor, passa a viver para a proteção de seus direitos.
Devemos
nos lembrar sempre que, conforme disse
Billheimer, “o único direito que a alma verdadeiramente crucificada tem
é de abrir mão de seus direitos”. Acho que aqui está o segredo de uma vida
cristã vigorosa e transbordante de amor como nos tempos dos primórdios da fé
cristã.
Todo o produto das nossas mãos
que não procede de amor, pode ser considerado pecado. Não há neutralidade no
reino do espírito. Por mais que alguém tente ocultar o que vai no coração, seus
relacionamentos o denunciará. O escritor francês Duque de La Rochefoucauld (François
Poitou) que viveu no século XVII escreveu que: “Não há disfarce algum que, por muito tempo, possa ocultar
o amor onde ele existe, nem fingi-lo onde não existe”.
Veja que o amor de Deus sempre
vai na contramão do ego.
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito...”. Jo 3:16.
“Deus amou”, e logo depois “deu o seu único filho”. Este é o amor
de verdade. Amar é a disposição de abrir mão de algo que nos pertence para o
benefício do nosso próximo. Amar é dar sem limites. Este sempre será o primeiro
passo para o êxito nos relacionamentos.
A importância do amor de Deus
como ponto de partida ou como base para tudo o que empreendemos está na carta
escrita por Paulo aos Corintios.
“1 Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos,
se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. 2
Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a
ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver
amor, nada serei. 3 E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres
e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor,
nada disso me aproveitará. 4 O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em
ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, 5 não se conduz inconvenientemente,
não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; 6 não
se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; 7 tudo sofre, tudo
crê, tudo espera, tudo suporta. 8 O amor jamais acaba; mas, havendo profecias,
desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará; 9 porque,
em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. 10 Quando, porém, vier o que é
perfeito, então, o que é em parte será aniquilado. 11 Quando eu era menino,
falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a
ser homem, desisti das coisas próprias de menino. 12 Porque, agora, vemos como
em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então,
conhecerei como também sou conhecido. 13 Agora,
pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é
o amor." 1 Co 13:1-13
A fé a esperança e o amor
permanecerão, mas o amor é maior, pois se trata da essência do próprio Deus.
Deus é amor! Por que o amor é
maior? Porque o amor não é algo abstrato é substância palpável, exala vida,
calor, proteção. O amor é uma pessoa eterna que jamais deixará de amar, seu
nome é Jesus!
O amor está fincado como uma
base que não se remove, um fundamento impossível de ser arrancado. Se o que
fazemos está lançado sobre ele, certamente não seremos frustrados e
permaneceremos vencendo como Jesus venceu. A força do amor pode ser notada
também nas palavras escritas aos Romanos 8:38-39:
“Porque eu
estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os
principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a
altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do
amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” Rm 8:38-39
Em nenhuma outra crença ou
religião encontramos um Deus de amor tão maravilhoso, pronto para dar a sua
própria vida por seus filhos. Deus nos amou primeiro e por isso pode pedir a
nós hoje que O amemos. Isso não pode ser entendido como um sentimento, mas uma
decisão. Não siga pensando no amor como um sentimento ou uma ardente paixão que
na hora das adversidades murcha, morre e desaparece. O amor verdadeiro sempre
permanecerá. Independente das ofensas que sofremos ou frustrações que sentimos
o amor sempre falará mais alto e será bálsamo para as nossas feridas.
Receba o amor de Deus, espalhe o
amor de Deus!
Se de fato uma pessoa é
nascida de novo em Cristo Jesus, o amor de Deus em seu coração sempre estará
trazendo constrangimento, conduzindo a mesma para a cruz. No amor não existem
razões próprias, somente uma atitude de renúncia e total submissão à vontade de
Deus.
Os relacionamentos que temos
com Deus e nosso próximo certamente serão melhores enquanto o amor de Deus
prevalecer.
A
maior estratégia de Evangelismo segundo nos ensina Jesus é o amor uns pelos
outros.
Em João 13:34-35, o Senhor
mesmo disse:
“Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros;
assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão
todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros”. Jo 13:34-35
Foi só isso que o Senhor nos
pediu neste novo mandamento...
“amai-vos uns aos outros; assim como eu vos amei”.
Não
pode existir outra maneira de se identificar uma igreja cristã a não ser pelo
amor a Deus e ao próximo. Essa igreja não se divide, não prega a desunião entre
quem quer que seja e nem explora ninguém. Infelizmente sabemos o quanto ela é
assim desconhecida, porque a maioria das pessoas que se diz cristã, esta cega
por outras doutrinas, não enxerga a igreja (2Co 4:4) (Is 6:9-10).
O amor
como um fator terapêutico
Está comprovado que as pessoas
que mais expressam amor são mais saudáveis física e espiritualmente. Menos
resfriados, melhor controle do estresse e pressão sanguínea mais baixa são
apenas alguns poucos benefícios para aqueles que amam sem limites. Muitos médicos
dizem que boa parte das doenças psicossomáticas são decorrentes de sentimentos
negativos entulhados nos corações de pessoas amarguradas.
Sigmund
Freud, médico e professor, que abriu as portas para a era da psicoterapia,
disse: “Você precisa amar para não adoecer”. Outro médico, o Dr. David H.
McMillen, da Faculdade de Medicina da Universidade do Texas em Houston, afirmou
que ao Jesus dizer que devemos perdoar até setenta vezes sete, estava pensando
não só em nossas almas, mas em salvar nossos corpos da síndrome de colite, da
doença das coronárias, da hipertensão arterial, gastrite, cefaleia, de
patologias psicossomáticas e de muitas outras enfermidades.
A decisão de amar para os
crentes, antes de ser uma atitude espiritual é definitivamente racional e
inteligente. Pesquisas constataram que quando recebemos o afeto de uma pessoa
próxima, há uma liberação de endorfina, substância capaz de relaxar a parede
das veias e artérias. Dessa forma, a pressão arterial fica equilibrada, além de
o sangue fluir com mais facilidade. Estudiosos do comportamento humano,
psiquiatras e psicólogos têm chegado a conclusão, à luz de experiências
vivenciadas, que além de ser uma necessidade básica, o amor é um dos mais
eficazes processos terapêuticos. O Dr James Colleman, no seu livro “A
Psicologia do Anormal e a Vida Contemporânea”, assim escreve: “É estranho notar
que pouco se sabe a respeito de um dos mais poderosos fatores terapêuticos - o
Amor”.
Amor e saúde estão
entrelaçados de maneira surpreendente. Os homens são feitos para conectarem-se
uns aos outros, e quando bons relacionamentos são cultivados (não apenas no
campo amoroso sentimental), as recompensas são imensas. Deixe-me frisar que não
estou me referindo a paixão de um novo relacionamento emocional ou sentimental.
Na verdade a respeito da paixão não existe nenhuma evidência de que o intenso e
apaixonado estágio de um novo romance é benéfico a saúde. “Pessoas que se
apaixonam dizem que se sentem maravilhosas e agoniadas ao mesmo tempo” diz
Harry Reis, PhD, co-editor da Enciclopédia dos Relacionamentos Humanos. Ou
seja, todo esse sobe e desce pode ser um ponto de partida do estresse. Já o
amor cultivado nos relacionamentos duradouros trazem segurança, calma e
estabilidade.
Existem muitas evidências de
que pessoas que estão em relacionamentos longos, satisfatórios e principalmente
saudáveis se dão melhor em toda variedade de exames médicos. A maior parte das
pesquisas nessa área se concentra no relacionamento conjugal, mas acredita-se
que muitos desses benefícios se estendem a outras relações próximas, como
amigos ou parentes e principalmente nos relacionamentos entre cristãos. As
pessoas precisam se sentir conectadas com outras, como parte de um grupo, além
de respeitadas e valorizadas.
A seguir alistei alguns benefícios
que a prática do amor traz a saúde segundo pesquisas com casais e que acredito
ter resultados parecidos nas outras áreas de relacionamento entre pessoas.
·
Menos visitas médicas
·
Menos depressão
·
Menos uso de substâncias tóxicas
·
Pressão sanguínea mais baixa
·
Menos ansiedade
·
Controle natural da dor
·
Melhor controle do estresse
·
Menos resfriados
·
Cicatrização mais rápida
·
Vida mais longa
O
contra ponto disso é que quando não cultivamos o amor, alimentamos
ressentimentos que além de nos fazer inimigos do nosso próximo, nos fará
adoecer fisicamente. Pesquisas recentes constataram que boa parte dos doentes
com câncer, também tem algum problema de amargura ou rancor no coração.
Alimentar
a íra adoece e pode conduzir pessoas até mesmo a agressões e em casos extremos
até a prática de crimes contra o próximo. Certamente o que não se divulga é,
que geralmente, o maior dano se observa na própria pessoa, que como já
mencionei se torna candidato a desenvolver patologias diversas. A mágoa, rancor
ou amargura são ingredientes de um veneno que nós mesmos tomamos e esperamos
que o outro morra.
O estado emocional de uma
pessoa ressentida pode ser considerado um gatilho prestes a disparar agressões
de maneira exagerada. Qualquer motivo insignificante pode ser uma fagulha que
detonará discussões e brigas sem fim. Pessoas são transformadas nos momentos de
íra. Uma mudança profunda radical da fisionomia e expressões físicas, poderão
ser facilmente notadas em pessoas desprovidas de equilíbrio emocional.
Na prática de exercícios para
o condicionamento físico, deve-se ter diligência e disciplina para se ter um
corpo saudável. Exercícios físicos praticados com regularidade condicionarão
nosso corpo e trarão mais vitalidade. Da mesma forma, amar pode ser considerado
um exercício e o seu desenvolvimento deve ser progressivo. Quanto mais
dispostos estivermos para amar a Deus e os outros, mais seremos amados. O
conhecido efeito bumerangue que nada mais é do que a lei da semeadura e
colheita fará você colher amor enquanto permanecer semeando amor.
Não se preocupe em reter amor,
pois quando o mesmo é compartilhado nunca será diminuído. Pódemos dividí-lo
infinitamente e ainda assim não diminuir. O amor é o único tesouro que se
multiplica e cresce espantosamente por divisão. É o único dom que aumenta
enquanto você o reparte. Lembro-me de ter lido isso em algum lugar: “Doe amor;
jogue-o fora; esparrame-o; esvazie seus bolsos; sacuda o cesto, vire o copo
para baixo, e amanhã você terá mais do que nunca.” Isso é tremendo!
A semente do amor que está
dentro de nós pelo Espírito Santo deve ser semeada nos nossos relacionamentos.
Quando a semente germinar, a plantinha precisará ser cultivada e nutrida para
que não morra. Com fé e perseverança amaremos mais e melhor. Assim todos os
nossos relacionamentos serão transformados.
A base dos relacionamentos
saudáveis deve ser fortalecida por uma decisão racional de amar, custe o que
custar. Mesmo após termos decidido amar sem limites, surgirão momentos de
insatisfação emocional, dúvidas e até mesmo um sentimento de desistência. “Será
que vale a pena insistir em determinada pessoa?”, é o que alguns perguntam
quando se frustram nos relacionamentos. É a partir daí que devemos decidir e
escolher amar novamente. Mesmo que aparentemente o sentimento tenha se esvaído,
não devemos achar que não podemos amar novamente. Essa é uma questão de
decisão, e é simples assim. O justo vive pela fé e não por sentimentos. Quando
decidimos amar o sentimento acompanhará a nossa decisão.
Nosso alvo é ser como Jesus, e
para isso, devemos pedir a Deus que nos ensine a amar. Me lembro que em uma
manhã, enquanto fazia minha leitura bíblica, me deparei com um texto que saltou
das páginas direto para o meu coração. Em Lucas 23, eu li que Jesus intercedeu
pelos seus ofensores dizendo:
“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” Lucas
23:34a.
Não consegui entender a
palavra “perdoa-lhes”, achei que seria correto Jesus orar dizendo: “Eu perdoo
vocês”. Afinal de contas, Jesus estava sendo agredido e injustiçado, portando,
ele deveria perdoar. Mas depois de meditar sobre isso, entendi que quando Jesus
orou dizendo “perdoa-lhes”, ele estava nos ensinando que em seu coração não
havia lugar para a mágoa, tristeza e amargura. Devemos guardar nossos corações
de sentimentos errados. Quando o amor enche o coração, não deixa nele lugar
para mais nada. Nem para o ódio, nem para o rancor, nem para o orgulho. Esse é
o modelo a ser seguido.
Continua na próxima ceia...
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