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Os benefícios da unidade. Sl 133:1-3. Pr. Edenir Araújo - Culto de Celebração - 15/03/2020


No salmo 133, lemos a respeito dos benefícios no meio da igreja do Senhor.

“Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes. É como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali, ordena o SENHOR a sua bênção e a vida para sempre.” Sl 133:1-3

Consequências da comunhão entre os irmãos:

1. A comunhão alegra o Senhor

“Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!” Sl 133:1

Essa é a exclamação de alegria do Senhor a respeito de Seu povo. O Senhor habita no meio da comunhão de Seu povo:

“O Senhor, teu Deus, está no meio de ti, poderoso para salvar-te; ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo.” Sf 3:17

Assim, nada entristece mais a Deus do que a divisão no meio de Seus filhos. Tal comunhão não é simplesmente um ajuntamento, mas um compromisso mútuo de unidade para a expressão do Senhor na terra.

Uma sacola de membros não é um corpo, um amontoado de material de construção não é um edifício e um ajuntamento de crentes não é necessariamente uma igreja. O que nos dá a identidade é a unidade. Sem unidade somos um corpo disforme, mas quando somos unidos expressamos a Cristo.

2. A comunhão libera poder

“É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes.” Sl 133:2

O óleo precioso do Espírito de Deus desce da cabeça e alcança o todo o corpo. Evidentemente somente aqueles que estão conectados à cabeça que é Jesus, fazem parte do corpo e desfrutam do óleo fresco da unção. Nestes dias enquanto falamos sobre unidade, queremos experimentar esse óleo juntos, em comunhão.

O Espírito Santo é o poder de Deus e este poder está em você. O Espírito Santo é a unção de Deus sobre nós. Mas, quando estamos juntos em comunhão, essa unção é potencializada e este poder passa a ser liberado de forma explosiva sobre nós. Gn 11:9

Voltando aos tempos bíblicos

O óleo representa a unção na Palavra de Deus.

O azeite era um elemento muito versátil no mundo antigo, ele servia para virtualmente qualquer coisa e simboliza a provisão completa da unção do Espírito. O fato de o Salmo 133 nos dizer que a comunhão libera o óleo é algo muito precioso. Quando estamos unidos aos nossos irmãos, esse óleo desce da cabeça, que é Cristo, e alcança todos os membros.

O uso do óleo entre o povo de Israel é um retrato claro da provisão completa da unção para o povo de Deus hoje. Todas essas coisas vêm sobre nós porque estamos unidos aos irmãos na agradável comunhão do Corpo de Cristo.

1. O óleo é Alimento

A primeira utilidade do azeite estava na preparação dos alimentos, sendo ele mesmo, na verdade, um alimento. No mesmo princípio, nós precisamos receber periodicamente uma porção da unção de azeite do céu como alimento. Quando deixamos de nos alimentar dessa unção, somos enfraquecidos e nos sentimos incapazes de fazer a vontade de Deus. A unção, portanto, é alimento.

Você sabia que a comunhão nos alimenta? Sim, a comunhão libera o óleo que nos nutre.
Não nos esqueçamos que Paulo disse aos coríntios que muitos daqueles irmãos estavam doentes por conta da divisão.

“17 Nisto, porém, que vos prescrevo, não vos louvo, porquanto vos ajuntais não para melhor, e sim para pior. 18 Porque, antes de tudo, estou informado haver divisões entre vós quando vos reunis na igreja; e eu, em parte, o creio. 19 Porque até mesmo importa que haja partidos entre vós, para que também os aprovados se tornem conhecidos em vosso meio. 20 Quando, pois, vos reunis no mesmo lugar, não é a ceia do Senhor que comeis. 21 Porque, ao comerdes, cada um toma, antecipadamente, a sua própria ceia; e há quem tenha fome, ao passo que há também quem se embriague. 22 Não tendes, porventura, casas onde comer e beber? Ou menosprezais a igreja de Deus e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto, certamente, não vos louvo. 23 Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; 24 e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. 25 Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. 26 Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha. 27 Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. 28 Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice; 29 pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. 30 Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem.” 1Co 11:17-30

A expressão “comer e beber sem discernir o corpo” significa não discernir a igreja e as suas necessidades básicas para o seu pleno funcionamento. O óleo precioso da unção só poderá vir sobre nós enquanto formos corpo!

b. O óleo nos limpa

A segunda utilidade do azeite nos dias antigos estava na feitura de sabão. A unção do azeite também 
tem a função de limpar e purificar as nossas vidas. Quando digo purificar, não me refiro propriamente à purificação do pecado, mas à purificação da sujeira do mundo, à santificação. A morte do mundo é como uma poeira que vai aos poucos impreguinando, nos contaminando nos fazendo ficar insensíveis a Deus. A unção, então, nos purifica da poeira da carne que nos contamina. Todos nós testificamos que, quando estamos na comunhão dos irmãos, nossos pés são lavados da poeira do mundo.

“1 Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim. 2 Durante a ceia, tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que traísse a Jesus, 3 sabendo este que o Pai tudo confiara às suas mãos, e que ele viera de Deus, e voltava para Deus, 4 levantou-se da ceia, tirou a vestimenta de cima e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela. 5 Depois, deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. 6 Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, e este lhe disse: Senhor, tu me lavas os pés a mim? 7 Respondeu-lhe Jesus: O que eu faço não o sabes agora; compreendê-lo-ás depois. 8 Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não tens parte comigo. 9 Então, Pedro lhe pediu: Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça. 10 Declarou-lhe Jesus: Quem já se banhou não necessita de lavar senão os pés; quanto ao mais, está todo limpo. Ora, vós estais limpos, mas não todos. 11 Pois ele sabia quem era o traidor. Foi por isso que disse: Nem todos estais limpos. 12 Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as vestes e, voltando à mesa, perguntou-lhes: Compreendeis o que vos fiz? 13 Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. 14 Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. 15 Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. 16 Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou. 17 Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes.” Jo 13:1-17

O lava pés foi uma maneira de Jesus passar duas preciosas lições:

1.  Para lavar os pés eu preciso diminuir. Alguém que se diminui é alguém que renuncia seu ego, suas razões, suas reinvidicações. Só poderemos chegar a um nível mais profundo de unidade quando nos dispormos a descer e servir os irmãos.
2. O lava pés é uma correção de rota. Seus pés te dão direção. É a primeira parte do corpo que entra em contato com o mundo, que toca a poeira do mundo. Seus pés podem te levar na direção de Deus, da igreja ou de seus irmãos, como pode também te fazer correr noutra direção para longe de Deus e de seus irmãos.

Quando você se lava da poeira desse mundo? Quando você se aproxima do seu próximo como um servo disposto a lavar os pés do seu próximo se humilhando.

c. O óleo é combustível

As lamparinas do mundo bíblico eram mantidas acesas usando o azeite como combustível. No mesmo princípio, nossa luz somente pode brilhar diante do mundo se houver o azeite do céu em combustão dentro do espírito. E esse azeite vem sobre nós na comunhão dos irmãos. Cada vez que nos reunimos, devemos esperar uma medida do combustível celestial sobre nós.
Olhe para o pentecostes e veja que o Espírito Santo foi derramado em meio a um mover de unidade e serviço entre os irmãos.

d. O óleo é para uso sacerdotal, para consagração.

O azeite também era usado pelo sacerdote para ungir e consagrar pessoas e coisas a Deus, como também era usado pelo médico como remédio. A unção é também para consagração. O propósito de Deus somente pode ser cumprido por meio da unção. O suprimento de Deus para nossas vidas vem somente pela unção e todo jugo do pecado pode ser quebrado e destruído pelo poder da unção. Quando estamos em comunhão, os jugos do pecado e do diabo são quebrados e experimentamos o refrigério de Deus.

e. O óleo cura

Um aspecto importante da unção está em Tiago 5:14, em que o autor nos manda ungir os enfermos para serem curados. Há cura disponível para o povo de Deus na comunhão dos irmãos. O óleo da cura é liberado quando estamos juntos e ministramos uns aos outros. Sabemos que o óleo do Espírito é o suprimento completo de Deus, mas ele é liberado quando os irmãos vivem unidos em comunhão. A comunhão é algo realmente poderoso. Paulo chega a dizer que a igreja de Corinto estava doente porque seus membros não entendiam a comunhão:

“Pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem.” 1Co 11:29-30

Quando não temos discernimento do corpo experimentamos morte e enfermidade. Se a falta de comunhão traz doenças sabemos que a comunhão produz tudo o que já mencionamos: alimento, purificação, combustível, libertação e, principalmente, cura.

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