No salmo 133, lemos a respeito dos
benefícios no meio da igreja do Senhor.
“Oh! Como é bom
e agradável viverem unidos os irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o
qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes. É
como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali, ordena o
SENHOR a sua bênção e a vida para sempre.” Sl 133:1-3
Consequências da comunhão entre
os irmãos:
1. A comunhão alegra o Senhor
“Oh! Como é bom
e agradável viverem unidos os irmãos!” Sl 133:1
Essa é a exclamação de alegria do
Senhor a respeito de Seu povo. O Senhor habita no meio da comunhão de Seu povo:
“O Senhor, teu
Deus, está no meio de ti,
poderoso para salvar-te; ele se
deleitará em ti com alegria; renovar-te-á
no seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo.” Sf 3:17
Assim, nada entristece mais a
Deus do que a divisão no meio de Seus filhos. Tal comunhão não é simplesmente
um ajuntamento, mas um compromisso mútuo de unidade para a expressão do Senhor
na terra.
Uma sacola de membros não é um corpo, um amontoado de
material de construção não é um edifício e um ajuntamento de crentes não é
necessariamente uma igreja. O que nos dá a identidade é a unidade. Sem unidade
somos um corpo disforme, mas quando somos unidos expressamos a Cristo.
2. A comunhão libera poder
“É como o óleo
precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce
para a gola de suas vestes.” Sl 133:2
O óleo precioso do Espírito de
Deus desce da cabeça e alcança o todo o corpo. Evidentemente somente aqueles
que estão conectados à cabeça que é Jesus, fazem parte do corpo e desfrutam do
óleo fresco da unção. Nestes dias enquanto falamos sobre unidade, queremos
experimentar esse óleo juntos, em comunhão.
O Espírito Santo é o poder de
Deus e este poder está em você. O Espírito Santo é a unção de Deus sobre nós.
Mas, quando estamos juntos em comunhão, essa unção é potencializada e este
poder passa a ser liberado de forma explosiva sobre nós. Gn 11:9
Voltando
aos tempos bíblicos
O óleo representa a unção na
Palavra de Deus.
O azeite era um elemento muito
versátil no mundo antigo, ele servia para virtualmente qualquer coisa e
simboliza a provisão completa da unção do Espírito. O fato de o Salmo 133 nos
dizer que a comunhão libera o óleo é algo muito precioso. Quando estamos unidos
aos nossos irmãos, esse óleo desce da cabeça, que é Cristo, e alcança todos os
membros.
O uso do óleo entre o povo de
Israel é um retrato claro da provisão completa da unção para o povo de Deus
hoje. Todas essas coisas vêm sobre nós porque estamos unidos aos irmãos na
agradável comunhão do Corpo de Cristo.
1. O óleo é Alimento
A primeira utilidade do azeite
estava na preparação dos alimentos, sendo ele mesmo, na verdade, um alimento.
No mesmo princípio, nós precisamos receber periodicamente uma porção da unção
de azeite do céu como alimento. Quando deixamos de nos alimentar dessa unção,
somos enfraquecidos e nos sentimos incapazes de fazer a vontade de Deus. A unção, portanto, é alimento.
Você sabia que a comunhão nos
alimenta? Sim, a comunhão libera o óleo que nos nutre.
Não nos esqueçamos que Paulo disse aos coríntios que muitos daqueles
irmãos estavam doentes por conta da divisão.
“17 Nisto, porém, que vos
prescrevo, não vos louvo, porquanto vos ajuntais não para melhor, e sim
para pior. 18 Porque, antes de
tudo, estou informado haver divisões entre vós quando vos reunis na igreja; e
eu, em parte, o creio. 19 Porque até
mesmo importa que haja partidos entre vós, para que também os aprovados se
tornem conhecidos em vosso meio. 20 Quando,
pois, vos reunis no mesmo lugar, não é a ceia do Senhor que comeis. 21 Porque, ao comerdes, cada um toma,
antecipadamente, a sua própria ceia; e há quem tenha fome, ao passo que há
também quem se embriague. 22 Não tendes,
porventura, casas onde comer e beber? Ou menosprezais a igreja de Deus e
envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto, certamente,
não vos louvo. 23 Porque eu recebi do Senhor o
que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou
o pão; 24 e, tendo dado graças, o partiu e
disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. 25 Por semelhante modo, depois de haver ceado,
tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue;
fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. 26 Porque, todas as vezes que comerdes este pão e
beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha. 27 Por isso, aquele que comer o pão ou beber o
cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. 28 Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e,
assim, coma do pão, e beba do cálice; 29
pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si.
30 Eis a razão por que há entre vós
muitos fracos e doentes e não poucos que dormem.” 1Co 11:17-30
A expressão “comer e beber sem discernir o corpo” significa não discernir
a igreja e as suas necessidades básicas para o seu pleno funcionamento. O óleo
precioso da unção só poderá vir sobre nós enquanto formos corpo!
b. O óleo nos limpa
A segunda utilidade do azeite nos
dias antigos estava na feitura de sabão. A unção do azeite também
tem a função
de limpar e purificar as nossas vidas. Quando digo purificar, não me refiro
propriamente à purificação do pecado, mas à purificação da sujeira do mundo, à
santificação. A morte do mundo é como uma poeira que vai aos poucos
impreguinando, nos contaminando nos fazendo ficar insensíveis a Deus. A unção,
então, nos purifica da poeira da carne que nos contamina. Todos nós
testificamos que, quando estamos na comunhão dos irmãos, nossos pés são lavados
da poeira do mundo.
“1 Ora, antes da Festa da Páscoa,
sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai,
tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim. 2 Durante a ceia,
tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que
traísse a Jesus, 3 sabendo este que o Pai tudo confiara às suas mãos, e que ele
viera de Deus, e voltava para Deus, 4 levantou-se da ceia, tirou a vestimenta
de cima e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela. 5 Depois, deitou água na
bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com
que estava cingido. 6 Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, e este lhe disse:
Senhor, tu me lavas os pés a mim? 7 Respondeu-lhe Jesus: O que eu faço não o
sabes agora; compreendê-lo-ás depois. 8 Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os
pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não tens parte comigo. 9 Então,
Pedro lhe pediu: Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça. 10
Declarou-lhe Jesus: Quem já se banhou não necessita de lavar senão os pés;
quanto ao mais, está todo limpo. Ora, vós estais limpos, mas não todos. 11 Pois
ele sabia quem era o traidor. Foi por isso que disse: Nem todos estais limpos.
12 Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as vestes e, voltando à mesa,
perguntou-lhes: Compreendeis o que vos fiz? 13 Vós me chamais o Mestre e o
Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. 14 Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre,
vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. 15 Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu
vos fiz, façais vós também. 16 Em verdade, em
verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado,
maior do que aquele que o enviou. 17 Ora, se
sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes.” Jo 13:1-17
O lava pés foi uma maneira de
Jesus passar duas preciosas lições:
1. Para
lavar os pés eu preciso diminuir. Alguém que se diminui é alguém que renuncia
seu ego, suas razões, suas reinvidicações. Só poderemos chegar a um nível mais
profundo de unidade quando nos dispormos a descer e servir os irmãos.
2. O
lava pés é uma correção de rota. Seus pés te dão direção. É a primeira parte do
corpo que entra em contato com o mundo, que toca a poeira do mundo. Seus pés
podem te levar na direção de Deus, da igreja ou de seus irmãos, como pode
também te fazer correr noutra direção para longe de Deus e de seus irmãos.
Quando você se lava da poeira
desse mundo? Quando você se aproxima do seu próximo como um servo disposto a
lavar os pés do seu próximo se humilhando.
c. O óleo é combustível
As lamparinas do mundo bíblico
eram mantidas acesas usando o azeite como combustível. No mesmo princípio,
nossa luz somente pode brilhar diante do mundo se houver o azeite do céu em
combustão dentro do espírito. E esse azeite vem sobre nós na comunhão dos
irmãos. Cada vez que nos reunimos, devemos esperar uma medida do combustível
celestial sobre nós.
Olhe para o pentecostes e veja
que o Espírito Santo foi derramado em meio a um mover de unidade e serviço entre
os irmãos.
d. O óleo é para uso sacerdotal, para consagração.
O azeite também era usado pelo
sacerdote para ungir e consagrar pessoas e coisas a Deus, como também era usado
pelo médico como remédio. A unção é também para consagração. O propósito de Deus
somente pode ser cumprido por meio da unção. O suprimento de Deus para nossas
vidas vem somente pela unção e todo jugo do pecado pode ser quebrado e
destruído pelo poder da unção. Quando estamos em comunhão, os jugos do pecado e
do diabo são quebrados e experimentamos o refrigério de Deus.
e. O óleo cura
Um aspecto importante da unção
está em Tiago 5:14, em que o autor nos manda ungir os enfermos para serem
curados. Há cura disponível para o povo de Deus na comunhão dos irmãos. O óleo
da cura é liberado quando estamos juntos e ministramos uns aos outros. Sabemos
que o óleo do Espírito é o suprimento completo de Deus, mas ele é liberado
quando os irmãos vivem unidos em comunhão. A comunhão é algo realmente
poderoso. Paulo chega a dizer que a igreja de Corinto estava doente porque seus
membros não entendiam a comunhão:
“Pois quem come
e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Eis a razão por que há
entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem.” 1Co 11:29-30
Quando não temos discernimento do
corpo experimentamos morte e enfermidade. Se a falta de comunhão traz doenças
sabemos que a comunhão produz tudo o que já mencionamos: alimento, purificação,
combustível, libertação e, principalmente, cura.
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