Vivendo além da aparência
produzindo frutos duradouros. Mc 11:12-14
“12 No
dia seguinte, quando estavam saindo de Betânia, Jesus teve fome. 13 Vendo à distância uma figueira com folhas,
foi ver se encontraria nela algum fruto. Aproximando-se dela, nada encontrou, a
não ser folhas, porque não era tempo de figos. 14 Então lhe disse: ‘Ninguém mais coma de seu fruto’. E os seus discípulos ouviram-no
dizer isso.” Mc 11:12-14
Introdução
Existem somente
três registros nos Evangelhos que apresentam Jesus com fome. O primeiro foi depois dos 40 dias de jejum e oração no
deserto, “Depois de jejuar por quarenta dias e
quarenta noites, teve fome.”
Mt 4:1.
O segundo, quando ele disse aos discípulos:
“uma
comida tenho para comer que vós não conheceis.” Jo 4:32,
e o terceiro quando voltava de Betânia para Jerusalém. “No dia seguinte, quando eles estavam saindo de
Betânia, Jesus teve fome.” Mc
11:12
Na primeira vez
que Jesus teve fome, Ele foi servido pelos anjos (Mt 4:11). Na segunda a
vontade do Pai o alimentou, pois ele mesmo disse “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir a sua
obra.” Jo 4:34, podemos imaginar que banquete foi aquele.
Mas aqui em Betânia, Jesus queria um lanche rápido, algo do tipo Drive thru, um
breakfast, só pra forrar o estômago.
Daí, como
providência divina, no seu caminho estava aquela bela figueira, e a Bíblia diz
no relato de Mateus, que ela estava “à beira do
caminho”. Tente imaginar que combinação extraordinária. O Mestre
do Universo, o Criador de todos
os seres vivos, o divino Agricultor
com fome, e no caminho d’Ele, uma figueira, cheia de folhas verdinhas, promissora, bem à mão, como que dizendo: “Chegue mais perto, faça o seu pedido, pegue
o que precisa, mate a sua fome.”
De repente, o inesperado acontece. Jesus se aproxima
da figueira, olha de um lado, olha de outro, bate num galho aqui, noutro acolá
e ai... Nada! Nada acontece, Ele não
acha nada, nenhum fruto.
Jesus reage com
justa e legítima indignação, e ali mesmo pronuncia o seu julgamento: “Que nunca mais ninguém coma de seu fruto!”. O
mesmo relato em Mateus diz que “imediatamente a
figueira secou”. Mas há um detalhe
importante, o evangelista Marcos disse que: “não era tempo de figos”.
Será que Jesus se
enganou? Certamente Ele não se enganou! Ora, então por que Jesus foi tão
radical com aquela pobre figueira? Por que procurar figos fora de época? Será
então que ele não gostava de figueiras? Também não era isso.
O
problema dessa figueira não era o de não ter figos, mas dar a aparência de
tê-los.
Ela atraía pessoas
com uma imagem bonita, folhas verdes, parecia uma árvore saudável, mas o que era uma promessa
acabou numa frustração. Todos os
nutrientes extraídos da terra, deveriam terminar em frutos, mas aquela figueira
se alimentava para manter sua beleza exterior, porque aquela figueira só tinha
aparência e era uma figueira sem frutos Jesus a amaldiçoou.
Durante muito
tempo a mídia veiculou um comercial que procurava nos convencer dizendo: “Cara
de remédio, cheiro de remédio, embalagem de remédio, mas não era remédio.” Era
um shampoo. “Parece, mas não é”. Esta frase ganhou vida própria e a população
incorporou a expressão como forma de dizer que nem sempre o que se vê
corresponde à realidade. As aparências enganam.
Infelizmente a
cultura da aparência tomou conta das pessoas, e principalmente no nosso meio
cristão evangélico. Vivemos numa sociedade que alimenta e idolatra a cultura da
aparência, onde a imagem é tudo. Este é o nosso mundo, o MUNDO DA IMAGEM, O
MUNDO DAS APARÊNCIAS. O importante é parecer ser. Muitas vezes olhamos para
alguém que comprou um carro zero e logo pensamos: “O fulano tá podendo”.
Entretanto, muitas vezes se formos analisar o caso mais de perto, chegaremos a
conclusão de que ele tem um carro zero e atrás de tudo isso uma dívida imensa,
e ele está fazendo uma força enorme para poder pagar. Mas, o que vale é a
aparência, a imagem.
Saiba meu amado irmão, ter aparência e
não ter um comportamento santo, não ter
frutos, diante de Deus é pecado!
Paulo
não viveu de aparência, ele foi uma árvore frutífera!
Veja que o
apóstolo Paulo, preocupou-se em ser uma árvore frutífera quando disse:
“Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão
(renúncia Mt 16:24 e serviço), para que, pregando aos outros, eu mesmo não
venha, de alguma maneira, a ficar reprovado (não ter fruto).” 1Co 9:27
Estamos querendo nos
parecer com o Senhor, queremos ser segundo a imagem e semelhança de Deus, mas
nos esquecemos que nosso comportamento fala mais de quem somos do que as
palavras que saem da nossa boca.
Lembre-se de que
Jesus é o verbo que se fez carne, Ele era e é a palavra, mas se manifestou de
maneira prática entre nós. Foi o grão de trigo lançado na terra que depois de
morrer produziu e produz muito fruto. Gerou muitos filhos para Deus. Precisamos
nos seus passos, no seu encalço, também produzir muitos frutos.
Em outra de suas
cartas, Paulo fala de não somente pregar um evangelho verbal, mas de produzir
frutos.
“Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em
palavras, mas, também, em poder (Dunamis), e no Espírito Santo (Fogo), e em
muita certeza (fé, convicção), como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor
de vós.” 1Ts 1:5
Paulo tinha o “dunamis”
que significa poder explosivo e gerador. O apóstolo usou este poder para
gerar muitos filhos para Deus, legitimando seu ministério pelos muitos frutos
que produziu.
Uma
curiosidade sobre a figueira
Uma curiosidade
sobre a figueira nos permite entender porque tal árvore foi utilizada por Jesus
como exemplo do que o pecado provocou em Israel e pode provocar no crente.
1.
Ela produz o seu fruto antes das folhas, ao
contrário das demais árvores. Ela simbolizava, assim, a necessidade de uma
espiritualidade verdadeira (os frutos), antes de uma religiosidade aparente (as
folhas).
2.
Veja que a folha de figueira aparece pela primeira
vez na Bíblia como uma maneira de esconder o pecado, ou de encobertar uma realidade,
produzindo apenas uma aparência de concerto. (Gênesis 3)
Na carta de Judas, há várias figuras que ilustram
esse comportamento. Ali, o Apóstolo fala de rochas submersas, nuvens sem água, árvores secas, Ondas de espuma,
estrelas errantes, movimentos produzindo apenas aparência, sem nenhum
fruto, etc.
“São nuvens sem
água, impelidas pelo vento; árvores de outono, sem frutos, duas vezes mortas,
arrancadas pela raiz. 13 São ondas
bravias do mar, espumando seus próprios atos vergonhosos; estrelas errantes,
para as quais estão reservadas para sempre as mais densas trevas.” Jd 12b-13 (NVI)
Por isso Jesus
proferiu a sentença: “Ninguém
mais coma de seu fruto.”
A figueira enganou
Jesus? Como já disse, a Ele não. Jesus sabe todas as coisas. Mas havia um princípio que Jesus queria ensinar aos
seus discípulos.
O
princípio é esse:
Você não
precisa ser o que não é; não precisa dar o que não tem, mas também não pode
mostrar a outros o que você não é, não pode prometer o que não pode cumprir.
O que aconteceu
àquela figueira é um alerta a cada
um de nós, porque Deus nos criou para que sejamos frutíferos como Cristo foi.
Logo no início da história de Deus com o homem, essa fertilidade para
frutificação foi determinada ao homem. Gênesis 1:28 diz: “Então
Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra...”
Gn 1:28
Frutificai
ou sede fecundos no hebraico é “Parah” uma raiz primitiva; 1) dar
fruto, ser frutífero, dar ramo, mostrar-se com frutos.
A
primeira palavra que sai da boca de Deus em direção ao homem é: FRUTIFICA!
Eu sei que muitas pessoas dizem: “Eu estou
produzindo o fruto do Espírito Santo mencionado em Gálatas 5:22 e 23, mas será
esse o fruto que Jesus quer de nós? Aliás, esse fruto não é nosso, é do
Espírito.
O próprio
texto de Gênesis 1:28 deixa claro que esse fruto são pessoas. Porque cada
espécie gera segundo a sua espécie. Deus disse que deveríamos gerar muitos
homens semelhantes a Ele e encher a Terra.
DEUS espera de nós
frutos dignos do sacrifício de Jesus, dignos do investimento que Ele fez em
nossas vidas.
Então, quando
Jesus só vê vida de aparência em nós, Ele se entristece, porque não fomos
criados para ter vida de aparência própria, fomos criados para espalhar frutos
à imagem e semelhança de Deus (Gn 1:28) pelas ruas de nosso bairro, mudar a
realidade das nossas cidades, alcançar as nações para o Senhor Jesus.
Se aquela figueira
pudesse falar, provavelmente diria: “Olhem,
eu era apenas uma figueira, mas você é uma criatura à imagem e semelhança de
DEUS. O que você está fazendo por aquele que deu a vida por você?”
Há muita gente
fazendo como a figueira de Betânia. Vamos chamá-los de “crentes-figueira”.
Duas
características do crente figueira:
1.
Eles estão cheios de folhas verdes. São atraentes e aparentemente sadios.
2.
Estão à beira
do caminho. Você pode vê-los facilmente. Estão presentes nos cultos, cantando, gesticulando,
batendo palmas, mas se você chegar perto, balançar seus galhos, não achará nada. Pois não há fruto algum em suas vidas.
Quantas chuvas de bênçãos os cobriram, quanto orvalho de graça caiu sobre eles, mas
tudo foi usado em proveito próprio, nenhum fruto produzido, nenhum serviço
oferecido, só aparência.
A figueira, na Bíblia, em sentido simbólico, na
maioria das vezes representa Israel. Israel (o estado religioso e legalista)
era uma figueira seca pois rejeitou o seu Rei e Salvador, então o Senhor Jesus
(Videira Verdadeira) começa a sua Igreja (Ramos da Videira).
Jesus quer mudar a natureza do homem de figueira
seca para ramos de videira cheia de frutos, porque a Videira Verdadeira representa
Jesus e a sua Igreja Fiel, uma Igreja comprometida com Deus. E para os ramos
frutíferos que somos nós, Ele diz:
“Não fostes vós que me
escolhestes, mas fui eu que vos escolhi, e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim
de que tudo o que em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda.” João 15:16
Os ramos da Videira Verdadeira, sorvem toda a seiva, toda a vida, todos os nutrientes que a Raiz os envia. Mas se
chega nesse ponto e para, o alimento não é transformado em fruto e ninguém
lucra com isso.
Vamos entender
melhor as palavras de Jesus:
1.
Quem escolhe (Jesus nos escolheu) Pedimos para ser
tudo, menos crentes.
2.
Quem é escolhido (nós fomos escolhidos) No meio de
milhões, você foi escolhido.
3.
A responsabilidade de quem é escolhido (dar frutos)
Reproduzir, gerar.
4.
O alcance da responsabilidade (frutos que
permaneçam) Almas que viverão eternamente.
5.
A consequência da obediência (ser bem aventurado em
todo nosso empreendimento)
Veja que mistério
lindo Jesus quer revelar aos seus discípulos. Deus tem um desejo ardente em seu
coração, e nós fomos escolhidos por Ele para satisfazê-lo. Deus tem uma mesa
posta para os seus escolhidos, todavia, nós, os seus escolhidos temos a
oportunidade de oferecer o alimento para saciar sua fome e sede. Como Jesus
viveu para satisfazer a vontade do Pai, nós também estamos vivendo para
satisfazê-lo.
João 15:16, é a
revelação de Deus para o sucesso de todo crente, pois todo o propósito de Deus
para o homem está neste verso. Porque muitos estão frustrados dentro de suas
igrejas? Estão derrotados pela infertilidade e esterilidade. Não produzem
frutos, são como a figueira a beira do caminho, tem aparência, mas o principal
não possuem frutos. Veja que Jesus diz que produzir frutos é a resposta para
todos os nossos problemas.
Jesus disse que
quando produzirmos frutos que permaneçam, seremos ouvidos e atendidos pelo Pai
em todas as nossas petições. “a fim de que tudo
o que em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda.” João 15:16
O meu desejo agora
é que você entre em crise, e o meu desafio é:
Produza um fruto
que permaneça (Alma) até o fim desse ano e veja a sua vida ser transformada!!!
Ganhe uma alma para Jesus, consolide na fé, discipule e envie. Tudo será mudado
em sua vida.
Essa
mensagem é sobre como eu posso servir ao meu SENHOR, caso ele tenha fome e
precise de mim. Muitos estão perguntando: O que eu posso oferecer a Ele? Como
posso oferecer a DEUS uma vida frutífera?
Porque no fundo o
Senhor nosso Deus tem fome e sede, e essa fome e sede é por almas. Jesus deu a
sua vida pelo homem, e quer vidas como conseqüência de sua semeadura! Muitos
crentes estão ocupados com ensaios de louvor, dança, teatro, pregação etc. Isso
tudo é muito interessante, mas se não finalizarmos esse processo gerando almas
à imagem e semelhança de Deus, isso será em vão. Se não cumprirmos a ordenança
de Gênesis 1:28 ratificada por Jesus em Mateus 28:19 estaremos com sérios
problemas. Não sou um inimigo dos departamentos, pois creio que eles são
necessários, todavia, sou discípulo de Cristo encarregado de aumentar o número
de crentes salvos, santos e vencedores nesta terra.
Novamente
quero dizer que não sou contra os ministérios e departamentos, mas precisamos
usar esses ministérios como um meio que tem por fim produzir o “fruto que
permanece”, e digo novamente esses frutos são almas.
O texto de Mateus 4:18 ao 22, nos fala de deixar os
valores afetivos e materiais para cumprir o propósito de Deus produzindo muitos
frutos.
A Bílbia diz: “eles, deixando barco e seu pai, imediatamente o seguiram.” Mt 4:22
Lembre-se: Cada um de nós dará conta de si mesmo!
Rm14:12
Chegou a hora de morrermos para nós mesmos para
sermos germinados para o fim que fomos destinados.
24
Na
verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não
morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto. 25 Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo odeia a sua
vida, guarda-la-á para a vida eterna. 26
Se alguém me serve, siga-me, e onde eu estiver, ali estará também o meu
servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará. Jo 12:24-26
Grãos vivos de trigo não frutificam. É necessário
que morram.
Em 1968 um cientista descobriu um colar
de sementes de 600 anos de idade numa sepultura indígena. Plantou uma dessas
sementes, que brotou e cresceu. Adormecida por 600 anos, o potencial de vida
ainda estava lá. Talvez você tenha sido cristão há anos, e esteve
espiritualmente adormecido a maior parte do tempo. Mas agora gostaria de ser
produtivo. Tenho boas notícias para você: Não é tarde demais. (Rick Warren, em
"Poder Para Ser Vitorioso", pg 199 - Ed Vida).
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