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Vivendo além da aparência produzindo frutos duradouros. Mc 11:12-14. Pr. Edenir Araújo - Culto de Celebração - 08/02/15

Vivendo além da aparência produzindo frutos duradouros. Mc 11:12-14

12 No dia seguinte, quando estavam saindo de Betânia, Jesus teve fome. 13 Vendo à distância uma figueira com folhas, foi ver se encontraria nela algum fruto. Aproximando-se dela, nada encontrou, a não ser folhas, porque não era tempo de figos. 14 Então lhe disse: ‘Ninguém mais coma de seu fruto’. E os seus discípulos ouviram-no dizer isso.” Mc 11:12-14

Introdução

Existem somente três registros nos Evangelhos que apresentam Jesus com fome. O primeiro foi depois dos 40 dias de jejum e oração no deserto, “Depois de jejuar por quarenta dias e quarenta noites, teve fome.” Mt 4:1. O segundo, quando ele disse aos discípulos: uma comida tenho para comer que vós não conheceis.” Jo 4:32, e o terceiro quando voltava de Betânia para Jerusalém. “No dia seguinte, quando eles estavam saindo de Betânia, Jesus teve fome.” Mc 11:12

Na primeira vez que Jesus teve fome, Ele foi servido pelos anjos (Mt 4:11). Na segunda a vontade do Pai o alimentou, pois ele mesmo disse “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir a sua obra.” Jo 4:34, podemos imaginar que banquete foi aquele. Mas aqui em Betânia, Jesus queria um lanche rápido, algo do tipo Drive thru, um breakfast, só pra forrar o estômago.

Daí, como providência divina, no seu caminho estava aquela bela figueira, e a Bíblia diz no relato de Mateus, que ela estava “à beira do caminho”. Tente imaginar que combinação extraordinária. O Mestre do Universo, o Criador de todos os seres vivos, o divino Agricultor com fome, e no caminho d’Ele, uma figueira, cheia de folhas verdinhas, promissora, bem à mão, como que dizendo: “Chegue mais perto, faça o seu pedido, pegue o que precisa, mate a sua fome.”

De repente, o inesperado acontece. Jesus se aproxima da figueira, olha de um lado, olha de outro, bate num galho aqui, noutro acolá e ai... Nada! Nada acontece, Ele não acha nada, nenhum fruto.

Jesus reage com justa e legítima indignação, e ali mesmo pronuncia o seu julgamento: “Que nunca mais ninguém coma de seu fruto!”. O mesmo relato em Mateus diz que “imediatamente a figueira secou”. Mas há um detalhe importante, o evangelista Marcos disse que: “não era tempo de figos”.

Será que Jesus se enganou? Certamente Ele não se enganou! Ora, então por que Jesus foi tão radical com aquela pobre figueira? Por que procurar figos fora de época? Será então que ele não gostava de figueiras? Também não era isso.

O problema dessa figueira não era o de não ter figos, mas dar a aparência de tê-los.

Ela atraía pessoas com uma imagem bonita, folhas verdes, parecia uma árvore saudável, mas o que era uma promessa acabou numa frustração. Todos os nutrientes extraídos da terra, deveriam terminar em frutos, mas aquela figueira se alimentava para manter sua beleza exterior, porque aquela figueira só tinha aparência e era uma figueira sem frutos Jesus a amaldiçoou.

Durante muito tempo a mídia veiculou um comercial que procurava nos convencer dizendo: “Cara de remédio, cheiro de remédio, embalagem de remédio, mas não era remédio.” Era um shampoo. “Parece, mas não é”. Esta frase ganhou vida própria e a população incorporou a expressão como forma de dizer que nem sempre o que se vê corresponde à realidade. As aparências enganam.

Infelizmente a cultura da aparência tomou conta das pessoas, e principalmente no nosso meio cristão evangélico. Vivemos numa sociedade que alimenta e idolatra a cultura da aparência, onde a imagem é tudo. Este é o nosso mundo, o MUNDO DA IMAGEM, O MUNDO DAS APARÊNCIAS. O importante é parecer ser. Muitas vezes olhamos para alguém que comprou um carro zero e logo pensamos: “O fulano tá podendo”. Entretanto, muitas vezes se formos analisar o caso mais de perto, chegaremos a conclusão de que ele tem um carro zero e atrás de tudo isso uma dívida imensa, e ele está fazendo uma força enorme para poder pagar. Mas, o que vale é a aparência, a imagem.

Saiba meu amado irmão, ter aparência e não ter um comportamento santo, não ter frutos, diante de Deus é pecado!

Paulo não viveu de aparência, ele foi uma árvore frutífera!

Veja que o apóstolo Paulo, preocupou-se em ser uma árvore frutífera quando disse:

“Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão (renúncia Mt 16:24 e serviço), para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha, de alguma maneira, a ficar reprovado (não ter fruto).” 1Co 9:27

Estamos querendo nos parecer com o Senhor, queremos ser segundo a imagem e semelhança de Deus, mas nos esquecemos que nosso comportamento fala mais de quem somos do que as palavras que saem da nossa boca.

Lembre-se de que Jesus é o verbo que se fez carne, Ele era e é a palavra, mas se manifestou de maneira prática entre nós. Foi o grão de trigo lançado na terra que depois de morrer produziu e produz muito fruto. Gerou muitos filhos para Deus. Precisamos nos seus passos, no seu encalço, também produzir muitos frutos.

Em outra de suas cartas, Paulo fala de não somente pregar um evangelho verbal, mas de produzir frutos.

“Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas, também, em poder (Dunamis), e no Espírito Santo (Fogo), e em muita certeza (fé, convicção), como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor de vós.” 1Ts 1:5

Paulo tinha o “dunamis” que significa poder explosivo e gerador. O apóstolo usou este poder para gerar muitos filhos para Deus, legitimando seu ministério pelos muitos frutos que produziu.

Uma curiosidade sobre a figueira

Uma curiosidade sobre a figueira nos permite entender porque tal árvore foi utilizada por Jesus como exemplo do que o pecado provocou em Israel e pode provocar no crente.

1.      Ela produz o seu fruto antes das folhas, ao contrário das demais árvores. Ela simbolizava, assim, a necessidade de uma espiritualidade verdadeira (os frutos), antes de uma religiosidade aparente (as folhas).
2.      Veja que a folha de figueira aparece pela primeira vez na Bíblia como uma maneira de esconder o pecado, ou de encobertar uma realidade, produzindo apenas uma aparência de concerto. (Gênesis 3)
Na carta de Judas, há várias figuras que ilustram esse comportamento. Ali, o Apóstolo fala de rochas submersas, nuvens sem água, árvores secas, Ondas de espuma, estrelas errantes, movimentos produzindo apenas aparência, sem nenhum fruto, etc.

“São nuvens sem água, impelidas pelo vento; árvores de outono, sem frutos, duas vezes mortas, arrancadas pela raiz. 13 São ondas bravias do mar, espumando seus próprios atos vergonhosos; estrelas errantes, para as quais estão reservadas para sempre as mais densas trevas.” Jd 12b-13 (NVI)

Por isso Jesus proferiu a sentença: Ninguém mais coma de seu fruto.”

A figueira enganou Jesus? Como já disse, a Ele não. Jesus sabe todas as coisas. Mas havia um princípio que Jesus queria ensinar aos seus discípulos.

O princípio é esse:

Você não precisa ser o que não é; não precisa dar o que não tem, mas também não pode mostrar a outros o que você não é, não pode prometer o que não pode cumprir.

O que aconteceu àquela figueira é um alerta a cada um de nós, porque Deus nos criou para que sejamos frutíferos como Cristo foi. Logo no início da história de Deus com o homem, essa fertilidade para frutificação foi determinada ao homem. Gênesis 1:28 diz: Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra...” Gn 1:28

Frutificai ou sede fecundos no hebraico é “Parah” uma raiz primitiva; 1) dar fruto, ser frutífero, dar ramo, mostrar-se com frutos.

A primeira palavra que sai da boca de Deus em direção ao homem é: FRUTIFICA!

Eu sei que muitas pessoas dizem: “Eu estou produzindo o fruto do Espírito Santo mencionado em Gálatas 5:22 e 23, mas será esse o fruto que Jesus quer de nós? Aliás, esse fruto não é nosso, é do Espírito.
O próprio texto de Gênesis 1:28 deixa claro que esse fruto são pessoas. Porque cada espécie gera segundo a sua espécie. Deus disse que deveríamos gerar muitos homens semelhantes a Ele e encher a Terra.

DEUS espera de nós frutos dignos do sacrifício de Jesus, dignos do investimento que Ele fez em nossas vidas.

Então, quando Jesus só vê vida de aparência em nós, Ele se entristece, porque não fomos criados para ter vida de aparência própria, fomos criados para espalhar frutos à imagem e semelhança de Deus (Gn 1:28) pelas ruas de nosso bairro, mudar a realidade das nossas cidades, alcançar as nações para o Senhor Jesus.

Se aquela figueira pudesse falar, provavelmente diria: “Olhem, eu era apenas uma figueira, mas você é uma criatura à imagem e semelhança de DEUS. O que você está fazendo por aquele que deu a vida por você?”

Há muita gente fazendo como a figueira de Betânia. Vamos chamá-los de “crentes-figueira”.

Duas características do crente figueira:

1.      Eles estão cheios de folhas verdes. São atraentes e aparentemente sadios.

2.      Estão à beira do caminho. Você pode vê-los facilmente. Estão presentes nos cultos, cantando, gesticulando, batendo palmas, mas se você chegar perto, balançar seus galhos, não achará nada. Pois não há fruto algum em suas vidas.

Quantas chuvas de bênçãos os cobriram, quanto orvalho de graça caiu sobre eles, mas tudo foi usado em proveito próprio, nenhum fruto produzido, nenhum serviço oferecido, só aparência.

A figueira, na Bíblia, em sentido simbólico, na maioria das vezes representa Israel. Israel (o estado religioso e legalista) era uma figueira seca pois rejeitou o seu Rei e Salvador, então o Senhor Jesus (Videira Verdadeira) começa a sua Igreja (Ramos da Videira).

Jesus quer mudar a natureza do homem de figueira seca para ramos de videira cheia de frutos, porque a Videira Verdadeira representa Jesus e a sua Igreja Fiel, uma Igreja comprometida com Deus. E para os ramos frutíferos que somos nós, Ele diz:

“Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi, e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo o que em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda.” João 15:16

Os ramos da Videira Verdadeira, sorvem toda a seiva, toda a vida, todos os nutrientes que a Raiz os envia. Mas se chega nesse ponto e para, o alimento não é transformado em fruto e ninguém lucra com isso.

Vamos entender melhor as palavras de Jesus:

1.      Quem escolhe (Jesus nos escolheu) Pedimos para ser tudo, menos crentes. 
2.      Quem é escolhido (nós fomos escolhidos) No meio de milhões, você foi escolhido.
3.      A responsabilidade de quem é escolhido (dar frutos) Reproduzir, gerar.
4.      O alcance da responsabilidade (frutos que permaneçam) Almas que viverão eternamente.
5.      A consequência da obediência (ser bem aventurado em todo nosso empreendimento)

Veja que mistério lindo Jesus quer revelar aos seus discípulos. Deus tem um desejo ardente em seu coração, e nós fomos escolhidos por Ele para satisfazê-lo. Deus tem uma mesa posta para os seus escolhidos, todavia, nós, os seus escolhidos temos a oportunidade de oferecer o alimento para saciar sua fome e sede. Como Jesus viveu para satisfazer a vontade do Pai, nós também estamos vivendo para satisfazê-lo.

João 15:16, é a revelação de Deus para o sucesso de todo crente, pois todo o propósito de Deus para o homem está neste verso. Porque muitos estão frustrados dentro de suas igrejas? Estão derrotados pela infertilidade e esterilidade. Não produzem frutos, são como a figueira a beira do caminho, tem aparência, mas o principal não possuem frutos. Veja que Jesus diz que produzir frutos é a resposta para todos os nossos problemas.

Jesus disse que quando produzirmos frutos que permaneçam, seremos ouvidos e atendidos pelo Pai em todas as nossas petições. “a fim de que tudo o que em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda.” João 15:16

O meu desejo agora é que você entre em crise, e o meu desafio é:
 
Produza um fruto que permaneça (Alma) até o fim desse ano e veja a sua vida ser transformada!!! Ganhe uma alma para Jesus, consolide na fé, discipule e envie. Tudo será mudado em sua vida.

Essa mensagem é sobre como eu posso servir ao meu SENHOR, caso ele tenha fome e precise de mim. Muitos estão perguntando: O que eu posso oferecer a Ele? Como posso oferecer a DEUS uma vida frutífera?

Porque no fundo o Senhor nosso Deus tem fome e sede, e essa fome e sede é por almas. Jesus deu a sua vida pelo homem, e quer vidas como conseqüência de sua semeadura! Muitos crentes estão ocupados com ensaios de louvor, dança, teatro, pregação etc. Isso tudo é muito interessante, mas se não finalizarmos esse processo gerando almas à imagem e semelhança de Deus, isso será em vão. Se não cumprirmos a ordenança de Gênesis 1:28 ratificada por Jesus em Mateus 28:19 estaremos com sérios problemas. Não sou um inimigo dos departamentos, pois creio que eles são necessários, todavia, sou discípulo de Cristo encarregado de aumentar o número de crentes salvos, santos e vencedores nesta terra.

Novamente quero dizer que não sou contra os ministérios e departamentos, mas precisamos usar esses ministérios como um meio que tem por fim produzir o “fruto que permanece”, e digo novamente esses frutos são almas.


O texto de Mateus 4:18 ao 22, nos fala de deixar os valores afetivos e materiais para cumprir o propósito de Deus produzindo muitos frutos.

A Bílbia diz: “eles, deixando barco e seu pai, imediatamente o seguiram.” Mt 4:22

Lembre-se: Cada um de nós dará conta de si mesmo! Rm14:12

Chegou a hora de morrermos para nós mesmos para sermos germinados para o fim que fomos destinados.

24 Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto. 25 Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo odeia a sua vida, guarda-la-á para a vida eterna. 26 Se alguém me serve, siga-me, e onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará. Jo 12:24-26


Grãos vivos de trigo não frutificam. É necessário que morram.


Em 1968 um cientista descobriu um colar de sementes de 600 anos de idade numa sepultura indígena. Plantou uma dessas sementes, que brotou e cresceu. Adormecida por 600 anos, o potencial de vida ainda estava lá. Talvez você tenha sido cristão há anos, e esteve espiritualmente adormecido a maior parte do tempo. Mas agora gostaria de ser produtivo. Tenho boas notícias para você: Não é tarde demais. (Rick Warren, em "Poder Para Ser Vitorioso", pg 199 - Ed Vida).

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