20180509

Série de Mensagens "Uns aos outros" - Parte 2 - Pr. Edenir Araújo - Culto de Celebração - 29/04/18


Amem uns aos outros. Jo 13:34

“34 Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. 35 Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.” Jo 13:34-35



Diante da importância dada pelo Novo Testamento aos mandamentos da mutualidade, concluímos que...
A VIDA CRISTÃ SÓ PODE SER EXPERIMENTADA NA PRÁTICA QUANDO SERVIRMOS A DEUS E AO PRÓXIMO. É aqui que entram os mandamentos da mutualidade. É exatamente Por essa razão que a expressão uns aos outros pode ser vista quase 50 vezes no Novo Testamento.
Por essa razão precisamos falar sobre os mandamentos da mutualidade.
O que Jesus espera do relacionamento entre seus seguidores? Como podemos superar as dificuldades de convivência entre nós, a ponto de sermos uma igreja saudável e testemunha eficaz de Cristo no mundo? Como manifestar os milagres de Deus em nós e alcançarmos mais vidas para Jesus? O que devemos fazer para sermos reconhecidos e chamados de discípulos?
A resposta para estas perguntas está na prática dos mandamentos da mutualidade.
O nosso desejo é que o Pai nos transforme pela sua palavra e cure os nossos relacionamentos. Durante essas próximas semanas continuaremos examinando os mandamentos da mutualidade cristã. Estes estão espalhados por todo o Novo Testamento e podem ser identificados pela expressão “uns aos outros”.
ENTENDA O MANDAMENTO
A expressão “uns aos outros”, no grego é allelon, e como já mencionamos, aparece mais de 50 vezes no Novo Testamento. Essa expressão merece máxima atenção, pois está sempre ligada ao que chamamos de mandamentos recíprocos. Mandamentos recíprocos ou mandamentos da mutualidade são mandamentos de troca. Eu dou amor e recebo amor. Eu recebo respeito e dou respeito. Eu dou atenção e assim recebo atenção.
Curiosamente, estes muitos mandamentos podem ser resumidos em um somente: Amai-vos uns aos outros.O amor vem primeiro porque Deus é amor. O amor é o carro chefe que trás a manifestação dos outros dons e sinais de Deus. A importância do amor, pode ser notada na lista de manifestações do fruto do Espírito Santo em Gálatas 5:22-23. No texto, o amor é o carro chefe, é a porta que se abre para a prática da "...alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio." Gl 5:22-23
“22 Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, 23 mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.” Gl 5:22-23
O amor tudo suporta
“1 Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. 2 Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. 3 E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará. 4 O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, 5 não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; 6 não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; 7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 8 O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará; 9 porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. 10 Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado. 11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino. 12 Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido. 13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.” 1Co13:1-13
O amor tudo suporta!
Desde o primeiro dia da nossa nova vida em Cristo, foi o amor de Deus, o causador do nosso novo nascimento e conversão. É esse amor que nos tem ensinado e capacitado a viver a vida cristã. Este imenso e infinito amor nos tem sustentado e impulsionado a continuar a carreira que nos foi proposta. Certamente nenhum outro assunto é tão falado na Bíblia quanto o amor. A disposição de Deus é de sempre amar o homem, e Ele espera que nós tenhamos a mesma disposição para com Ele e o nosso próximo. Por isso o primeiro mandamento da mutualidade é “amai-vos uns aos outros”.
No exercício dos mandamentos da mutualidade, o amor de Deus precisa ser o start para a construção de vínculos de amizade, companheirismo e irmandade. Estabelecer e fortalecer de maneira duradoura a alegria, prazer e unidade nos relacionamentos, só será possível a partir da decisão de amar incondicionalmente. Essa decisão nos fará viver melhor e com mais qualidade.
A necessidade maior do mundo, atualmente, é amar e ser amado. O que realmente precisamos hoje é experimentarmos diariamente o amor de Deus nos nossos relacionamentos. A decisão diária de amar é indispensável à sobrevivência, pois como já disse, as duas maiores necessidades relacionais do ser humano é amar e ser amado. Sem essa atitude interior, perdemos nossas vitalidades emocional e física. Quando pautamos o nosso viver no amor de Deus, sentimos um profundo bem-estar que nos afeta física, mental, social e espiritualmente. A carência afetiva como consequência da falta do amor de Deus, leva muita gente ao divórcio, aos hospitais psiquiátricos e até ao suicídio. A vida cristã autêntica é sustentada pelo amor de Deus, e se ele faltar, nos faltará tudo, pois não haverá sustentação para os relacionamentos. Quando o apóstolo Paulo escrevendo aos Coríntios diz que "O amor tudo suporta" (1Co 13), ele está dizendo que o amor é o suporte que no entendimento literal da palavra, sustenta todos os relacionamentos que desenvolvemos nas mais diversas áreas de convivência.
O alvo de todo cristão deve ser amar a Deus e ao próximo sem limites, acima das nossas razões deve estar o amor. Todavia, para amar sem limites, precisamos nos aproximar cada vez mais de Deus, seguir de perto os seus passos, sentir de verdade o seu coração, porque Ele é a única fonte do amor incondicional. A própria Escritura define a pessoa maravilhosa do Senhor dizendo “Deus é amor” (1 João 4:8). Essa frase relativamente pequena em quantidade de palavras tem um grandioso e poderoso significado. Os mais conhecidos e respeitados pregadores da Palavra de Deus pelo mundo afora concordam que o “Amor de Deus”, é o principal tema de sermões nas mais diferentes abordagens sobre a Palavra de Deus. Frases como "Jesus te ama" ou "Deus é amor", são as expressões mais usadas e compartilhadas em todo o mundo em aconselhamentos e evangelismos. Isso é maravilhoso! Uma das maiores e mais nobres mensagens que podemos anunciar ao mundo é esta: Deus ama os pecadores incondicionalmente!
Os dois versículos mais difundidos das Escrituras
Os dois versículos mais difundidos das Escrituras Sagradas são João 3:16 e 1Jo 4:8. Por amor a nós pecadores, Jesus deixou o céu para morrer por nós. Nunca haverá uma demonstração de amor maior do que esta. Ele é a fonte de todo amor verdadeiro. Ele “tanto amou o mundo que deu o seu Filho” em sacrifício para salvar a humanidade (1João 4:8; João 3:16).
O amor deve sempre se manifestar primeiro, deve ser o motivo das nossas intenções e ações. Após a manifestação do amor de Deus em nós, contemplaremos uma enxurrada de coisas boas invadindo nossas famílias, amigos, vizinhos etc. Só quem aprendeu a amar sem limites de maneira incondicional sabe o que é sufocar o ego para relacionar melhor com Deus e o próximo. Todos os problemas de ordem relacional sem exceção começam quando o amor dá lugar ao ego.
Costumamos perguntar aos casais que em crise nos procuram: "Qual é o contrário do amor?" A resposta que ouvimos frequentemente é: "O ódio". Definitivamente o ódio não é o que contraria o amor. O que se opõe ao amor é o ego. O ego é o principal fator de impedimento para os mandamentos da mutualidade serem experimentados de maneira plena. A pessoa egoísta sempre vai resistir à prática do amor verdadeiro. O sentimento egoísta sempre quer atrair a atenção para sí, enquanto que o amor segue o caminho oposto. Veja que quando alguém se dispõe a amar, precisa também se dispor a oferecer (João 3:16).
Quem ama verdadeiramente não quer atrair a atenção para si mesmo. O egoísta geralmente quer ser o centro das atenções, quer que tudo e todos orbitem em volta de seu umbigo. Lembro-me de uma tirinha do Garfield em que depois de muito tempo falando sobre si mesmo, ele disse a pessoa com quem conversava: “Estou cansado de falar sobre mim; agora você fala sobre mim.” Geralmente as pessoas egoístas são assim, pensam exclusivamente nelas mesmas. Pessoas assim terminam sozinhas, sem razão para viver e com uma profunda angústia.
O amor de Deus deve ser a nossa base
O amor está fincado como uma base que não se remove, um fundamento impossível de ser arrancado. Se o que fazemos está lançado sobre ele, certamente não seremos frustrados e permaneceremos vencendo como Jesus venceu. A força do amor pode ser notada também nas palavras escritas aos Romanos 8:38-39: “Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.”
Em João 13 34-35, o Senhor mesmo disse: "Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros." João 13:34-35.
Foi só isso que o Senhor nos pediu neste novo mandamento, amai-vos uns aos outros. Não pode existir outra maneira de se identificar uma igreja cristã a não ser pelo amor a Deus e ao próximo. Esta Igreja não se divide, não prega a desunião entre quem quer que seja e nem explora ninguém. Infelizmente sabemos o quanto ela é assim desconhecida, porque a maioria das pessoas que se diz cristã, esta cega por outras doutrinas, não enxerga a igreja (2 Cor 4:4) (Isa 6:9 até 10). O princípio do cristianismo é: "Amar a Deus sobre todas as coisas, e amar ao teu próximo como a ti mesmo". Fora disso, qualquer adoração a Deus é vã (João 15:l2).
Deus, como Pai, sente-se feliz em ver a união dos seus filhos, muito mais do que pela simples adoração que se presta a Ele. Aliás, a melhor forma de venerá-lo, é amando ao seu semelhante. O verdadeiro cristão é, antes de tudo, um amigo, um irmão, um ser generoso, sincero, humilde e solidário, pronto a perdoar e a auxiliar ao outro em qualquer circunstância. O amor ao seu semelhante está acima de tudo, até mesmo da sua crença. Afinal, seremos julgados não pela fé que professamos, mas pelo amor que praticamos ou deixamos de praticar. Essa é a mensagem bíblica. No grande Dia do Julgamento o Senhor não nos perguntará qual é a nossa fé, a nossa crença. Não deverá nem mesmo indagar se acreditávamos n'Ele. Os olhos divinos estarão sobre o nosso coração, para provar se de fato nossa existência seguiu a Jesus amando a Deus e ao próximo de maneira incondicional. Para o nosso Deus, o homem simples, generoso e solidário, este é o único digno da herança divina (Mt 25:31-40; Gl 6:12).
Quem vai entrar no reino dos céus?
Declarou Jesus em Mateus 7:21: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus." Mateus 7:21. O passaporte para entrar no Reino é fazer a vontade do Pai, e qual é essa vontade? Setecentos anos antes de Jesus nascer o profeta Isaias nos deu um vislumbre de como se deve fazer a vontade de Deus. "Porventura, não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desabrigados, e, se vires o nu, o cubras, e não te escondas do teu semelhante?" Isaías 58:7. Fica claro que a vontade de Deus é que sejamos servos, solícitos uns para com os outros, principalmente com os mais necessitados. Esse espírito de servo só se manifestará depois que este homem for impreguinado do amor de Deus.
No dia em que haveremos de dar contas ao Senhor muitos também dirão: "... Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? 23 Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade." Mt 7:22-23.
Parece-me que Jesus está dizendo: "Vocês fizeram muitas coisas em meu nome, mas em tudo o que vocês fizeram eu não vi o amor em vocês".
O apóstolo João também observou: "Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão." 1Jo 4:20-21. E o próprio Cristo declarou que se conhecerá os seus seguidores por aqueles que se amarem mutuamente (João 13:34). Até o precursor de Jesus Cristo, João Batista já mostrava que o único caminho para o Reino, era o amor. Dizia ele ao povo: "8 Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. 9 E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. 10 Então, as multidões o interrogavam, dizendo: Que havemos, pois, de fazer? Respondeu-lhes: Quem tiver duas túnicas, reparta com quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo." Lucas 3:8-11
Repartir a túnica e dar de comer aos necessitados só pode acontecer por uma atitude de amor. Portanto, podemos parafrasear Tiago 1:27, dizendo que a religião cristã pura e verdadeira é a que pratica e ensina o amor com o seu próprio exemplo, e não simplesmente apenas apontando para o exemplo de Cristo. Esse papo carnal de alguns irmãos que dizem: "Olhe para Jesus, não olhe para mim", é ilegítimo e luciferiano. As pessoas só podem contemplar Jesus e o seu agir através de homens. O amor de Deus só pode ser manifesto através de homens. Essa é a principal razão porque devemos ser generosos, solidários, sabendo repartir com o outro, esses são os sacrifícios que verdadeiramente agradam a Deus e manifestam o seu amor (Hb 13:16).
O amor como um fator terapêutico
Está comprovado que as pessoas que mais expressam amor são mais saudáveis física e espiritualmente. Menos resfriados, melhor controle do estresse e pressão sanguínea mais baixa são apenas alguns poucos benefícios para aqueles que amam sem limites. Muitos doutores em medicina dizem que boa parte das doenças psicossomáticas são decorrentes de sentimentos negativos entulhados nos corações de pessoas amarguradas. Sigmund Freud, médico e professor, que abriu as portas para a era da psicoterapia, disse: "Você precisa amar para não adoecer”. Outro médico chamado McMillen, afirmou que “ao Jesus dizer que devemos perdoar até setenta vezes sete, estava pensando não só em nossas almas, mas em salvar nossos corpos da síndrome de colite, da doença das coronárias, da hipertensão arterial e de muitas outras enfermidades”.
A decisão de amar para os crentes, antes de ser uma atitude espiritual é definitivamente racional e inteligente. Pesquisas constataram que quando recebemos o afeto de uma pessoa próxima, há uma liberação de endorfina, substância capaz de relaxar a parede das veias e artérias. Dessa forma, a pressão arterial fica equilibrada, além de o sangue fluir com mais facilidade. Estudiosos do comportamento humano, psiquiatras e psicólogos têm chegado à conclusão, à luz de experiências vivenciadas, que além de ser uma necessidade básica, o amor é um dos mais eficazes processos terapêuticos. O Dr James Colleman, no seu livro "A Psicologia do Anormal e a Vida Contemporânea", assim escreve: "É estranho notar que pouco se sabe a respeito de um dos mais poderosos fatores terapêuticos - o Amor".
Amor e saúde estão entrelaçados de maneira surpreendente. Os homens são feitos para conectarem-se uns aos outros, e quando bons relacionamentos são cultivados (não apenas no campo amoroso sentimental), as recompensas são imensas. Deixe-me frisar que não estou me referindo a paixão de um novo relacionamento emocional ou sentimental. Na verdade a respeito da paixão não existe nenhuma evidência de que o intenso e apaixonado estágio de um novo romance é benéfico a saúde. "Pessoas que se apaixonam dizem que se sentem maravilhosas e agoniadas ao mesmo tempo” diz Harry Reis, PhD, co-editor da Enciclopédia dos Relacionamentos Humanos. Ou seja, todo esse sobe e desce pode ser um ponto de partida do estresse. Já o amor cultivado nos relacionamentos duradouros trazem segurança, calma e estabilidade.
Existem muitas evidências de que pessoas que estão em relacionamentos longos, satisfatórios e principalmente saudáveis se dão melhor em toda variedade de exames médicos. A maior parte das pesquisas nessa área se concentra no relacionamento conjugal, mas acredita-se que muitos desses benefícios se estendem a outras relações próximas, como amigos ou parentes e principalmente nos relacionamentos entre cristãos. As pessoas precisam se sentir conectadas com outras, como parte de um grupo, além de respeitada e valorizada.
A seguir alistei alguns benefícios que a prática do amor traz a saúde segundo pesquisas com casais e que acredito ter resultados parecidos nas outras áreas de relacionamento entre pessoas.
·         Menos visitas médicas
·         Menos depressão
·         Menos uso de substâncias tóxicas
·         Pressão sanguínea mais baixa
·         Menos ansiedade
·         Controle natural da dor
·         Melhor controle do estresse
·         Menos resfriados
·         Cicatrização mais rápida
·         Vida mais longa

O contra ponto disso é que quando não cultivamos o amor, alimentamos ressentimentos que além de nos fazer inimigos do nosso próximo, nos fará adoecer fisicamente. Pesquisas recentes constataram que boa parte dos doentes com câncer, também temalgum problema de amargura ou rancor no coração.
Alimentar a íra adoece e pode conduzir pessoas até mesmo a agressões e em casos extremos até a prática de crimes contra o próximo. Certamente o que não se divulga é, que geralmente, o maior dano se observa na própria pessoa, que como já mencionei se torna candidato a desenvolver patologias diversas. A mágoa, rancor ou amargura são ingredientes de um veneno que nós mesmos tomamos e esperamos que o outro morra.
O estado emocional de uma pessoa ressentida pode ser considerado um gatilho prestes a disparar agressões de maneira exagerada. Qualquer motivo insignificante pode ser uma fagulha que detonará discussões e brigas sem fim. Pessoas são transformadas nos momentos de íra. Uma mudança profunda radical da fisionomia e expressões físicas, poderão ser facilmente notadas em pessoas desprovidas de equilíbrio emocional.
Na prática de exercícios para o condicionamento físico, deve-se ter diligência e disciplina para se ter um corpo saudável. Exercícios físicos praticados com regularidade condicionarão nosso corpo e trarão mais vitalidade. Da mesma forma, amar pode ser considerado um exercício e o seu desenvolvimento deve ser progressivo. Quanto mais dispostos estivermos para amar a Deus e os outros, mais seremos amados. O conhecido efeito bumerangue que nada mais é do que a lei da semeadura e colheita fará você colher amor enquanto permanecer semeando amor.
Não se preocupe em reter amor, pois quando o mesmo é compartilhado nunca será diminuído. Pódemos dividí-lo infinitamente e ainda assim não diminuir. O amor é o único tesouro que se multiplica e cresce espantosamente por divisão. É o único dom que aumenta enquanto você o reparte. Lembro-me de ter lido isso em algum lugar: "Doe amor; jogue-o fora; esparrame-o; esvazie seus bolsos; sacuda o cesto, vire o copo para baixo, e amanhã você terá mais do que nunca." Isso é tremendo!!!
A semente do amor que está dentro de nós pelo Espírito Santo deve ser semeada nos nossos relacionamentos. Quando a semente germinar, a plantinha precisará ser cultivada e nutrida para que não morra. Com fé e perseverança amaremos mais e melhor. Assim todos os nossos relacionamentos serão transformados.
A base dos relacionamentos saudáveis deve ser fortalecida por uma decisão racional de amar, custe o que custar. Mesmo após termos decidido amar sem limites, surgirão momentos de insatisfação emocional, dúvidas e até mesmo um sentimento de desistência. “Será que vale a pena insistir em determinada pessoa?”, é o que alguns perguntam quando se frustram nos relacionamentos. É a partir daí que devemos decidir e escolher amar novamente. Mesmo que aparentemente o sentimento tenha se esvaído, não devemos achar que não podemos amar novamente. Essa é uma questão de decisão, e é simples assim. O justo vive pela fé e não por sentimentos. Quando decidimos amar o sentimento acompanhará a nossa decisão.
Nosso alvo é ser como Jesus, e para isso, devemos pedir a Deus que nos ensine a amar. Me lembro que em uma manhã, enquanto fazia minha leitura bíblica, me deparei com um texto que saltou das páginas direto para o meu coração. Em Lucas 23 li que Jesus intercedeu pelos seus ofensores dizendo: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem." Lucas 23:34a. Não consegui entender a palavra "perdoa-lhes", achei que seria correto Jesus orar dizendo: "Eu perdoo vocês". Afinal de contas, Jesus estava sendo agredido e injustiçado, portando, ele deveria perdoar. Mas depois de meditar sobre isso, entendi que quando Jesus ora dizendo perdoa-lhes, ele estava nos dizendo que em seu coração não havia lugar para a mágoa, tristeza e amargura. Devemos guardar nossos corações de sentimentos errados. Quando o amor enche o coração, não deixa nele lugar para mais nada. Nem para o ódio, nem para o rancor, nem para o orgulho. Esse é o modelo a ser seguido.
De fato, nesta série de lições, veremos diversas maneiras práticas de obedecer a essa ordem de Jesus. Então, não querendo antecipar o conteúdo das próximas palavras, vamos, neste momento, ater-nos apenas ao significado do amor mútuo dos cristãos. Com a Bíblia aberta em João 13:34-35 e olhando as palavras do Mestre, vejamos alguns aspectos desse seu ensino.
“34 Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. 35 Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.” Jo 13:34-35
Para começar, estudaremos a mais profunda e desafiadora das responsabilidades mútuas dos crentes em Cristo: Amem uns aos outros.
1º Aspecto - A ordem de amar uns aos outros
Foi com Jesus, na forma humana, que o amor começou a ser ensinado de modo mais claro e intenso do que em qualquer outro momento da história dos homens. Não podia ser de outro jeito, visto que ele era a prova viva do amor do Pai pela humanidade. (Deus amou e deu Seu Filho). Ele não apenas teorizava sobre o amor, mas expressava-o por palavras, gestos e atitudes. De acordo com os evangelhos, Jesus era o amor em pessoa. Como diz Clark: “Por onde passava, deixava no ar o perfume do amor”.
Observe como começa João 13
O texto informa que, lá no cenáculo, antes de lavar os pés dos discípulos, sabendo Jesus que havia chegado o tempo em que deixaria este mundo e iria para o Pai, “tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. Jo 13:1.
Veja que o amor está no início (Deus amou o mundo...) e permanece até o fim. Paulo disse que tudo vai passar menos o amor (1Co 13).
A expressão “amou-os até o fim”, no texto grego, significa, literalmente, que Jesus amou-os até o limite de sua capacidade de amar. Mas como pode haver limites em quem é infinito? Na realidade, o texto quer dizer que Jesus os amou até as últimas consequências. Amou-os intensamente e com toda força. Então, imagine o tamanho deste amor! E foi para esses homens que ele ordenou que amassem uns aos outros. Não com um amor humano qualquer, mas com o amor com que ele os amou. Assim que Judas se ausentou para traí-lo, sabendo que a cruz estava cada vez mais próxima, o Senhor, na intimidade com os discípulos, declarou: “Eu lhes dou este novo mandamento: amem uns aos outros (Jo 13:34a)”. Ali, no Cenáculo, só havia tempo para as lições urgentes, e Jesus decidiu ensinar-lhes sobre o mandamento do amor. Tal ensino era tão imprescindível que, só nesta conversa com os discípulos, o mesmo mandamento foi repetido cinco vezes (Jo 13:34-35, 15:12,17). Uma vez que Deus é amor, a lição mais importante que ele quer que aprendamos na terra é como amar. Na Bíblia, há três verbos gregos para referir-se ao amor: agapao, phileo, eros. Mas, sem dúvida, o preferido do Espírito Santo para designar a prática do autêntico amor cristão é verbo agapao. É este que Jesus usa em João 13:34. Este amor não é apenas um sentimento ou uma emoção, mas, acima de tudo, uma decisão interior, uma atitude. É a escolha de agir em favor do outro, sem exigir nada antes e nem requerer nada depois. É uma ação consciente, criativa, incondicional e sincera de se aproximar de alguém com o objetivo de ajudá-lo. Amar é o ato altruísta de respeitar e de se importar com o outro, querendo o seu bem e não o seu mal (1Co 13:8-10).
O mandamento amem uns aos outros é uma ordem. Amai-vos está no imperativo, não é opcional.
2º Aspecto - O modo de amar uns aos outros:
O amor, por si só, é de difícil definição. Todavia, em Cristo, ele se torna ainda mais profundo e complexo. Veja que curioso: ao se referir ao amor mútuo dos cristãos, Jesus chama-o de “novo mandamento” (Jo 13:34). Mas, se pensarmos bem, veremos que, em certo sentido, o mandamento do amor não era novo, pois os dez mandamentos ensinavam o amor a Deus e ao próximo. Paulo, por exemplo, explica que estes mandamentos: “Não adulterarás”, “não matarás”, “não furtarás”, “não cobiçarás”, e qualquer outro mandamento, todos se resumem neste preceito: “Ame o seu próximo como a si mesmo” (Rm 13:9). Depois, com toda persuasão, o apóstolo conclui dizendo: O amor é o cumprimento da lei (Rm 13:10b). Assim sendo, qual é a novidade, neste mandamento?
O que há de completamente inédito é a maneira com que este amor foi demonstrado a nós por Cristo, na cruz, tornando-se o modelo para nos amarmos mutuamente. Por isso, está escrito: “Assim como eu os amei, amem também uns aos outros”. (Jo 13:34b – RA). O modo de amar uns aos outros está estabelecido: Jesus Cristo é o padrão! Piper afirma: “A novidade é que o antigo mandamento de amar nunca havia sido exemplificado de forma tão perfeita quanto pelo Filho de Deus”. De fato, antes de Jesus, nenhuma outra pessoa foi capaz de falar com tanta autoridade: “Amem como eu amei”, ou: “Eu dei o exemplo; agora, façam o mesmo”. O apóstolo João foi, entre os doze, o que melhor entendeu essa verdade; por isso, escreveu em uma de suas cartas: “Esta é a mensagem que vocês ouviram desde o princípio: que nos amemos uns aos outros”. (1 Jo 3:11).
Após esclarecer o que não é o amor cristão, João explica o verdadeiro significado desse amor: “Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos.” (1 Jo 3:16). Sabemos que o amor mostrado por Jesus é incondicional, constante e autossacrificial (cf. Rm 5:8; Jo 13:1; 2 Co 5:14). É dessa maneira que amamos verdadeiramente.
3º Aspecto - O efeito de amar uns aos outros
O texto de João 13:34-35 mostra-nos que é exigido do cristão um grau altíssimo de amor. Quem ama como Jesus amou, compadece-se, sofre com a dor do outro, e, ainda mais, abre mão de seu próprio bem-estar para ajudar o semelhante; é também capaz de dar vida pelo irmão. No exemplo de Jesus, aprendemos que o amor cristão não deve ser exercido apenas sobre aqueles pelos quais se descobre alguma afinidade.
Ele nos ensinou, inclusive, a amar os nossos inimigos (Mt 5:43-44), ou seja, procurar o seu bem e não o seu mal (cf. Rm 13:10; 15:2). Contudo, o amor cristão deve ser ainda mais intenso no meio da família de Deus. Está escrito na Bíblia: “Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé.” (Gl 6:10 – NVI).
O desejo do Senhor da igreja é que esse amor profundo, ardente, sacrificial e recíproco seja a marca registrada do relacionamento entre irmãos. Por isso, ele revelou: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros. Jo 13:35
Efeitos
Quando o mandamento do amor mútuo é obedecido pelos cristãos, dois efeitos são logo percebidos.
1. O primeiro ocorre nas pessoas, dentro da igreja: elas se tornam mais parecidas com Jesus, pois passam a viver o verdadeiro discipulado e a experimentar o cristianismo autêntico.
2. O segundo efeito ocorre nas pessoas de fora da igreja: elas passam a olhar para igreja com bons olhos, pois começam a ver Cristo nos cristãos.
O amor de uns pelos outros é a prova irrefutável de que pertencemos a Jesus. Essa verdade pôde ser constatada na igreja primitiva. Lá, o convívio entre os irmãos era tão bonito que a cidade inteira tinha simpatia por eles (At 2:47 - BV). Além disso, Tertuliano, um dos pais da igreja, que viveu cerca de um século, após a morte dos apóstolos, relatou, num de seus escritos, o que, em sua época, os pagãos falavam a respeito dos cristãos: “Vejam como eles se amam! (...). Vejam, estão dispostos até mesmo a morrer uns pelos outros!”. Que belo exemplo dos primeiros crentes.
Um dos sinais do fim dos tempos é o esfriamento do amor entre os cristãos
“12 E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos. 13 Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo.” Mt 24:12-13
Que, hoje, ouçamos as mesmas palavras dos não-cristãos e sejamos testemunhas eficazes de Cristo no mundo. Diante de tudo que foi dito até agora, neste estudo, cabe-nos reconhecer que não é nada fácil praticarmos esse amor recíproco. Não é algo natural aos humanos decaídos. Ao contrário, a Bíblia diz que esse amor é divino:

“7 Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. 8 Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. 9 Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. 10 Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. 11 Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros. 12 Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado. 13 Nisto conhecemos que permanecemos nele, e ele, em nós: em que nos deu do seu Espírito. 14 E nós temos visto e testemunhamos que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. 15 Aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele, em Deus. 16 E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele. 17 Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo. 18 No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor. 19 Nós amamos porque ele nos amou primeiro. 20 Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. 21 Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão.” 1Jo 4:7-21
Depois de ouvir tudo isso, alguns devem estar pensando... “Eu jamais vou conseguir amar como Cristo amou, afinal de contas Ele é Deus... Eu não tenho forças para isso...”.
Queridos, é por isso que, logo após ter dado o “novo mandamento” de amar uns aos outros em João 13 ele nos prometeu o Consolador em João 14 (Jo 14:15-26). É o Espírito Santo que nos capacita a nos amarmos mutuamente.

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