“34 Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. 35 Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se
tiverdes amor uns aos outros.” Jo 13:34-35
Durante quase dois
meses nós estamos falando sobre os mandamentos da mutualidade, os mandamentos
da reciprocidade, os mandamentos uns aos outros. Estamos dando muita ênfase
nesse assunto porque Jesus, e os escritores do Novo Testamento trataram de
maneira exaustiva sobre a importância da mutualidade cristã.
Mas afinal de contas, o
que é mutualidade cristã?
Mutualidade é a
relação de uns aos outros. São os mandamentos da mutualidade como regra de vida
relacional horizontal. “Mutualidade cristã é Deus sendo amado no meu próximo.”
Caio Fábio
Comunhão e mutualidade
Na semana passada nós
falamos sobre a importância da comunhão na igreja. Sl 133. Aprendemos que não
pode haver comunhão legítima sem mutualidade. Eu não sei dizer se comunhão
produz mutualidade ou mutualidade produz comunhão. O que sei dizer é que a
relação entre comunhão e mutualidade é uma relação de causa e efeito. Onde
existe a comunhão, existe mutualidade; onde existe mutualidade a comunhão é evidenciada,
existe mover uns aos outros. A comunhão só pode ser manifestada por meio da
mutualidade.
Uma igreja,
congregação, comunidade ou grupo de relacionamento que não está manifestando a
mutualidade ou reciprocidade, precisa examinar a si mesma, para verificar se
ela está ou não, em íntima comunhão com o Senhor Jesus. A mutualidade constitui
um aspecto tão importante na vida da igreja, que ela não deve ser deixada ao
acaso.
Como e quando poderemos
alcançar esse nível de mutualidade, de amor uns aos outros? A resposta é que
isso não será fácil.
Primeiro, por que
Jesus ensinou que a mutualidade é uma questão de renúncia. Mateus 16:24. Em
segundo lugar, por que esse processo é paulatino e custoso. Por ser uma questão
relacional, isso vai requerer disposição para o aprendizado. Necessitaremos de
muita perseverança para formar o hábito do amor uns aos outros como Cristo nos amou.
“A
mutualidade não é uma erva que cresce rápido, mas um carvalho que cresce
devagar, e cresce principalmente por conta dos ventos fortes e contrários.”
Edenir Araujo
Alguns irmãos estão tendo
dificuldades para viver os mandamentos da mutualidade.
É justamente por
conta dessa dificuldade, que alguns irmãos depois de me ouvirem pregando e
ensinando sobre os mandamentos da mutualidade por quase dois meses, estão
dizendo: “Eu não consigo dar conta de praticar os mandamentos da mutualidade.
Eu jamais vou conseguir amar como Cristo amou, afinal de contas Ele é Deus. Eu
não tenho forças para isso...”. Quanto a isso, eu preciso dizer que nós não
conseguiremos por nós mesmos viver os mandamentos da mutualidade, e creio que
os discípulos pensaram a mesma coisa quando ouviram Jesus dizendo "Amai-vos
uns aos outros como eu vos amei". Eu creio que os discípulos
pensaram e até questionaram: “Como poderemos nós fazer isso?”.
Veja bem, é
importante dizer que Jesus deu esse novo mandamento em João 13, e logo em
seguida, no capítulo 14, ele promete o Espírito Santo.
“16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para
sempre convosco, 17 o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque
não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque
ele habita convosco e estará em vós. 18 Não vos deixarei órfãos,
voltarei para vós outros. 19 Ainda por um pouco, e o mundo não me verá mais;
vós, porém, me vereis; porque eu vivo, vós também vivereis.” Jo 14:16-19
“Isto vos tenho dito, estando ainda convosco; 26 mas o Consolador, o Espírito Santo, a
quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará
lembrar de tudo o que vos tenho dito.” Jo 14:25-26
“Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da
parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim; 27 e vós também testemunhareis, porque estais comigo desde o
princípio.” Jo 15:26-27
O Espírito Santo é o
nosso Ajudador. Ele é quem nos ensina e fortalece para expressarmos o desejo e
vontade de Deus uns para com os outros.
Espírito Santo, o
espírito da mutualidade!
O Espírito Santo deve
ser para nós cristãos, a primeira pessoa motivadora que nos fortalecerá nas
nossas relações, e principalmente nas nossas crises relacionais. Devemos
considerar como primeira regra da vida cristã, o fato de que, quanto mais tempo
passarmos com o Espírito Santo, mais glorificaremos o nome de Jesus, e mais
preparados estaremos para conviver com o nosso próximo.
Quando Deus nos pede
algo, ele mesmo prove os recursos para cumprirmos a Sua vontade. O Espírito
Santo é a nossa força, é o nosso ajudador, é aquele que nos capacita a amar,
perdoar, suportar, sujeitar, edificar, ensinar, carregar os fardos uns dos
outros, orar uns pelos outros.
“Sem
o Espírito de Deus habitando em nós, e agindo por meio de nós, não poderemos
fazer nada, a não ser acrescentar pecado sobre pecado”. John Wesley
Obedecer a vontade de
Deus e cumprir as ordenanças de Jesus, será impossível sem a capacitação do
Espírito. Paulo, escreveu aos Coríntios dizendo: “Ninguém pode chamar Jesus de Senhor se não
for pelo Espírito.” 1Co 12:3
“Quando confiamos na organização,
obtemos o que a organização pode fazer. Quando confiamos na educação, obtemos o
que a educação pode realizar. Quando confiamos na eloqüência, obtemos o que a
eloqüência pode conseguir. Mas quando confiamos no Espírito Santo, obtemos o
que só Deus pode proporcionar.” - A. C. Dixon
O fruto do Espírito
O Espírito Santo é uma pessoa perfeita habitando em nós. Devemos
aprender com ele como nos relacionar com nosso próximo.
“22 Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, 23 mansidão, domínio próprio. Contra estas
coisas não há lei. 24 E os que são de
Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.” Gl 5:22-24
Veja que a palavra diz “Fruto do Espírito”. O que é o
fruto? O fruto é um produto de uma semente que germinou, brotou, cresceu,
tornou-se uma árvore, e somente após esse processo frutificou. Antes de
manifestarmos o fruto do Espírito Santo, precisamos nascer de novo e seguir o
caminho do crescimento e amadurecimento. Isso só pode ser possível se decidirmos
relacionar diariamente com o Espírito santo.
Precisamos relacionar com
o Espírito Santo, ter comunhão com Ele.
O Espírito Santo é o
Espírito da mutualidade. O Espírito Santo deve ser para nós cristãos, como um
professor (e
Ele vos ensinará...) a primeira pessoa motivadora que nos
fortalecerá nas crises relacionais. Ele é quem nos levará pelos caminhos do
amor e perdão incondicionais, da mutualidade. Antes de mandar a igreja para o
mundo, Cristo mandou seu Espírito para a igreja. Essa ordem deve ser seguida;
antes de me relacionar com os homens, devo me relacionar com o Espírito Santo.
O Espírito Santo torna a fé dinâmica e nos dá compreensão exata da vontade de
Deus.
Bênção Apostólica
Atentemos para a bênção apostólica tão anunciada em nossas
congregações:
“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo
sejam com todos vós.” 2Co 13:13
A graça, o amor e a
comunhão, são promessas para todos os cristãos. É fato que já experimentamos o
amor de Deus quando fomos atraídos e perdoados por Ele. A sua graça nos
alcançou, e diariamente somos garantidos para a eternidade por seu sacrifício.
Minha pergunta é: Temos também experimentado comunhão diária com o Espírito
Santo? Não podemos rejeitar absolutamente nada que venha do alto. Cada uma das
três pessoas da trindade tem seu meio de agir. Deus Pai nos amou, Deus Filho
nos deu sua graça e o Deus Espírito nos oferece comunhão. Desfrute diariamente
da doce e maravilhosa comunhão do Espírito Santo, isso fará toda a diferença em
sua vida.
Seja cheio do
Espírito, cheio de amor, cheio de entusiasmo. Viva feliz e faça o seu próximo
feliz!
·
O
Espírito Santo nos capacita a chamar Jesus de Senhor. 1Co 12:3
·
O
Espírito Santo nos capacita a experimentar o poder sobrenatural dos dons. 1Co
12:4-11
·
O
Espírito Santo nos convence do pecado, da justiça e do juízo. Jo 16:8
·
O
Espírito Santo e a noiva dizem vem. Ap 22:17
Antes da igreja ir para o
mundo, o Espírito santo deveria vir sobre a igreja.
Antes de mandar a igreja para o mundo, Cristo mandou seu
Espírito para a igreja. Essa ordem deve ser seguida; antes de me relacionar com
os homens, devo me relacionar com Deus através do Espírito Santo. A igreja
ficou reunida durante 10 dias buscando o cumprimento da promessa de Jesus.
Quando o Espírito foi derramado, a igreja se encheu com o poder do Espírito e
só a partir disso, os discípulos deram um testemunho poderoso para o seu povo e
para as nações.
Enchei-vos, a ordenança chave
para vencermos em todas as áreas.
“18 E
não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, 19 falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao
Senhor com hinos e cânticos espirituais...” Ef 5:18-19
No texto citado, o apóstolo Paulo faz um contraste entre
uma pessoa que é cheia de vinho com uma pessoa que é cheia do Espírito Santo.
Há uma semelhança nessas duas situações. Alguém cheio de bebida é controlado
pelo álcool. As emoções, a fala, as ações e reações e escolhas da pessoa passam
a ser controladas pelo vinho. Há pessoas que até se esquecem do que fazem
enquanto se embriagam. Assim deve ser em relação ao Espírito Santo. Paulo quis
dizer exatamente isso. Você é controlado pelo que você está cheio. Se você está
cheio de rancor, isso é o que te controla. Se você está cheio de sensualidade,
isso é o que te controla. Se você está cheio de avareza, isso é o que te
controla. Se você está cheio de adultério, isso é o que te controla. Se você
está cheio de rivalidade, isso é o que te controla. Se você está cheio de
ofensa, isso é o que te controla. Se você está cheio de medo, isso é o que te
controla. Agora, Se você está cheio do Espírito Santo, Ele é quem te controla.
O Espírito Santo é o próprio Deus. Ser cheio do Espírito
Santo é ser cheio do próprio Deus. Só poderemos desfrutar de um tempo
mutualidade e reciprocidade quando formos aquecidos pelo calor do Espírito.
Segredo para ser feliz com Deus e com o seu próximo andando
nos caminhos dele, é sermos cheios do Espírito Santo constantemente. No texto,
o verbo “enchei” nos dá um sentido de abundância e de constância, como um copo
totalmente cheio, preenchido até o topo. Portanto não devemos ser cheios uma
vez apenas, ou de vez em quando em uma conferência ou em algum evento especial.
Devemos ser cheios sempre!
Que tal ser cheio do Espírito Santo agora?
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