“A ninguém fiqueis
devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem
ama o próximo tem cumprido a lei.” Rm 13:8
“14 Segui a paz com todos e
a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, 15 tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que
nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se
contaminem.” Hb 12:14-15
Introdução
No ano de 1787, quando
a constituição americana ficou pronta, Benjamin Franklin manifestou esperança,
mas fez uma ressalva dizendo que as únicas coisas certas na vida são a morte e
os impostos. Eu gostaria de acrescentar dizendo que a
ofensa é a terceira coisa certa na vida. Sonhar com uma vida cristã onde não
haja perseguições, calunias ou conflitos, é como tentar se imaginar mergulhando
em um rio sem se molhar.
A ofensa é algo com o qual nós vamos ter
que lidar durante toda a nossa vida até Jesus voltar.
O
próprio Jesus diz que: “É impossível
que não venham tropeços (escândalos), mas ai daquele por quem vierem!” Lucas
17:1
Ou
seja, Jesus está dizendo muitas adversidades virão para tentar nos impedir de
avançar. A ofensa é uma delas.
A pessoa que se deixa ofender como aquele
que ofende, os dois estão agindo de maneira errada. O que se deixa ofender
ficou amarrado pelo diabo, e aquele que ofende fez o papel do verdugo ou carrasco
do diabo.
As ofensas
virão!
As ofensas fazem parte
da vida de todo homem e a questão não é se você foi ofendido ou se não foi
ofendido, se uns foram mais ou menos ofendidos que outros, a questão não está
ai, a questão é: O que é que você vai fazer numa situação dessas.
Todos sofrem esse
tipo de ataque, todos enfrentam mal entendidos, emoções feridas acontecem com
toda a gente, e a
questão é: O que é que você vai fazer num momento desses?
Sua atitude fará a diferença entre a vitória e o
fracasso, entre ficar amargurado ou ficar livre das ataduras de satanás. Porque a ofensa
é uma armadilha de satanás para nos amarrar.
Numa
exortação à santidade, o escritor aos Hebreus disse: “14 Segui
a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, 15 tendo
cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de
amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem.” Hb 12:14-15
Murmuração
ou reclamação.
a ofensa é uma
locomotiva que puxa os vagões da mágoa, rancor, tristeza, amargura, frieza,
desgraça e maldição.
Quando
as nossas emoções são feridas, e a ofensa se transforma em amargura, toda a
trupe do inferno se manifesta. E
o pior então acontece. Eu me refiro à murmuração. Murmuração por quê? Porque a
pessoa ofendida não fica calada; a pessoa ofendida perde o controle da sua
língua. Então o que importa para o amargurado é compartilhar de sua
insatisfação. A cada compartilhamento amargurado, a pessoa está angariando
adeptos para o ofendismo.
O ofendido amargurado se priva da graça (perdão)
A
pessoa ofendida fica privada da graça de Deus; a pessoa ofendida fica impedida
de receber de Deus e é ai que o diabo a quer colocar. A pessoa ofendida geralmente
é uma pessoa que ainda não perdoou. E se ainda não perdoou não pode receber
perdão, não está em posição de receber de Deus.
“Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas,
também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos
homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas.” Mt 6:14-15
Somos
seres espirituais (Jo 3), racionais (Rm 12), mas principalmente emocionais. Deus
quer santificar-nos nessas três partes (1Ts 5:23). Temos grande facilidade de
reagir na região da alma e geralmente nos sentimos ofendidos e ficamos feridos
quando somos tocados em nosso ego. Nos
sentimos ofendidos quando somos confrontados em nosso ego.
Existem muitas
situações que nos ofendem ou nos fazem sentir ofendidos.
·
Uma delas é
quando somos exortados. Um
exemplo disso é o que nos escreve o escritor aos Hebreus. “Na verdade, nenhuma correção parece
no momento ser motivo de gozo, porém de tristeza...” Hb 12:11ª
·
Outra
situação é quando somos caluniados, difamados, perseguidos. Quanto a essas situações, Jesus disse
que elas devem nos alegrar, pois nos servem para o nosso crescimento. Mt
5:10-12
·
A
falta de reconhecimento, também nos soa como ofensa. Às vezes pensamos... “Porque minha
esposa não me comunicou sobre tal decisão?”, “Como ele pode decidir sem falar
nada comigo?”, “depois de tudo o que eu fiz...”.
Independente das
razões que você tenha guarde essa verdade:
Ficar ofendido é pecado!
Americanos abrem mão da ofensa
Nos
Estados Unidos é uma virtude muito grande perdoar e não ficar ofendido. No meio
dos americanos ficar ofendido é uma atitude reprovada, e os que assim se
comportam são vistos como pessoas imaturas. Aqui no Brasil parece que é ao contrário, as
pessoas enxergam como virtude ficar ofendido. Os adeptos do “ofendismo” dizem:
“Eu não posso aceitar isso!”, “Isso não vai ficar assim!”.
Precisamos
aprender que a cultura certa é a cultura Bíblica.
Outras
razões porque as pessoas se ofendem?
·
Por
não serem ouvidas;
·
Por
não serem reconhecidas;
·
Por
não serem participadas;
·
Por
se sentirem injustiçadas;
·
Por
se sentirem humilhadas;
·
Por
serem traídas;
·
Por
não serem valorizadas;
·
Por
não serem consultadas;
Mas
principalmente por serem ingratas. Deixe-me explicar: Se você for ofendido por
um estranho, isso vai te deixar triste? Dificilmente. Quando alguém que você
nunca viu ou ouviu falar te calunia, você fica chateado? Claro que não. Agora
veja que as pessoas que nos conseguem chatear e ofender são os mais íntimos, geralmente
são as pessoas com quem caminhamos, e veja bem; quantas alegrias essa pessoa já
te proporcionou? Quantos momentos de bênção você já viveu com essa pessoa?
Agora os praticantes do ofendismo são ingratos e apagam tudo de bom que já
aconteceu. A ingratidão é uma arma
contra as nossas vidas. Precisamos aprender com Jesus a lidar com a ofensa.
Agradecer ou reclamar
Agradecer é fazer a graça descer! Reclamar é clamar novamente pelos
problemas.
“O
que perdoa a transgressão busca a amizade; mas o que renova a questão, afastam
amigos íntimos.” Pv 17:
O que temos feito com as ofensas?
Dois amigos viajavam pelo deserto e, em um determinado
ponto da viagem, discutiram e um deu uma bofetada no outro. O outro, ofendido,
sem nada poder fazer, escreveu na areia: "Hoje, meu melhor amigo me deu
uma bofetada no rosto." Seguiram adiante, e chegaram a um oásis onde
resolveram banhar-se. O que havia sido esbofeteado e ofendido começou a
afogar-se, sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar-se, pegou um canivete e
escreveu em uma pedra: "Hoje, meu melhor amigo salvou minha vida."
Intrigado, o amigo perguntou: Por que, depois que te ofendi, escreveu na areia,
e agora, que te salvei, escreve na pedra? Sorrindo, o amigo respondeu: Quando
um grande amigo nos ofende, devemos escrever onde o vento do esquecimento e o
perdão se encarreguem de apagar. Quando nos acontece algo grandioso, devemos
gravar isso na pedra da memória do coração onde vento nenhum, em todo o mundo,
poderá sequer borrá-lo. Onde você tem gravado as suas frases?
O
comportamento errado ou as ofensas dos outros não devem ficar retidas em nosso
coração. Aquilo que o ofende somente o enfraquece. Se estiver procurando
ocasiões para ficar ofendido, você as encontrará a cada oportunidade. Este é o
seu ego operando, convencendo-o de que o mundo não deveria ser assim.
Ofensa retida, contamina outros!
Quando
nós somos ofendidos, geralmente levamos essa ofensa a mais alguém, não queremos
carregá-la sozinho. Queremos que os outros sejam solidários com o nosso ponto
de vista. E procuramos agregar adeptos ao “ofendismo”, associados do nosso lado
que nos defendam, que nos dêem as pancadinhas nas costas e digam: "Pois é,
realmente o outro foi injusto, malvado... você é que tem razão...”
Mas
olhe o que eu lhe vou dizer: As pancadinhas nas costas e a concordância dos
outros com a nossa ofensa não curam as nossas feridas.
É muito importante compartilhar suas dores para oração e
cura, mas publicar isso com espírito de melindre a auto-comiseração é uma
grande armadilha.
“O que perdoa a transgressão busca a amizade; mas o que renova a
questão, afastam amigos íntimos.” Pv 17:
A ofensa nos coloca em uma Gaiola
Conheci um criador de pássaros que tinha duas gaiolas, em
uma das gaiolas, ele tinha uma pássaro preso que cantava e ao lado um alçapão
(gaiola menor que serve de armadilha para pegar outros pássaros). O pássaro
preso estava sempre a cantar e os outros livres que estavam nas redondezas
ouviam o canto deste e se aproximavam. Então, cantando o pássaro preso dizia:
"Olha só o que fizeram comigo! Veja bem onde me colocaram! Todos querem o
meu mal." O pássaro que estava livre, então toma as dores e diz: “Espera
ai que eu já vou te ajudar!" Deixe chegar mais pertinho de você, deixe-me dar
um ombro amigo. Simpático a causa alheia, aproximava-se do alçapão para dar
ouvidos ao pobrezinho do pássaro. Coitado do pássaro que ouviu os lamentos de
seu semelhante preso, quando menos esperava, já estava ele também preso.
É
assim também conosco quando paramos para ouvir os lamentos de pessoas
ofendidas.
3 Razões porque devemos vencer o espírito da ofensa!!!
1º devemos vencer a ofensa porque quem fica ofendido espera no homem e
não em Deus.
“5 Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem,
faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR! 6 Porque será como o arbusto solitário
no deserto e não verá quando vier o bem; antes, morará nos lugares secos do
deserto, na terra salgada e inabitável. 7 Bendito o homem que confia no SENHOR
e cuja esperança é o SENHOR. Jr 17:5-7
As pessoas ficam
ofendidas porque esperam no homem e quando o homem não retribui às suas ações
sentem-se ofendidas. O pecado está em esperar alguma coisa no
homem e não em Deus. Se a sua fonte está em Deus, você sempre terá um coração pronto
para aceitar a pessoa com sua falhas e ofensas, e tudo será tratado de acordo
com o coração de Deus. O homem que tem uma confiança mórbida no homem está há
um passo do abismo. Se Deus for mesmo a sua fonte, nada nem ninguém te ofenderá.
As pessoas ficam ofendidas porque esperam no homem. As pessoas sentem-se
ofendidas por não terem as suas expectativas atendidas.
Um homem pode se
sentir ofendido por sua esposa não servi-lo na hora do almoço. Uma mulher pode
se sentir ofendida por seu marido ter se esquecido do aniversário dela. Alguém
pode se sentir ofendido por não ter sido lembrado no dia de seu aniversário.
Outro pode estar ofendido por não ter sido mencionado como o autor de
determinada obra. Estes dizem: “Ninguém me aplaudiu”. Coloque sua confiança no
Senhor e diga: “Porque teu é o reino, o poder e a glória para sempre”.
Se
você cria uma expectativa no Senhor e espera n’Ele, certamente vai administrar
melhor as ofensas.
Quem
não age assim vive de cara amarrada, cara emburrada que projeta culpa nas
pessoas. Você pode aparecer pintado de ouro, a pessoa não te aceita, porque tem
alguma coisa que você ainda NÃO FEZ, NÃO FALOU, NÃO DEU. Ai o relacionamento
fica pesado, doente. Você então traz sorvete para agradar, você liga, pede
perdão, etc. Não tem nada que façamos que muda essa atitude, a pessoa fica
doente. Toda as vezes que você está perto da pessoa, ela está com cara de nota
promissória.
O
fim da pessoa que vivem criando espectativas no homem é ficar sozinha.
2º Devemos vencer a ofensa porque quem fica ofendido não liberou perdão. Ef 4:31-32;
5:1-2
“31 Toda a
amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmia sejam tiradas dentre vós,
bem como toda a malícia. 32 Antes sede
bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros,
como também Deus vos perdoou em Cristo.” Ef 4:31-32
“Sede pois
imitadores de Deus, como filhos amados; 2 e andai em amor, como Cristo também
vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em
cheiro suave.” Ef 5:1-2
O
perdão deve ser o centro do viver de cristão. O marco zero do agir de Deus foi
o perdão de Cristo te alcançando no ato da sua conversão. Tudo o que Deus fez e
está fazendo em sua vida, foi e é a partir do perdão de Deus.
“Ora, como
recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele...”. Cl 2:6
Não
temos problema com o conceito, mas a prática é difícil quando se alimenta a
ofensa. Retemos sentimentos justificáveis ou ficamos procurando motivos
externos no ofensor para perdoar. A verdade é que somos farisaicos e rápidos em
achar faltas.
Para
resolver nosso problema interior e liberar o ofensor precisamos desistir de
qualquer reivindicação.
Quem perdoa, dá a
chance do outro errar novamente.
Tomar para si a ofensa é prender-se ao ofensor. Acredito que o melhor a fazer
quando se está ferido é liberar o perdão.
Não devemos alimentar
em nós o veneno da serpente, pois quem fica ofendido perde a principal
característica de Cristo, o amor incondicional. Jo 13:1
Veja
o exemplo de José, depois de ter sido traido e vendido como um escravo por seus
irmãos, decidiu perdoá-los. Gn 50:19-20
Ficar ofendido e não
decidir perdoar é como tomar veneno de rato. Pessoas amarguradas estão mais propensas
a desenvolverem doenças degenerativas do que pessoas cujo os corações estão
limpos. Mt 5:8
As pessoas que dizem não posso perdoar na verdade estão
dizendo não quero perdoar. Devemos seguir o exemplo de Jesus (Lc 23:34) e
Estevão (At 7:60). Jesus e Estevão deveriam dizer: eu perdôo este povo, mas no
coração deles não tinha lugar para outro sentimento que não fosse o amor
incondicional de Deus.
Mas
se a pessoa me ofender de novo? Quem perdoa, trata cada nova ofensa como se
nunca tivesse acontecido antes.
Devemos
desistir de qualquer reivindicação e liberar de vez o ofensor a fim de que
possamos viver em liberdade total.
Existe também os
irmãos que ficam ofendidos porque tomam a ofensa alheia para si (compram
briga). O que, passando, se mete
em questão alheia é como aquele que toma um cão pelas orelhas. Pv 26:17
Quando você perceber
que alguém está ofendido, não seja simpático, mas empático. Não tenha pena da
pessoa, mas ajude-a a encontrar a cura. Não fortaleça a ofensa, mas guarde o coração da pessoa,
ajudando-a a perdoar. O perdão traz reconciliação, enquanto que a ofensa traz
divisão. Nós somos chamados de pacificadores.
Quem não perdoa vive como um escravo (Mt 18:23-35). Queremos
misericórdia para nós, mas juízo para os outros. Se não perdoarmos seremos
entregues aos verdugos.
Ficar ofendido impede as promessas de Deus (Mt 5:23-24; Mc 11:25).
Devemos cumprir a bem aventurança de sermos pacificadores. “Bem-aventurados os pacificadores,
porque eles serão chamados filhos de Deus.” Mt 5:8
Só os pacificadores são reconhecidamente filhos de Deus.
Precisamos viver isso na experiência.
Quem não entra pelo
caminho da pacificação está doente e cooperando para adoecer outros. “O que perdoa a transgressão busca a
amizade; mas o que renova a questão, afastam amigos íntimos.” Pv 17:9
Perdão é decisão e não sentimento. É um ato da vontade.
3º Devemos vencer a ofensa porque quem fica ofendido vai contra a sua própria
natureza. Deus é amor.
Aquele
que se uniu ao Senhor é um só Espírito com Ele. Você não pode ir contra a sua
natureza, não pode anular a sua característica mais presente e forte. 1Co 13
“10 Amai-vos cordialmente uns aos
outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros; 11
não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao
Senhor; 12 alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai
na oração; 13 acudi aos santos nas suas necessidades, exercei a hospitalidade; 14
abençoai aos que vos perseguem; abençoai, e não amaldiçoeis; 15 alegrai-vos com os que se alegram;
chorai com os que choram; 16 sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas
altivas mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios aos vossos olhos; 17 a
ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas dignas, perante todos os
homens. 18 Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os
homens. 19 Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira de Deus,
porque está escrito: Minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor. 20
Antes, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de
beber; porque, fazendo isto amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. 21
Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.” Rm 12:10-21
Irmão,
se o bem vence o mal, qual é o mais forte? É o bem! Então se o bem é mais forte
e você pode fazer o bem, não se deixe vencer pelo mal, não se deixe vencer pela
ofensa, não se deixe amarrar pela ofensa.
Como
Jesus disse que era impossível que não viessem ofensas, então vamo-nos
preparar. Assim você não é apanhado de surpresa. Quando a ofensa vier, você
está preparado, de vigia.
“1 Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a
sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no
mundo, amou-os até ao fim. 2 Durante a ceia, tendo já o diabo posto no coração
de Judas Iscariotes, filho de Simão, que traísse a Jesus, 3 sabendo este que o Pai tudo confiara às suas
mãos, e que ele viera de Deus, e voltava para Deus, 4 levantou-se da ceia, tirou a vestimenta de cima
e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela. 5
Depois, deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a
enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. 6
Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, e este lhe disse: Senhor, tu me lavas os
pés a mim? 7 Respondeu-lhe Jesus: O que eu faço
não o sabes agora; compreendê-lo-ás depois. 8
Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não te
lavar, não tens parte comigo. 9 Então, Pedro
lhe pediu: Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça. 10 Declarou-lhe Jesus: Quem já se banhou não necessita
de lavar senão os pés; quanto ao mais, está todo limpo. Ora, vós estais limpos,
mas não todos.
11
Pois ele sabia quem era o traidor. Foi por isso que disse: Nem todos estais
limpos. 12 Depois de lhes ter lavado os pés,
tomou as vestes e, voltando à mesa, perguntou-lhes: Compreendeis o que vos fiz?
13 Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis
bem; porque eu o sou. 14 Ora, se eu, sendo o
Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos
outros. 15 Porque eu vos dei o exemplo, para
que, como eu vos fiz, façais vós também. 16 Em
verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o
enviado, maior do que aquele que o enviou. 17
Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes.” Jo 13:1-17
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