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Série de mensagens Alívio - Deixe Deus trabalhar. Pr. Edenir Araújo - Culto de Celebração - 28/07/2019


“E assim, a lei veio para o justo em si mesmo, a fim de quebrar seu orgulho. Todavia, o evangelho da graça veio para o pecador a fim de remover seu desespero.” Charles Spurgeon

A graça é a capacidade de Deus para justificar o pecador que se entrega totalmente a Ele. Quando penso nisso, decido tornar-me totalmente dependente d’Ele e me surpreendo por essa maravilhosa boa nova; tudo é pela graça!

Constantemente vejo irmãos preciosos dispensando grande esforço para agradar e atrair as bênçãos de Deus, a maior parte destes, mal sabe que quanto mais se esforçam para promover o agir divino, mais distantes se tornam da graça de Deus. Alguém achar que Deus o está abençoando por esforço próprio, está na verdade se enganando, pois esse é um dos sentimentos mais ridículos e repugnantes que o 
homem pode abrigar em seu coração.

Desde o dia em que fomos salvos pela decisão de receber Jesus como Salvador e Senhor das nossas vidas pela fé, tudo o que recebemos nos foi dado de graça, nada podemos receber por nosso esforço próprio.

“Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará.” Sl 37:5
“... tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até o dia de Cristo Jesus.” Fl 1:6

A graça deve operar em nós de maneira plena, pois é ela que tudo faz, quem começou essa maravilhosa obra vai continuá-la até o dia em que estivermos glorificados com Cristo.
O maravilhoso chamado para a graça está relatado em Mateus 11:28-30.

“28 Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. 29 Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. 30 Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo e leve.” Mt 11:28-30

Nós precisamos viver a vida cristã no descanso da graça. Se você vive preocupado e não consegue descansar diante dos desafios dessa vida, te convido a ler comigo uma promessa na qual você deve depositar sua fé, pois ela se firma no pacto da graça. O Deus que não pode mentir, disse em Ezequiel 36:26:

“26 Também vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. 27 Ainda porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis as minhas ordenanças, e as observeis. 28 E habitareis na terra que eu dei a vossos pais, e vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso Deus. 29 Pois eu vos livrarei de todas as vossas imundícias; e chamarei o trigo, e o multiplicarei, e não trarei fome sobre vós; 30 mas multiplicarei o fruto das árvores, e a novidade do campo, para que não mais recebais o opróbrio da fome entre as nações.” Ez 36:26

Atente para a ação de Deus através de seu favor. Ele diz, “eu darei”, “eu porei”, “eu tirarei”, “eu farei”, “eu livrarei”, “eu multiplicarei”, e assim vai trazendo para Ele toda a glória. Tudo Ele fará! Aleluia! Esse é o estilo do Rei da graça, o qual é poderoso para realizar tudo em todos segundo a Sua perfeita vontade. D’Ele é todo o trabalho! Nunca será demais dizer: Ele tudo fará!
Em dias onde as circunstâncias parecem conspirar contra os planos do Deus de amor, quando os céus parecem fechar e o desespero tenta nos tragar, posso abrir a boca e cantar o refrão da canção de Marquinhos Menezes:

“É Meu somente Meu todo trabalho, e o teu trabalho é descansar em Mim”.

O Senhor decidiu fazer tudo pela graça, pois Ele sabe que você não pode mudar seu próprio coração nem purificar sua própria natureza por mérito próprio.
Disse Chuy Olivares, “nada temos pelos próprios méritos. Então, por que se orgulhar de algo que nem é nosso?”.

O doutor C. I. Scofield escreveu: “A graça não está em busca de homens bons a quem ela possa aprovar, porque isso não é graça, mas a simples justiça que aprova a bondade. A graça está buscando homens e mulheres condenados, culpados, que não se defendem e que não podem fazer nada por si mesmos; ela os busca para salvá-los, santificá-los e glorificá-los”.
Confesso que durante muito tempo estive preso pelas cadeias do legalismo, mas um dia os meus olhos se abriram para as palavras do apóstolo Paulo escritas para os irmãos em Roma.

“10 como está escrito: Não há justo, nem sequer um. 11 Não há quem entenda; não há quem busque a Deus. 12 Todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.” Rm 3:10-12

A onisciência de Deus, que enxerga através dos enganos da religiosidade, sempre nos faz lembrar, que todas as nossas “boas obras” são como trapos de imundícia (Is 64:6).

Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam.” Is 64:6

A graça se manifestará não porque somos justos, mas para fazer-nos justos.

Jesus veio para justificar pecadores que reconhecem que são fracos e incapazes de vencerem por seus esforços. A ação de justificar pecadores é dádiva de Deus, e segue na contramão do mundo que vive regido por um sistema de trocas e recompensas, por essa razão Jesus foi tão resistido pelos religiosos de sua época que não aceitaram a mensagem da graça.

“15 Ora, estando Jesus à mesa em casa de Levi, estavam também ali reclinados com ele e seus discípulos muitos publicanos e pecadores; pois eram em grande número e o seguiam. 16 Vendo os escribas dos fariseus que comia com os publicanos e pecadores, perguntavam aos discípulos: Por que é que ele come com os publicanos e pecadores? 17 Jesus, porém, ouvindo isso, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos; eu não vim chamar justos, mas pecadores.” Mc 2:15-17

O favor de Deus é para pecadores e não para justos. Só os que se despiram do orgulho e reconheceram a sua natureza falha e enferma receberam a graça de Deus, pois está fora dos planos de Jesus, perdoar quem pensa não ter pecado. A graça só pode ser liberada sobre os que reconhecem que são culpados e passivos de condenação. Será impossível ao caro leitor receber de Deus, se a partir desse ponto não reconhecer sua total fraqueza.

Na pregação “Graça Irresistível e Depravação Total”, John Piper disse: “Não é que 99% de você seja escravo do pecado e uma parte de 1% seja bem esperta ou espiritual ou bastante bem-sucedida para produzir o que é exigido de você. Não há esse 1%, estamos 100% mortos em delitos e pecados e somos incapazes de fazer o bem. Você ama o mal de tal forma que não consegue fazer o bem. Você é tão inclinado ao orgulho, que não consegue ser humilde”.

João Calvino também expressou a real condição do homem caído quando disse: “Nós mesmos somos totalmente corruptos, porque de uma maneira ou de outra o pecado contamina tudo que pensamos, desejamos e fazemos. Portanto, nunca tememos a Deus da maneira como deveríamos, nunca O amamos como deveríamos e nunca Lhe obedecemos com um coração completamente puro”.
Enquanto o homem não reconhecer sua insuficiência, não experimentará a graça dos céus. Se você expira ares de orgulho por alguma realização própria, distanciado está do favor imerecido. A graça não está disponível para o homem cuja justiça está embasada em suas próprias obras. Os sãos não precisam de médicos e sim os doentes. Será um grande desperdício de tempo estar diante de um médico se não está doente. Se em qualquer lugar do mundo houver um médico que tenha descoberto remédios seguros e eficazes, a quem seria ele enviado? Àqueles cheios de saúde? Acredito que não. Envie-o para uma comunidade onde não haja enfermos e ele se sentirá completamente deslocado, nada ele poderá fazer, pois os sadios não precisam dos seus serviços, e sim os doentes. O Médico dos médicos não pode fazer nada pelos sadios, o remédio da graça é só para os que reconhecem e confessam que estão enfermos. Charles Spurgion disse: “E assim, a lei veio para o justo em si mesmo, a fim de quebrar seu orgulho. Todavia, o evangelho da graça veio para o pecador a fim de remover seu desespero”.

Como escreveu Brennan Maninng:

“A graça de Deus não é para cristãos musculosos, nem para acadêmicos cheios de exegese; não é para os que nunca derramam lágrimas, não é para os que se gabam como o jovem rico. Não é para os soberbos que sustentam suas vitórias no esforço próprio; não é para os legalistas cumpridores de regras e doutrinas. A graça de Deus é para os sobrecarregados e oprimidos, é para os vacilantes e errantes que vez ou outra se desviam do ‘Caminho’ e rumam para o vale da sombra da morte. A graça de Deus é para os inteligentes que sabem que são estúpidos, para os discípulos que reconhecem que são canalhas”.

Ninguém pode desfrutar da graça por ser uma boa pessoa, mas somente porque Deus é bom e transbordante de amor incondicional. Seu amor e bondade manifesta diariamente sobre nós a Sua justiça, pois todos os dias quebramos as leis de Deus, mas a graça é que nos priva da condenação dos pecados que cometemos.

Acredite que tudo o que o Senhor prometeu, Ele cumprirá. Devemos crer nisso em relação ao perdão, justificação diária, preservação e glória eterna. A fé deve estar posta em Deus e na Sua infalível palavra em relação a tudo que vem das suas mãos segundo as promessas que Ele mesmo fez aos que n’Ele creem. No caminho da graça, devemos avançar sempre sem nunca retroceder, crendo de todo coração que Jesus é quem Ele disse ser e fará o que disse que faria; esse é o nosso “esforço”, é a nossa participação. Assim temos, cada um de nós, de confiar n’Ele dizendo: Ele será para mim quem Ele diz ser, e fará comigo aquilo que Ele prometeu fazer; entrego-me nas mãos d’Aquele que foi designado para me salvar. Meu descanso diário está na promessa de que ele está todos os dias comigo, até a consumação do século. Decido depositar na graça, a fé que me salva e justifica. 

Quaisquer que sejam os perigos e dificuldades, trevas ou barreiras, enfermidades ou pecados, basta-nos crer que em Cristo não somos condenados e jamais seremos derrotados.
O resultado imediato de tudo o que foi escrito neste capítulo é: “Não temas, crê somente”. Confie e descanse. A graça do Senhor está sobre nós

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